Autodesenvolvimento

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  • Nego-me a submeter-me ao medo,
    Que me tira a alegria de minha liberdade,
    Que não me deixa arriscar nada,
    Que me torna pequeno e mesquinho,
    Que me amarra,
    Que não me deixa ser direto e franco,
    Que me persegue,
    Que ocupa negativamente a minha imaginação,
    Que sempre pinta visões sombrias.

    No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo,
    Eu quero viver, não quero encerrar-me.
    Não quero ser amigável por medo de ser sincero.
    Quero pisar firme porque estou seguro,
    E não para encobrir o medo.
    E quando me calo, quero fazê-lo por amor
    E não por temer as consequências de minhas palavras.

    Não quero acreditar em algo só por medo de não acreditar.
    Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto.
    Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.
    Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim.
    Por medo de errar não quero me tornar inativo.
    Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, por medo de não me sentir seguro no novo.
    Não quero fazer-me de importante porque tenho medo de ser ignorado.
    Por convicção e amor quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer.
    Do medo quero arrancar o domínio de dá-lo ao amor.
    E quero crer no reino que existe em mim.
    Fonte: Arte Médica Ampliada – revista da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica. Ano XXX, No. 1 (outono, 2010), p. 41.

  • De um ponto de vista oculto, tudo o que ocorre por amor não traz benefícios pessoais, mas é uma atividade de retribuição por um bem já consumido. As únicas ações das quais nada teremos no futuro são aquelas feitas a partir de um verdadeiro, autêntico amor. Essa verdade poderia assustar. Felizmente os seres humanos nada sabem a esse respeito em sua consciência superficial. No subconsciente, porém, todos o sabem, e por isso realizam com tão pouco prazer os atos de amor. Essa é a razão de existir tão pouco amor no mundo. As pessoas sentem, instintivamente que, no futuro, nada possuirão, para seu eu, dos atos de amor. Uma alma deverá já ter feito grandes progressos em sua evolução para sentir prazer em praticar atos de amor dos quais nada obterá. O impulso para isso não é forte na humanidade, mas a partir do ocultismo podem-se ganhar fortes impulsos para atos de amor.
    Do ponto de vista de nosso egoísmo, nada obtemos dos atos de amor; tanto mais, porém, obtém deles o mundo. O ocultismo diz: o amor é para o mundo o que é o Sol para a vida exterior. Nenhuma alma poderia mais crescer se o amor fosse eliminado do mundo. O amor é o Sol moral do mundo. Não seria absurdo , para uma pessoa que tem prazer e interesse no crescimento das flores de um prado, desejar que o Sol desaparecesse do mundo? Transposto para o âmbito moral, isso que dizer: deve-se ter interesse de que um desenvolvimento sadio se imponha nas relações da humanidade. É uma atitude sábia semear tanto amor quanto possível na Terra. Não há nada mais sábio do que promover o amor na Terra.
    Fonte: GA 143, palestra de 17/12/1912, “Amor, poder, sabedoria”, pp. 23-24. Revisão da redação (sem cotejo com o original): VWS.
