Disposições e atitudes anímicas 
          recomendadas por Rudolf Steiner 
          em seu livro O Conhecimento dos Mundos Superiores – a Iniciação
        
        
          
          Introdução 
           
          Em Mat 3:1, João, o Batista, pronuncia a palavra Metanoite, 
            que é traduzida na versão do Pe. J.F. D’Almeida como 
            "Arrependei-vos". Rudolf Steiner dá outra tradução: 
            "Mudai vossas mentes", ou "Mudai vossa disposição 
            anímica", pois iria haver uma profunda alteração 
            na constituição humana e, para que essa nova constituição 
            pudesse ser aproveitada para um desenvolvimento individual positivo, 
            cada pessoa devia mudar interiormente num processo de autoeducação. 
            Rudolf Steiner, em seu livro básico O Conhecimento dos Mundos 
            Superiores – a Iniciação GA (obra completa) 10, 
            trad. E. Reimann, 4a ed., São Paulo: Ed. Antroposófica, 
            1996 (edição usada neste texto – no original, Wie 
            erlangt man Erkenntnisse der höheren Welten?, que está 
            disponível 
            na Internet; uma tradução literal desse título 
            deveria ser "Como se adquirem conhecimentos dos mundos superiores?"), 
            menciona uma série de disposições anímicas 
            (cf. p. 153), adequadas ao ser humano moderno que procura desenvolver-se 
            moralmente e deseja desenvolver-se para observar consciente e corretamente 
            o mundo espiritual. É interessante notar que uma grande parte 
            do livro (de 154 páginas) trata dessas disposições, 
            sendo expostos muito poucos exercícios de meditação, 
            o que mostra a importância fundamental das primeiras. No entanto, 
            essas recomendações aplicam-se em geral não só 
            a quem percorre um caminho de desenvolvimento interior espiritual, 
            mas a toda a vida. Nesses sentidos, e em alguns outros, Steiner faz 
            o papel moderno de anunciador que o Batista fez na virada dos tempos. 
          Para um workshop sobre meditação antroposófica, 
            dado conjuntamente com Sonia Setzer em Santos em 2009, compilei disposições 
            anímicas daquele livro para serem usadas como exemplos de como 
            devemos nos aperfeiçoar. O número inicial levantado 
            foi de 57 disposições e atitudes, o que já era 
            um número surpreendente. No entanto, ao procurar recentemente 
            as páginas de onde elas tinham sido retiradas, para anotá-las 
            aqui, muitas outras foram encontradas, e elas foram aumentando de 
            número, atingindo uma quantia impressionante. Elas foram ordenadas 
            na lista geral inicial (seção "Disposições 
            anímicas") seguindo as páginas onde aparecem no 
            livro, com alguns agrupamentos quando disposições semelhantes 
            ocorrem em páginas diferentes, ordenadas pela página 
            em que aparecem em primeiro lugar. Os capítulos e seções 
            do livro estão anotados, inclusive com seu nome no original, 
            para facilitar a localização dos itens em outra edições; 
            alguns capítulos do livro não contêm itens citados, 
            de modo que seu título não ocorre na seção 
            inicial. 
          Foi 
          feita uma seção de indicações gerais referentes 
          aos exercícios anímicos, quando elas são de caráter 
          geral, várias delas sem descrever especificamente cada exercício. 
           
           
          As disposições anímicas foram classificadas, 
            segundo meu próprio critério, segundo as atividades 
            anímicas pensar (indicada ao lado dos números das páginas 
            do item com o código P#), sentir (S#) e querer ou agir (Q#). 
            Nessa classificação, deve-se entender cada uma como 
            uma indicação para a autoeducação de cada 
            uma dessas atividades, isto é, respondendo às perguntas 
            "como pensar?", "o que pensar?", "o que sentir?" 
            etc. Houve uma especial dificuldade quanto ao querer, ou execução 
            de ações, pois sempre que há um verbo em um item, 
            dirigido ao leitor, a rigor ele indica uma ação; foi 
            tentada nessa classificação incluir os itens que envolvem 
            realmente a educação do querer. Essas classificações 
            já foram úteis em palestras onde abordo as três 
            atividades anímicas, para mostrar qual deve ser o seu desenvolvimento 
            adequado ao mundo moderno. Sonia 
            Setzer colaborou com uma cuidadosa revisão das classificações 
            nas atividades anímicas; no entanto, algumas poucas ficaram 
            como eu achava melhor, contrariando sua sugestão. Para localizar, 
            por exemplo, as disposições referentes ao pensar, basta 
            fazer uma busca na página usando como critério a sequência 
            de letras P#; o mesmo para os outros códigos. 
           
          A redação 
            dos itens às vezes difere do original, pois foi necessário 
            colocar os textos de forma impessoal e independentes do contexto; 
            no entanto, foram procuradas formulações que não 
            alterassem o sentido do original. Meus comentários estão 
            entre colchetes, isto é, [ e ]. 
              
