Os quatro tipos de tempo
Uma das medidas salutogenéticas mais eficientes que podemos tomar no dia a dia é moldar nosso tempo conscientemente em um modo rítmico, enquanto o estilo de vida contemporâneo é um em que o tempo nos determina através de experiências como a de “pressão de prazo”, dando-nos a sensação de já não termos tempo, ou tiranizando-nos com a ideia de lapsos de tempo dentro dos quais temos de obter ou produzir certos resultados. A consequência disso é stress, nervosismo, pânico, etc. Aprender a lidar com o tempo estruturando-o ritmicamente é hoje muito importante, pois está cada vez mais difícil lidar com ele em nossa cultura tecnológica e mecanicista. E ao examinarmos nosso relacionamento com o tempo descobrimos que existem quatro diferentes dimensões do tempo. Compreendê-las e distingui-las pode ser um primeiro passo na direção da transformação de pressão angustiante em ritmo vivificante.
Tempo cronológico - o tempo do relógio
Tempo Vivo – Ritmo
Nós nos aproximamos da verdadeira natureza do tempo ao considerá-lo qualitativamente. Este segundo olhar para o tempo o enxerga como ritmo, como ciclos, como o tempo da natureza ou tempo vivo. Ritmo é sempre uma alternância regular, um pulsar vivo, um contrair e expandir, um aumentar e diminuir, e está sempre embebido em outros ritmos que o influenciam e podem variar. O portador dos processos temporais na natureza é o assim chamado reino etérico, e no ser humano, o corpo vital. Se nós conhecêssemos os ritmos do corpo vital e vivêssemos neles seríamos muito mais saudáveis.Tempo Psicológico
A forma como nos relacionamos com o tempo, como o experimentamos, é chamada de dimensão psicológica. Uma conversa entediante dura uma eternidade, enquanto um encontro que suscite em nós interesse, que nos apaixone, faz o tempo voar. Nossos sentimentos constantemente influenciam nosso tempo natural e vital, alongando-o ou comprimindo-o. Alegria, tristeza e outras emoções deixam seu selo e estampa no modo como experimentamos o tempo, por exemplo, quando temos de esperar ou somos obrigados a nos apressar.
Ansiedade, tensão e nervosismo são forças de desgaste e destruição. Uma vez que stress conduz à exaustão, tempo psicológico deve ser considerado nestas condições como um oponente do tempo vivo. Nossos desejos insaciáveis de atar o futuro a ideias predeterminadas de como algo deve acontecer ( por falta de confiança no destino ou na vida) e manifestá-lo por meio de planos fixos, que geram inúmeras preocupações se ele assim não se cumpre, acabam por adoecer-nos. Felizmente, há uma quarta ordem do tempo que pode vir em nosso socorro.