  • O amor sensorial é a origem do criativo, daquilo que está nascendo. Sem o amor sensorial, nada mais existiria de sensorial no mundo; sem o amor espiritual, nada mais haveria de espiritual na evolução. Quando praticamos o amor, quando o cultivamos, derramam-se no mundo forças germinativas, forças criadoras. Devemos fundamentar isso com a razão. As forças criadoras tiveram de derramar-se também no mundo antes de nós e de nossa razão. Certamente, sendo egoístas, podemos eliminar do futuro as forças criadoras, mas não podemos apagar os atos de amor e as forças criadoras do passado. Aos atos de amor do passado devemos nossa existência. Assim como somos fortes devido a esse fato, também estamos fortemente endividados com o passado, e tudo o que conseguimos alguma vez produzir em amor será pagamento de dívidas por nossa existência. Podemos, então, compreender os atos de uma pessoa altamente desenvolvida, pois ela tem dívidas maiores para com o passado. É uma atitude sábia pagar as dívidas por meio de atos de amor. O impulso para o amor cresce com o evoluir de uma pessoa: somente a sabedoria não é suficiente para tal. Imaginemos da seguinte forma o significado do amor no atuar do mundo: o amor é algo que sempre aponta para dívidas existenciais do passado, e como do pagamento de dívidas nada sobra para o futuro, nós mesmos nada possuímos de nossos atos de amor. Devemos deixar nossos atos de amor no mundo, os quais ficam, então, inscritos no suceder cósmico espiritual. Nós não nos aperfeiçoamos por meio de nossos atos de amor, mas por meio de outros atos; o mundo, entretanto, torna-se mais rico mediante nossos atos de amor -- pois o amor é o elemento criador do mundo.
    Fonte: GA 143, palestra de 17/12/1912, “Amor, poder, sabedoria”, pp. 37-38. Revisão da redação (sem cotejo com o original): VWS.
  • Com o egoísmo entrou o mal no mundo. Isso teve que ocorrer, pois o bem não pode ser compreendido sem o mal. Por meio dos triunfos do ser humano sobre si mesmo, o mal proporciona a possibilidade para o desabrochar do amor. [...]
    Mas o futuro da humanidade consistirá ainda em outra coisa além do amor. O aperfeiçoamento espiritual será, para o ser humano terrestre, a meta mais valiosa. [...] O aperfeiçoamento é algo por meio do qual queremos fortificar e estimular nosso ser, nossa personalidade. Mas devemos ver nosso valor para o mundo somente nos atos de amor, não nos atos de autoaperfeiçoamento. Quanto a isso, não podemos entregar-nos a nenhuma ilusão. [...] da sabedoria que alguém coloca a serviço do mundo, terá valor somente a porção que esteja impregnada de amor.
    A sabedoria que está submersa no amor, que impulsiona o mundo [...] exclui a mentira. Pois a mentira opõe-se aos fatos, e quem se coloca com amor dentro dos fatos não conhece a mentira. A mentira provém do egoísmo, sem exceção. Quando, por meio do amor, encontramos o caminho para a sabedoria, então penetramos, por meio da força crescente da superação, por meio do amor sem egoísmo, também na sabedoria. Com isso, o ser humano torna-se uma personalidade livre. O mal era o subterrâneo em que penetrou a luz do amor; é ela que torna reconhecível o sentido do mal, a posição do mal no mundo. A luz tornou-se reconhecível devido às trevas.
    Fonte: GA 143, palestra de 17/12/1912, “Amor, poder, sabedoria”, pp. 44-45. Revisão da redação (sem cotejo com o original): VWS. Ver também o verso “O mal, o ruim,/Permanecem enigmas ...”e o texto “Como o mal entra na vida? ...