           
          É absolutamente essencial estudar no livro o contexto de cada 
            item, para melhor compreendê-lo, apreender sua abrangência 
            e, em vários casos, seus resultados. Assim, deve-se considerar 
            este trabalho como uma simples compilação e classificação 
            das recomendações e constatações de Steiner, 
            a fim de chamar a atenção para as mesmas e recordá-las, 
            não servindo de modo algum como uma substituição 
            do estudo do livro. 
          Solicitamos aos leitores que enviem sugestões para melhoria 
            deste texto, como por exemplo em termos da redação, 
            itens faltantes, classificações dos itens, agrupamentos 
            possíveis, existência de repetições etc., 
            sempre citando a versão do livro à qual estão 
            se referindo, o número das páginas e dos itens na seção 
            inicial. Nesta, a numeração dos itens é automática, 
            pois daria muito trabalho para refazê-la ao eliminar algum item 
            ou inserir um novo; assim, a numeração de vários 
            deles pode variar de uma versão deste texto para outra, na 
            medida em que for eliminado algum item ou introduzido um novo. 
           
          DISPOSIÇÕES ANÍMICAS 
           
          
             
            O conhecimento dos mundos superiores (Wie erlangt man Erkenntnisse 
              der höheren Welten?), p. 15 
            Condições (Bedingungen), p. 15 
             
            - Desenvolver veneração diante da verdade e do conhecimento 
              (pp. 17, 78, S#)
 
            - Desenvolver o mais profundo sentimento de que existe algo superior 
              ao que se é (p. 17, S#)
 
            - Desenvolver humildade e modéstia (pp. 18, 127, S#)
 
            - Reprimir crítica supérflua e desdenhosa (pp. 18, 
              19, P#)
 
            - Considerar sempre o lado bom de tudo e de todos [desenvolver positividade] 
              (p. 19, P#) 
 
            - Procurar, no ambiente e nas vivências, tudo o que possa 
              causar admiração e respeito (p. 19, Q#)
 
            - Sempre respeitar o outro, inclusive nos pensamentos (p. 19, P#, 
              S#)
 
            - Desenvolver a veneração, o respeito e a devoção, 
              pois são alimentos para a alma, ao passo que desprezo, antipatia 
              e depreciação de valores que merecem reconhecimento 
              produzem paralisia e desaparecimento da atividade cognitiva (p. 
              21, 78, S#)
 
            - Não correr de uma impressão a outra no mundo exterior, 
              constantemente em busca de distração (p. 21, S#, Q#)
 
            - Rica vida interior; aprofundar-se em si próprio em alguns 
              momentos de cada dia, mas neles não tratar de assuntos do 
              próprio "eu" e, sim, deixar ressoar o eco do que 
              o mundo exterior revela (p. 21, P#, Q#)
 
            - Considerar o prazer como meio de enobrecer-se para o mundo, como 
              um explorador que orienta sobre o mundo; a privação 
              do prazer só é de valia se o corpo não sofrer 
              (pp. 22, 73, P#, S#, Q#)
 
            - Não aprender a fim de acumular o aprendizado dentro de 
              si mesmo como um tesouro de sabedoria mas, sim, para colocar o aprendizado 
              a serviço do mundo (pp. 22-23, Q#)
 
            - Tornar toda ideia um ideal (p. 23, P#, Q#)
 
            Calma interior (Innere Ruhe), p. 23 
                
            - Governar cada ato, cada palavra, de tal forma que não se 
              atinja o livre arbítrio de qualquer ser humano (p. 23, P#, 
              Q#)
 
            - Aprender, em momentos de calma interior, a discernir entre o essencial 
              e o supérfluo (p. 24, P#)
 
            - Recolher-se, por um certo espaço de tempo, da vida cotidiana, 
              a fim de se dedicar a algo inteiramente diferente os objetos da 
              ocupação diária; a natureza dessa ocupação 
              deverá ser totalmente diferente daquela com que se preenche 
              o resto do dia (p. 24, Q#)
 
            - Criar momentos de calma interior, desprendendo-se totalmente da 
              vida cotidiana, revendo os próprios sofrimentos, 
              alegrias, preocupações, como se fossem de outra 
              pessoa (pp. 24-26, P#, S#, Q#)
 
            - O valor de uma introspecção tranquila depende menos 
              daquilo que se contempla, do que o fato de se encontrar, intimamente, 
              a força que tal calma interior desenvolve (p. 25, P#)
 
            - Cada um pode, mas somente por si próprio, despertar dentro 
              de si o ser humano superior (p. 26, Q#)
 
            - Manter calma e segurança em situações difíceis 
              da vida (pp. 26, 52, S#, Q#)
 
            - Não irritar-se, inclusive com ofensas (p. 27, S#, Q#)
 
            - Ter paciência (a impaciência é paralisante 
              do progresso espiritual) (pp. 27, 42, 64, 92, 121, S#, Q#)
 
            - Despertar o "soberano interior", que dirigirá 
              as condições do "ser humano exterior" (p. 
              28, Q#)
 
            - Desenvolver a faculdade de deixar que as impressões do 
              mundo exterior apenas ajam de uma forma determinada por si próprio 
              (p. 28, P#, S#, Q#)
 
            - Não importa o que se consegue num determinado tempo, o 
              importante é empenhar-se seriamente na busca (pp. 28, Q#)
 
            - Confrontar-se energicamente consigo mesmo, com veracidade interior 
              e irrestrita sinceridade para com todos os atos e ações, 
              como se fosse alguém totalmente estranho (p. 28, P#, S#, 
              Q#)
 
            - Elevar-se ao puramente humano, que nada mais tem a ver com a condição 
              de vida particular (p. 28, P#)
 
            - Procurar ter pensamentos claros e calmos, não se entregando 
              aos que surgem (pp. 30, 74, 87, P#)
 
            - Fazer um dedicado estudo daquilo que os pesquisadores espirituais 
              vêm comunicando ao mundo; tomar, como ponto de partida para 
              a meditação, os seus escritos (pp. 30, 39, 43, 108, 
              153, P#, Q#)
 
            - A meditação é o caminho que conduz o ser 
              humano à cognição, à contemplação 
              do indestrutível cerne de seu ser, e apenas por meio dela 
              o ser humano poderá chegar a tal contemplação 
              (p. 31, Q#)
 
            Os graus da iniciação (Die Stufen der Einweihung), 
              p. 32   
            - Um experimentar impaciente, sem seriedade e perseverança, 
              não poderá levar a nada (p. 32, Q#)
 
             A preparação (Die Vorbereitung), p. 33 
            - Dedicar alternadamente a atenção aos processos de 
              germinar, crescer, florescer e aos de murchar, declinar e perecer 
              (p. 33, P#, Q#)
 
            - Observar os objetos tão intensa e exatamente quanto possível, 
              para só então entregar-se aos sentimentos que revivem 
              e aos pensamentos que emergem da alma (p. 33, P#, S#, Q#)
 
            - Ao observar o mundo sensorial, não se perder em reflexões 
              sobre o significado das coisas; dirigir o olhar a esse mundo sem 
              preconceitos, com um senso sadio, com observação aguda 
              e, em seguida, entregar-se aos sentimentos (p. 35, P#, S#, Q#)
 
            - Compenetrar-se por completo da consciência, e adquirir a 
              inabalável certeza de que sentimentos e pensamentos representam 
              fatos reais; não se permitir, acerca dos semelhantes, pensamentos 
              irreconciliáveis com o mais profundo respeito à dignidade 
              e à liberdade humanas (pp. 35, 50, P#, S#)
 
            - Evitar um pensamento errado, pois ele pode atuar sobre outros 
              pensamentos de maneira tão devastadora quanto um projétil 
              atirado às cegas para objetos físicos ao atingi-los 
              (p. 35, P#, Q#)
 
            - Jamais cometer uma ação física visível 
              que se considere absurda (p. 35, P#, Q#)
 
            - Proibir-se continuamente de fomentar sentimentos e pensamentos 
              impróprios (p. 36, P#, S#, Q#)
 
            - Ouvir com a alma: prestar atenção ao mundo dos sons, 
              distinguindo os provenientes de objetos inanimados dos de seres 
              animados, procurando vivenciar o interior dos últimos e compartilhando 
              a sua dor ou alegria (p. 36, P#, S#, Q#)
 
            - Aprender a sensibilizar-se perante toda a natureza (p. 37, S#)
 
            - Ouvir pessoas de forma inteiramente altruísta, em absoluto 
              silêncio, sem formular julgamento intelectual nem sentimento 
              de agrado ou desagrado, praticando isso em casos isolados, previamente 
              escolhidos (pp. 37-38, P#, S#, Q#)
 
            - Exercitar a escuta de pensamentos adversos impondo-se um silêncio 
              absoluto a todas as concordâncias e, principalmente, todos 
              os julgamentos desfavoráveis; com isso, conflui-se com a 
              essência do outro, escutando, através das palavras, 
              o interior da alma do outro (p. 38, P#, S#, Q#)
 
            A iluminação (Die Erleuchtung), p. 39 
            - Contemplar os seres da natureza, por exemplo comparando uma pedra 
              com um animal (p. 39, P#)
 
            - Aumentar constantemente a força moral, a candura interior, 
              a capacidade de observação (p. 41, P#, S#)
 
            - Aumentar continuamente a compaixão para com animais e seres 
              humanos, e sensibilidade para com a beleza da natureza (p. 42, S#)
 
            Controle dos pensamentos e sentimentos (Kontrolle der Gedanken 
              und Gefühle), p. 42 
            - Conscientizar-se de que no mundo pessoal de sentimentos e pensamentos 
              acham-se latentes os mais elevados mistérios; apenas não 
              são percebidos – isso provém do fato de o ser humano 
              ser constituído de corpo, alma e espírito, no entanto 
              ter consciência apenas do seu corpo (p. 44, P#, S#)
 
            - O bom senso que distingue verdade de ilusão deve ser cultivado 
              continuamente; ter bom senso em todos os passos da vida (pp. 46, 
              60, P#)
 
            - Ao avançar um passo na cognição de verdades 
              ocultas, deve-se fazer, ao mesmo tempo, três para diante no 
              aperfeiçoamento do caráter rumo ao bem (p. 48, P#, 
              Q#)
 
            - Reconhecer absoluta e integralmente o valor de cada indivíduo, 
              considerando – também em pensamentos e sentimentos – como 
              algo sagrado e intocável o que reside no interior do ser 
              humano; permear-se de um sagrado respeito diante de todo elemento 
              humano, mesmo quando apenas pensado na recordação 
              (p. 50, P#, S#)
 
            - Encarar calmamente os perigos, desenvolvendo uma natureza corajosa 
              e intrépida frente a eles; querer vencer dificuldades sem 
              hesitar, conscientizando-se de que o medo é inútil, 
              não se deixando dominar por ele e pensar unicamente no que 
              é preciso fazer (p. 51, P#, Q#)
 
            - Aprender a manter-se interiormente calmo e seguro nas situações 
              difíceis da vida (p. 52, S#, Q#)
 
            - Criar uma forte confiança nos bons poderes da existência 
              (p. 52, S#)
 
            - Não exercer ações por vaidade e ganância, 
              constatando que a primeira é inútil, e a segunda é 
              destrutiva (p. 52, P#, S#, Q#)
 