  Temos que extirpar da alma, com a raiz, todo medo e terror daquilo que, do futuro, vem ao encontro do ser humano. Serenidade frente a todos os sentimentos e sensações perante o futuro o ser humano deve adquirir. Encarar com absoluta equanimidade tudo aquilo que possa vir, e pensar somente que o que vier, virá a nós de uma direção espiritual plena de sabedoria. Wir müssen mit der Wurzel aus der Seele ausrotten Furcht und Grauen vor dem, was aus der Zukunft herandrängt an die Menschen. Gelassenheit in Bezug auf alle Gefühle und Empfindungen gegen die Zukunft muss sich der Mensch aneignen. Mit absolutem Gleichmut dem entgegensehen, was da kommen mag, da es durch die weisheitsvolle Weltenführung uns zukommt.
  Em todo momento temos que fazer o que é correto e deixar o restante entregue ao futuro. Isso é o que temos que aprender em nossa época: viver em pura confiança, sem qualquer segurança existencial, confiando na ajuda sempre presente do mundo espiritual. Wir haben jeden Augenblick das Rechte zu tun und alles andere der Zukunft überlassen. Es gehört zu dem, was wir in dieser Zeit lernen müssen, aus reinem Vertrauen zu leben, ohne jede Daseinssicherheit, aus dem Vertrauen in die immer gegenwärtige Hilfe der geistigen Welt
  Realmente, hoje em dia não pode ser de outra forma, se não quisermos que a coragem submerja. Disciplinemos firmemente nossa vontade, e procuremos a revelação (*) a partir do interior, todas as manhãs e todas as noites. Wahrhaftig, anders geht es heute nicht, wenn der Mut nicht sinken soll. Nehmen wir unseren Willen in Zucht und suchen die Erleuchtung [Entwiecklung?(*)] von Innen jeden Morgen und jeden Abend.
  Fonte: Parte de uma palestra proferida em 27/11/1910, não estenografada, e que não está na coleção das obras completas (GA). Esse texto foi distribuído por D. Hagemann. Trad. SALS e VWS. (*) Há dúvidas no original; foi escolhida a forma mais usada.
  • O que se pode chamar de “cultura da volição”é justamente algo de grande importância. Já frisamos antes que, muitas vezes, o nervosismo se manifesta no fenômeno de as pessoas de hoje em dia não saberem muito bem o que fazer para realizar o que querem de verdade ou o que deveriam querer. Elas recuam diante da execução daquilo a que se propuseram, não conseguem realizar nada de valor e assim por diante. Esse fenômeno [é] diagnosticável como uma certa fraqueza de vontade. [...] esse tipo de fraqueza de vontade [...] leva as pessoas, a bem dizer, por um lado a querer alguma coisa porém, por outro, não o querer ou ao menos a não conseguir realmente executar o que querem [...]. Algumas pessoas nem sequer atingem o estágio de querer seriamente o que desejam querer. Ora, existe um modo muito simples de fortalecer a vontade para a vida externa: suprimir desejos que, sem dúvida, sempre estão presentes; não executá-los, se isso não causar dano algum. Se perscrutarmos nós mesmos, o dia inteiro teremos a oportunidade de encontrar inúmeros desejos cuja realização – embora fosse muito agradável serem satisfeitos –, podemos entretanto prescindir sem que isso cause danos a outras pessoas ou faltemos a nossos deveres. São desejos cuja satisfação nos causaria alegria, mas que poderiam também ficar ser realização. Se há empenho, de certo modo sistemático, em achar dentre muitos desejos aqueles dos quais se possa dizer “Não, esse desejo não precisa ser satisfeito agora” [...] e suprimindo-os de forma sistemática, cada não realização representa uma afluência de força de vontade [...]. Executando esse procedimento mesmo em idade mais avançada, podemos reparar muita coisa que foi descuidada pela educação moderna.
    Fonte: GA 143, palestra de 11/1/1912, “Nervosismo e autoeducação”, pp. 23-24. Revisão da redação (sem cotejo com o original): VWS.
 