            - Não desanimar frente a um insucesso (p. 52, S#, Q#)
 
            - Esforçar-se, sempre de novo, por alcançar o espírito, 
              capaz de elevar e sustentar, não obstante quantas vezes seu 
              elemento terreno se tenha demonstrado impotente e fraco (p. 53, 
              Q#)
 
            A iniciação (Die Einweihung), p. 54 
            - Não desprezar nenhum dever da vida comum, sob o pretexto 
              de viver em mundos superiores (p. 57, Q#)
 
            - Seguir princípios e ideais elevados, com prejuízo 
              dos caprichos e impulsos pessoais (p. 59, P#, Q#)
 
            - Desenvolver autodomínio na vida cotidiana (p. 59, Q#)
 
            - Desenvolver juízo sadio e seguro (p. 59, 107, P#)
 
            - Refrear imediatamente um pensamento, opinião ou inclinação 
              se o pensar lógico assim o ordenar (p. 60, P#, Q#)
 
            - Não deixar o pensar ser levado por fantasmagorias e superstições, 
              não se deixar iludir por quimeras e ilusões (p. 60, 
              P#)
 
            - Evitar todos os preconceitos (pp. 60, 67, P#)
 
            - Atender à inspiração do espírito em 
              todas as coisas, demonstrando presença de espírito 
              (p. 61, P#, Q#)
 
            - A fim de não ficar inativo, não perder-se a si próprio, 
              pois só dentro de si mesmo poderá encontrar o único 
              ponto firme (p. 61, Q#)
 
            - Desenvolver a presença de espírito, agindo com prontidão 
              em situações de emergência (p. 61, Q#)
 
            - Colocar a serviço do mundo os mistérios revelados 
              a si próprio, na medida do possível (p. 62, Q#)
 
            - Julgar cada nova experiência a partir dela, livre de todo 
              passado (p. 63, P#, Q#)
 
            Considerações de ordem prática (praktische 
              Gesichtspunkte), p. 64 
            - Introduzir nos sentimentos e pensamentos disposições 
              como a natureza as introduziu nas funções corporais; 
              aprender a respirar, ver etc. com a alma, ouvir, falar etc. com 
              o espírito (p. 64, P#, S#)
 
            - Satisfação com o mais insignificante passo dado 
              (p. 64, S#)
 
            - Aguardar calmamente, até ser considerado, por potências 
              superiores, digno de uma determinada iluminação (p. 
              65, S#, Q#)
 
            - Não cobiçar vivências superiores (p. 65, S#, 
              Q#)
 
            - Ser verdadeiro, não se deixar enganar em relação 
              a si próprio, examinar os próprios defeitos, fraquezas 
              e insuficiência, sem desculpá-los perante si mesmo 
              (p. 65-66, P#, Q#)
 
            - Não ter curiosidade desnecessária, só perguntar 
              o que serve ao aperfeiçoamento pessoal a serviço da 
              evolução (pp. 66, 73, P#, Q#)
 
            - Não desejar de forma alguma enquanto não se tiver 
              reconhecido o que é verdadeiro num domínio (p. 66, 
              P#, S#)
 
            - Não se deixar encolerizar (p. 67, S#, Q#)
 
            - Não discriminar pessoas por raça, classe, etnia, 
              religião, nacionalidade (pp. 67-68, P#, Q#)
 
            - Não dizer nada antes de purificá-lo com os pensamentos 
              (p. 68, P#, Q#)
 
            - Se alguém diz algo, esforçar-se para levar mais 
              em conta a opinião, o sentimento, e até mesmo o preconceito 
              do outro, do que o que se tem a dizer, sem renunciar à própria 
              opinião (p. 68, P#, Q#)
 
            - Contribuir para que o outro encontre o verdadeiro a partir de 
              si próprio (p. 68, Q#)
 
            - Desenvolver brandura em oposição à aspereza 
              (p. 68, S#, Q#)
 
            - Ficar atento às sutilezas da vida anímica circundante, 
              mantendo silêncio nas próprias emoções 
              (p. 69, P#, S#, Q#)
 
            - Não atrair algo dos mundos superiores por meio da própria 
              arbitrariedade (p. 69, Q#)
 
            - Conscientizar-se de que não há outros obstáculos 
              senão aqueles que cada um coloca no caminho e que também 
              cada um pode evitar (p. 69, P#)
 
            - Não se exercitar animicamente em ambientes plenos de interesses 
              egoísticos (p. 70, Q#)
 
            - Fazer de vez em quando da calma, dignidade e encanto da natureza 
              o próprio meio ambiente (p. 70, Q#)
 
            As condições para a disciplina oculta (Die 
              Bedingungen zur Geheimschulung), p. 72 
            - Não almejar vivências superiores sem seguir as condições 
              especiais da disciplina oculta, pois nada será conseguido 
              (p. 72, Q#)
 
            - Dedicar a atenção para aprimorar a saúde 
              corpórea, sentimental e mental; só de uma pessoa sadia 
              pode emanar conhecimento sadio; uma pessoa carente de saúde 
              deve ter vontade de viver de modo sadio (p. 73, P#, S#, Q#)
 
            - Colocar qualquer trabalho em função da humanidade; 
              jamais pensar "esse trabalho não me é digno; 
              fui destinado para algo melhor" (p. 74, P#, Q#)
 
            - Nada deve estar mais distante do que a inclinação 
              ao fantástico, a excitação, o nervosismo, a 
              exaltação e o fanatismo (p. 74, S#, Q#)
 
            - Evitar, no julgar e no sentir, todo elemento exagerado e unilateral 
              (p. 74, P#, S#)
 
            - Sentir-se como um membro de toda a vida (p. 74, S#)
 
            - Sentir-se co-responsável por tudo o que acontece (p. 74, 
              S#)
 
            - Não fazer um juízo de como os seres humanos deveriam 
              ser; trabalhar nas profundezas, e não na superfície 
              (p. 75, P#)
 
            - Conscientizar-se de que pensamentos e sentimentos têm tanta 
              importância para o mundo quanto os atos (p. 75, P#)
 
            - Conscientizar-se de que é tão pernicioso odiar o 
              semelhante quanto se nele se estivesse batendo (p.75, P#)
 
            - Adquirir a concepção de que a verdadeira entidade 
              do ser humano não reside no mundo exterior, mas no interior 
              (p. 76, P#)
 
            - Encontrar o verdadeiro equilíbrio entre o que as condições 
              exteriores ordenam e aquilo que se reconhece como certo para a própria 
              conduta (p. 76, P#, S#)
 
            - O reconhecimento para a verdade tem que ser procurado unicamente 
              na voz da pura alma em busca de conhecimento (p. 76, P#)
 
            - Aprender do meio ambiente tanto quanto possível, a fim 
              de descobrir o que é conveniente e útil a ele (p. 
              76, P#)
 
            - Uma vez tomada uma decisão, perseverar no seu cumprimento, 
              a não ser pela convicção de que se incorreu 
              num equívoco (pp. 76, 90, Q#)
 
            - Ter amor à ação e ao trabalho, e não 
              ao êxito (pp. 76, 78, S#)
 
            - Ter sentimento de gratidão por tudo o que vem ao ser humano 
              (p. 77, S#)
 
            - Compreender a vida incessantemente no sentido em que as condições 
              o exigem (p. 77, P#)
 
            - Dar à vida um caráter uniforme (p. 77, Q#)
 
            - Consolidar todo o aspirar pela verdade na confiança e no 
              verdadeiro amor à humanidade (p. 78, P#, S#)
 
            - Ter amor aos seres humanos e a todos os outros seres (p. 78); 
              algo que não se ama não pode se revelar (p. 77, S#)
 
            - Só destruir se a partir da destruição se 
              for capaz de promover vida nova (p. 78, Q#)
 
            - Procurar no mal as facetas pelas quais se possa convertê-lo 
              em bem; conscientizar-se de que o melhor combate ao mau e ao imperfeito 
              consiste em criar o bom e o perfeito (p. 78, P#)
 
            - Na obtenção de cognição, tudo se deve 
              não ao obstinado critério pessoal, mas à serena 
              escuta e assimilação (p. 79, Q#)
 
            - Se não se compreende algo, é melhor abster-se de 
              julgar, ao invés de condenar (p. 79, P#, Q#)
 
            - Conscientizar-se de que quanto às verdades e às 
              vidas superiores existe uma só opinião, e de que cada 
              pessoa pode e deve encontrá-la por si (p. 79, P#)
 
            - Permear-se inteiramente da vontade de aprender com a vida, ser 
              sempre um aprendiz e ter alegria e dedicação ao que 
              se aprende (pp. 79, 85, S#, Q#)
 
            - Conscientizar-se de que uma verdadeira ciência do espírito 
              não impõe nenhuma verdade e não promulga nenhum 
              dogma; indica, porém, um caminho (p. 79-80, P#)
 
            Sobre alguns efeitos da iniciação (Über 
              einige Wirkungen der Einweihung), p. 81 
            - Quem se dedica ao desenvolvimento superior deve fazê-lo 
              sempre em plena consciência; não praticar nada sem 
              conhecer os possíveis efeitos (p. 80, P#, Q#)
 
            - Atentar às representações mentais; cada uma 
              deve ganhar importância, e deve ser um espelho do mundo [o 
              "pensamento correto" do caminho óctuplo do Buda] 
              (p. 84, P#)
 
            - Tomar decisões somente a partir de deliberações 
              conscientes e fundamentadas ["juízo correto"] (p. 
              84, P#)
 
            - Estabelecer objetivos de acordo com grandes deveres humanos (p. 
              84, P#)
 
            - Só falar o que tiver sentido e importância, jamais 
              pronunciar algo infundado ["palavra correta"] (p. 84, 
              P#, Q#)
 
            - Organizar o agir de modo que ele esteja de acordo com o ambiente 
              e as pessoas ["ação correta"] (p. 84, Q#)
 
            - Procurar viver de conformidade com as leis da natureza e do espírito 
              ["vida correta"] (p. 85, Q#)
 
            - Evitar ultrapassar as próprias forças, não 
              deixando de fazer o que estiver dentro delas ["aspiração 
              correta"] (p. 85, Q#)
 
            - Ter a aspiração de desempenhar cada vez melhor as 
              obrigações (p. 85, Q#)
 
            - Aprender com a vida o mais possível ["aprendizado 
              correto"] (p. 85. Q#)
 
            - Efetuar, de tempo em tempo, uma auto-análise, observar 
              os próprios conhecimentos, deveres, objetivo na vida etc. 
              ["autocontemplação correta"] (p. 85, P#, 
              Q#)
 
            - Não pensar ou falar algo inverídico (p. 86, P#, 
              Q#)
 
            - Tornar-se pessoa acessível e de pensamentos e fala claros 
              (p. 87, P#, Q#)
 