Nossa vida é um contínuo pendular entre o compartilhar o acontecimento geral do mundo e nosso existir individual. Quanto mais nós nos elevamos na natureza geral do pensar, onde o aspecto individual nos interessa, em última instância, somente como exemplo, como exemplar do conceito, tanto mais perde-se em nós o caráter do ser particular, da personalidade única bem definida. Quanto mais nós descemos nas profundezas da própria vida e deixamos nossos sentimentos ressoarem com a experiência do mundo exterior, tanto mais nos separamos da existência universal. Uma verdadeira individualidade será aquela pessoa, que atinge o ponto mais elevado da região das idéias com seus sentimentos. [...]
Uma vida de sentimentos totalmente desprovida de pensamentos deveria perder gradualmente toda a relação com o mundo. Na pessoa orientada para a totalidade, o conhecimento das coisas caminhará lado a lado com a formação e desenvolvimento da vida dos sentimentos.
O sentimento é o meio, pelo qual os conceitos inicialmente obtêm vida concreta.

Unser Leben ist ein fortwährendes Hin- und Herpendeln zwischen dem Mitleben des allgemeinen Weltgeschehens und unserem individuellen Sein. Je weiter wir hinaufsteigen in die allgemeine Natur des Denkens, wo uns das Individuelle zuletzt nur mehr als Beispiel, als Exemplar des Begriffes interessiert, desto mehr verliert sich in uns der Charakter des besonderen Wesens, der ganz bestimmten einzelnen Persöhnlichkeit. Je weiter wir herabsteigen in die Tiefen des Eigenlebens und unsere Gefühle mitklingen lassen mit der Erfahrungen der Aussenwelt, desto mehr sondern wir uns ab von dem universellen Sein. Eine wahrhafte Individualität wird derjenige sein, der am weitesten hinaufreicht mit seinen Gefühlen in die Region des Ideelen. [...]
Ein völlig gedankenleeres Gefühlsleben müsste allmählich allen Zusammenhang mit der Welt verlieren. Die Erkenntnis der Dinge wird bei dem auf Totalität angelegten Menschen Hand in Hand gehen mit der Ausbildung und Entwickelung des Gefühslebens.
Das Gefühl ist das Mittel, wodurch die Begriffe zunächst konkretes Leben gewinnen.

  Fonte: GA 4, pp. 83-84, cap. IV, Die Menschliche Individualität (“A individualidade humana”). Ênfase do autor. Trad. VWS; rev. SALS. Na ed. traduzida, p. 80.

 

No conhecimento normal, como sujeitos do conhecimento, estamos conscientes de nosso pensar, de nossas vivências anímicas, por meio das quais conquistamos o conhecimento. [...] Procuramos os objetos, na medida em que observamos a natureza, a vida humana, na medida em que experimentamos algo. [...] Nós somos o sujeito, e o que nos confronta são os objetos.
Na pessoa que procura o conhecimento iniciático, ocorre uma orientação completamente diferente. Ela deve perceber que, como ser humano, ela é objeto e precisa procurar o sujeito pertinente a esse objeto. De modo que algo totalmente contrário deve ocorrer. [...] Enquanto nós focamos justamente o pensar, se posso expressar-me de maneira algo paradoxal, eu gostaria de dizer: no conhecimento normal nós pensamos sobre as coisas. No conhecimento da iniciação devemos procurar como somos pensados no cosmos.

In der gewöhnlichen Erkenntnis sind wir uns bewusst unseres Denkens, überhaupt unserer inneren Seelenelrebnisse, durch die wir uns Erkenntnis erwerben, als Subjekt der Erkenntnis. [...] Wir suchen die Objekte, indem wir die Natur beobachten, indem wir das Menschenleben beobachten, indem wir experimentieren. [...] Wir sind das Subjekt; das, was an uns herantritt, sind de Objekte.
Bei demjenigen Menschen, der Initiationserkenntnis anstrebt, tritt eine völlig andere Orientierung ein. Er muss gewahr werden, dass er als Mensch Objekt ist, und er muss zu diesem Objekte Mensch das Subjekt suchen. Also das völlige Entgegengesetzte muss eintreten. [...] Wenn ich mich etwas paradox ausdrücken darf, so möchte ich sagen, indem wir gerade auf das Denken abzielen: in der gewöhnlichen Erkenntnis denken wir über die Dinge nach. In der Initiationserkenntnis müssen wir suchen, wie wir degacht werden im Kosmos.

  Fonte: GA 305, palestra de 20/8/1922, pp. 77-78. Trad. VWS; rev. SALS.

 

Permanecer calmamente nas
Belezas da vida
Dá à alma a força do
Sentir.
O pensar claro nas
Verdades da existência
Traz ao espírito a luz do
Querer.