            - Dominar o curso dos pensamentos ["controle do pensamento", 
              dos 6 "exercícios colaterais" para a meditação, 
              apresentados nesse livro com algumas diferenças em relação 
              à formulação usual] (p. 89, #P, Q#)
 
            - Ao se deparar com pensamentos destituídos de lógica, 
              deve-se imediatamente imaginar a forma lógica que lhes correspondem; 
              não se retirar de um meio ambiente carente de lógica, 
              e nem sentir-se impelido a imediatamente corrigir nele toda essa 
              carência; tentar dar, no íntimo, uma direção 
              lógica aos pensamentos que se precipitam de fora (pp. 89-90, 
              P#, Q#)
 
            - Pôr consequência lógica nas ações; 
              se algo é feito, organizar de acordo com isso a ação 
              posterior, para que seja sua consequência lógica ["controle 
              das ações"] (p. 90, Q#)
 
            - Educar-se para a perseverança, não se desviando 
              de um objetivo proposto, enquanto considerá-lo correto ["perseverança"] 
              (pp. 90, 76, Q#)
 
            - Ser tolerante perante seres humanos, outros seres e fatos; suprimir 
              crítica desnecessária perante imperfeições, 
              maldades e inferioridades, procurando compreender ["positividade"] 
              (p. 90, P#, S#, Q#)
 
            - Ao se defrontar com uma adversidade, não incorrer em um 
              julgar depreciativo, mas aceitar o necessário tentando converter, 
              dentro do limite das forças, o caso em bem (p. 90, P#, Q#)
 
            - Ter imparcialidade perante os aspectos da vida; estar disposto 
              sempre a submeter a própria opinião a um novo exame 
              e retificá-la ["imparcialidade"] (p. 90, P#) 
 
            - Manter-se sensível a tudo o que vem ao encontro de si (p. 
              90, S#)
 
            - Banir timidez e ceticismo (pp. 90-91, S#)
 
            - Atingir um equilíbrio de vida, não oscilando entre 
              regozijos e desesperos ["moderação, serenidade"] 
              (p. 91, S#, Q#)
 
            - Aprender a dominar, de forma consciente, as próprias impressões 
              sensoriais, não acolhendo as que não se queira acolher; 
              evitar todo olhar e ouvir distraídos e vagos, existindo unicamente 
              aquilo a que dirigir ouvido e olhar (pp. 92, P#, Q#)
 
            - Tentar combater uma antipatia a alguma coisa, conhecendo-a melhor 
              (p. 94, S#, Q#)
 
            - A vida anímica terá de vir a ser uma vida permeada 
              de atenção, afastando-se do que não se deseja 
              dedicar atenção (p. 94, P#)
 
            - Aspirar a um perfeito domínio do próprio ser total, 
              de forma a estabelecer uma completa harmonia entre corpo, alma e 
              espírito (p. 95, P#)
 
            - Não ser impelido a apetites e paixões incompatíveis 
              com um pensar puro e nobre (p. 95, S#, Q#)
 
            - O dever não deverá ser considerado como algo a se 
              ser submetido a contragosto mas, sim, como algo que se realiza por 
              amor, mantendo a liberdade da alma e o equilíbrio entre sensorialidade 
              e espiritualidade (p. 95, S#)
 
            - Paixões devem ser purificadas a ponto de estarem voltadas 
              sempre para o que é correto, sem necessidade de serem refreadas; 
              virtudes devem tornar-se hábitos (pp. 95, 101, S#) 
 
            - Em determinadas circunstâncias, 
              uma renúncia sensata representa um êxito muito 
              maior do que a aspiração por algo que, sob as condições 
              impostas, é inatingível (p. 95, Q#)
 
            - Não se tornar um sonhador, manter o chão firme sob 
              os pés (p. 99, P#)
 
            - Discernir mentalmente entre verdade e aparência, entre verdade 
              e mera opinião (p. 101, P#)
 
            - Ter amor à liberdade interior (p. 101, S#)
 
            - Ante cada coisa que se defronta, discernir inteira e espontaneamente 
              entre o não essencial e o que tem importância (p. 101, 
              P#)
 
            - Ter consciência de que a menor ação pesa no 
              grande governo cósmico (p. 102, P#)
 
            - Libertar-se de tudo o que só se relaciona com as faculdades 
              da própria natureza pessoal (p. 102, Q#)
 
            - Conscientizar-se de que se aperfeiçoar não é 
              egoísmo (p. 103, P#)
 
            - Um conhecimento e uma análise sólidos da entidade 
              própria é que dá acesso seguro ao mundo superior 
              (p. 106, P#)
 
            - Ninguém é capaz de dar à luz um "eu 
              superior", se não vive e pensa sadiamente no mundo físico 
              (pp. 108, 132, P#)
 
            Modificações na vida onírica do discípulo 
              (Veränderungen im Traumleben des Geheimschülers), 
              p. 111 
            - Compenetrar-se da ideia e do vivo sentimento de que o corpo físico 
              e o que se chama comumente de "eu" são apenas mais 
              dois instrumentos do "eu superior" (p. 113, P#, S#)
 
            - A consciência superior não deve empobrecer a vida 
              no mundo físico, mas enriquecê-la (p. 114, Q#)
 
            - Compenetrar-se de que a todas as coisas sensoriais que circundam 
              o ser humano também pertencem forças [não físicas] 
              afins com as humanas (p. 115, P#)
 
            A cisão da personalidade durante a disciplina espiritual 
              (Die Spaltung der Persönlichkeit während der Geistesschulung) 
              (p. 125) 
            - Nenhuma desarmonia deve surgir entre as vivências superiores 
              e os acontecimentos e exigências da vida cotidiana; não 
              se subtrair das tarefas da Terra e fugir para um outro mundo (p. 
              127, Q#)
 
            - A missão do ser humano deve ser inteiramente buscada nesta 
              Terra (p. 127, Q#)
 
            - Somente por depender a Terra sensorial do mundo espiritual, por 
              realmente só ser possível atuar na Terra participando-se 
              dos mundos onde estão ocultas as potências criadoras, 
              é que se deve querer ascender a eles (p. 127, Q#)
 
            - Uma vida "normal" existe somente quando nela se nota 
              uma associação harmônica entre pensar, sentir 
              e querer; manter em todas as circunstâncias um equilíbrio 
              entre pensar, sentir e querer; um pensar predominante leva a uma 
              contemplação hostil à vida, introvertida; um 
              sentimento predominante pode levar uma natureza inclinada ao misticismo 
              e à religiosidade a um êxtase arrebatador religioso, 
              ou uma pessoa inclinada à veneração a uma dependência 
              ilimitada; uma vontade predominante segue seus próprios caminhos 
              desenfreados, podendo levar a pessoa a tornar-se despótica 
              (pp. 128, 130, 131, P#, S#, Q#)
 
            - Procurar tudo o que corresponda às próprias forças 
              e que garanta uma convivência serena e harmoniosa com o meio 
              ambiente, devendo-se evitar tudo o que prejudique essa harmonia 
              trazendo agitação e precipitação na 
              vida (p. 132, P#, Q#)
 
            - Cuidar para que a disposição da alma, as intenções, 
              os pensamentos e a saúde corpórea não estejam 
              expostos a constantes oscilações (p. 132, P#, Q#)
 
            - Não desleixar-se em nada que assegure o domínio 
              sobre todo o próprio ser (p. 132, Q#)
 
            O guardião do limiar (Der Hüter der Schwelle) 
            - No desenvolvimento espiritual, cada ampliação do 
              horizonte coloca, também, incondicionalmente, deveres ampliados 
              (p. 139, Q#)
 
            Vida e morte – o grande guardião do limiar (Leben 
              und Tod – der grosse Hüter der Schwelle), p. 141 
            - Conscientizar-se de que se veio ao mundo a fim de adquirir qualidades 
              que não poderiam ser adquiridas em nenhum outro mundo (p. 
              141, P#)
 
            - Somente se poderá vir um dia a ser um colaborador útil 
              num outro mundo se, no sensorial visível, forem adquiridas 
              todas qualidades necessárias para tanto (p. 141, P#, S#, 
              Q#)
 
            - Sem as vivências na realidade visível estar-se-ia 
              totalmente impotente na invisível; não se pode nascer 
              para o mundo espiritual com olhos espirituais não os tendo 
              plasmado no plano sensorial (p. 142, Q#)
 
            - Conscientizar-se de que a morte nada mais é senão 
              a expressão do fato de o universo supra-sensorial de outrora 
              haver chegado a um ponto no qual não se pode mais avançar 
              por si próprio (p. 143, P#)
 
            Posfácio à última edição 
              do autor (Nachwort zum achten bis elften tausend), p. 149 
            - Quem vivencia, com sua alma, a pura e autônoma vida de pensamentos, 
              chega a saber que, sempre que na vida anímica reina o pensar, 
              na medida em que esse pensar permeia outras funções 
              anímicas o ser humano está envolvido numa atividade 
              em que seu corpo não participa (p. 149, P#)
 
            - É possível dissociar da esfera da vida anímica 
              algo que somente consiste em pensamentos puros, autônomos, 
              dos quais foi desligado tudo o que se origina de percepção 
              ou de vida interior corporealmente condicionada (p. 150, P#, Q#)
 
            - Não cair em vivência visionária e nas manifestações 
              mediúnicas, pois nelas o indivíduo entra em completa 
              dependência de seu corpo, excluindo de sua vida anímica 
              aquilo que na percepção e no querer o torna independente 
              do corpo; na vivência do suprassensorial referida neste livro, 
              a evolução da vivência anímica segue 
              justamente a direção oposta à da visionária 
              ou da mediúnica, pois a alma se torna progressivamente menos 
              dependente do corpo do que é o caso nas vidas da percepção 
              e da vontade (p. 151, Q#)
 
            - Deve-se compreender o vivenciar do pensar puro em plena lucidez 
              (p. 151, P#)
 
            - Ao se dizer que o discípulo necessita de instrução 
              pessoal, considere-se isso de forma que esse próprio livro 
              seja tal instrução; assim, o livro ocupa o lugar da 
              antiga instrução oral; seria errado imaginar que existam 
              assuntos essenciais [para o desenvolvimento pessoal] não 
              contidos neste livro (p. 153, P#, Q#)
 
               
           
          INDICAÇÕES GERAIS 
            REFERENTES AOS EXERCÍCIOS ANÍMICOS 
           Cada um pode, mas somente por si próprio, despertar dentro 
            de si o ser humano superior (p. 26)
          Elevar-se ao puramente humano, que nada mais tem a ver com a condição 
            de vida particular (p. 28)
           Fazer um dedicado estudo daquilo que os pesquisadores espirituais 
            vêm comunicando ao mundo; tomar, como ponto de partida para 
            a meditação, os seus escritos (pp. 30, 39, 43, 108, 
            153)
           A meditação é o caminho que conduz o ser humano 
            à cognição, à contemplação 
            do indestrutível cerne de seu ser, e apenas por meio dela o 
            ser humano poderá chegar a tal contemplação (p. 
            31)
           Um experimentar impaciente, sem seriedade e perseverança, 
            não poderá levar a nada (p. 32)
           Dedicar alternadamente a atenção aos processos de 
            germinar, crescer, florescer e aos de murchar, declinar e perecer 
            (p. 33)
           Observar os objetos tão intensa e exatamente quanto possível, 
            para só então entregar-se aos sentimentos que revivem 
            e aos pensamentos que emergem da alma (p. 33)
           Esforçar-se, sempre de novo, por alcançar o espírito, 
            capaz de elevar e sustentar, não obstante quantas vezes seu 
            elemento terreno se tenha demonstrado impotente e fraco (p. 53)
           Atender à inspiração do espírito em 
            todas as coisas, demonstrando presença de espírito (p. 
            61)
           O reconhecimento para a verdade tem que ser procurado unicamente 
            na voz da pura alma em busca de conhecimento (p. 76)
           Consolidar todo o aspirar pela verdade na confiança e no 
            verdadeiro amor à humanidade (p. 78)
           Conscientizar-se de que uma verdadeira ciência do espírito 
            não impõe nenhuma verdade e não promulga nenhum 
            dogma; indica, porém, um caminho (p. 79-80)
           Quem se dedica ao desenvolvimento superior deve fazê-lo sempre 
            em plena consciência; não praticar nada sem conhecer 
            os possíveis efeitos (p. 80)
           Aspirar a um perfeito domínio do próprio ser total, 
            de forma a estabelecer uma completa harmonia entre corpo, alma e espírito 
            (p. 95)
           Uma renúncia sensata representa, em determinadas circunstâncias, 
            um êxito muito maior do que a aspiração por algo 
            que, sob as condições impostas, é inatingível 
            (p. 95)
           Conscientizar-se de que se aperfeiçoar não é 
            egoísmo (p. 103)
           Um conhecimento e uma análise sólidos da entidade 
            própria é que dá acesso seguro ao mundo superior 
            (p. 106)
           Ninguém é capaz de dar à luz um eu superior, 
            se não vive e pensa sadiamente no mundo físico (p. 108, 
            132)
           A consciência superior não deve empobrecer a vida 
            no mundo físico, mas enriquecê-la (p. 114)
           Compenetrar-se de que a todas as coisas sensoriais que circundam 
            o ser humano também pertencem forças [não físicas] 
            afins com as humanas (p. 115)
           Nenhuma desarmonia deve surgir entre as vivências superiores 
            e os acontecimentos e exigências da vida cotidiana; não 
            se subtrair das tarefas da Terra e fugir para um outro mundo (p. 127)
           A missão do ser humano deve ser inteiramente buscada nesta 
            Terra (p. 127)
           Somente por depender a Terra sensorial do mundo espiritual, por 
            realmente só ser possível atuar na Terra participando-se 
            dos mundos onde estão ocultas as potências criadoras, 
            é que se deve querer ascender a eles (p. 127)
           No desenvolvimento espiritual, cada ampliação do 
            horizonte coloca, também, incondicionalmente, deveres ampliados 
            (p. 139)
           Somente se poderá vir um dia a ser um colaborador útil 
            num outro mundo se, no sensorial visível, forem adquiridas 
            todas qualidades necessárias para tanto (p. 141)
           Sem as vivências na realidade visível estar-se-ia 
            totalmente impotente na invisível; não se pode nascer 
            para o mundo espiritual com olhos espirituais não os tendo 
            plasmado no plano sensorial (p. 142)
           Quem vivencia, com sua alma, a pura e autônoma vida de pensamentos, 
            chega a saber que, sempre que na vida anímica reina o pensar, 
            na medida em que esse pensar permeia outras funções 
            anímicas o ser humano está envolvido numa atividade 
            em que seu corpo não participa (p. 149)
           É possível dissociar da esfera da vida anímica 
            algo que somente consiste em pensamentos puros, autônomos, dos 
            quais foi desligado tudo o que se origina de percepção 
            ou de vida interior corporealmente condicionada (p. 150)
           Não cair em vivência visionária e nas manifestações 
            mediúnicas, pois nelas o indivíduo entra em completa 
            dependência de seu corpo, excluindo de sua vida anímica 
            aquilo que na percepção e no querer o torna independente 
            do corpo; na vivência do supra-sensorial referida neste livro, 
            a evolução da vivência anímica segue justamente 
            a direção oposta à da visionária ou da 
            mediúnica, pois a alma se torna progressivamente menos dependente 
            do corpo do que é o caso nas vidas da percepção 
            e da vontade (p. 151)
           Deve-se compreender o vivenciar do pensar puro em plena lucidez 
            (p. 151)
           Ao se dizer que o discípulo necessita de instrução 
            pessoal, considere-se isso de forma que esse próprio livro 
            seja tal instrução; assim, o livro ocupa o lugar da 
            antiga instrução oral; seria errado imaginar que existam 
            assuntos essenciais [para o desenvolvimento pessoal] não contidos 
            neste livro (p. 153)
          
           
              
            Agradecimentos 
            Agradeço a Rogério 
              Y. Santos por algumas valiosas sugestões. 
           
           
      
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