Ruhiges Verweilen an den
Schönheiten des Lebens
Gibt der Seele Kraft des
Fühlens.
Klares Denken an die
Wahrheiten des Daseins
Bringt dem Geiste Licht des
Wollens.

  Fonte: GA 40, p. 204. Na p. 295 está escrito que esse verso foi escrito em um Novo Testamento, em 4/4/1906. Trad. VWS.

 

Conhecimento do valor humano,
Sentimento da dignidade humana,
Querer em amor humano,

estes são os mais lindos frutos da vida, que são educados no ser humano por meio da vivência dos resultados da ciência espiritual.

Erkenntnis von Menschenwert,
Erfühlen von Menschenwürde,
Wollen in Menschenliebe,

das sind schönsten Lebensfrüchte, die sich im Menschen heranerziehen durch das Erleben gesiteswissenschaftlicher Ergebnisse.

  Fonte: GA 78, palestra de 5/9/1921, p. 90. Trad. VWS; rev. SALS.

 

Na origem está o pensamento,
E algo infinito é o pensamento,
E a vida do pensamento é a luz do Eu.
Queira o pensamento luminoso preencher
A escuridão de meu Eu,
Para que a escuridão de meu Eu o apreenda,
O pensamento vivo,
E viva e teça em sua origem divina.

Im Urbeginne ist der Gedanke,
Und ein Undendliches ist der Gedanke,
Und das Leben des Gedanken ist das Licht des Ich.
Erfüllen möge der leuchtende Gedanke
Die Fisternis meines Ich,
Dass ihn die Finsternis meines Ich ergreife,
Den lebendigen Gedanken,
Und lebe und webe in seinem göttlichen Urbeginn.

  Fonte: GA 40, p. 97. De uma palestra de 7/3/1914. Trad. VWS; rev. SALS. Obs.: este é um dos versos que Steiner deu como variação das primeiras linhas do Evangelho de João.

 

No pensar, clareza
No sentir, cordialidade,
No querer, prudência:
Almejando-as
Posso então esperar,
Que eu corretamente
Possa encontrar-me
Nas trilhas da vida
Diante de corações humanos
No âmbito do dever.
Pois clareza
Provém da luz da alma,
E cordialidade
Contém o calor espiritual,
Prudência
Intensifica a força da vida.
E tudo isso,
Em confiança em Deus anseia,
Em caminhos humanos conduz
A passos bons e seguros na vida .

Im Denken Klarheit,
Im Fühlen Innigkeit,
Im Wollen Besonnenheit:
Erstreb’ ich diese,
So kann ich hoffen,
Dass ich zurecht
Mich finden werde
Auf Lebenspfaden
Vor Menschenherzen
Im Pflichtenkreise.
Denn Klarheit
Entsammt dem Seelenlichte,
Und Innigkeit
Erhält die Geisteswärme,
Besonnenheit
Verstärkt die Lebenskraft.
Und alles dies
Erstrebt in Gottvertrauen,
Lenket auf Menschenwegen
Zu guten, sicheren Lebensschritten.

  Fonte: GA 40, p. 135. Trad. VWS; rev. SALS.

 

No meu pensar vivem pensamentos cósmicos,
Em meu sentir tecem potências cósmicas,
Em meu querer atuam seres do querer.

Eu quero reconhecer-me
Em pensamentos cósmicos,
Eu quero vivenciar-me
Em potências cósmicas,
Eu quero criar-me
Em seres do querer.

Assim eu não termino nos limites do cosmo
E nem nas amplidões do espaço,
Eu começo nos limites do cosmo
E nas amplidões do espaço

E termino finalmente em mim,
Reconhecendo-me em mim.

In meinem Denken leben Weltgedanken,
In meinem Fühlen weben Weltenmächte,
In meinem Wollen wirken Willenswesen.

Erkennen will ich mich
In Weltgedanken,
Erleben will ich mich
In Weltenmächten,
Erschaffen will ich mich
In Willenswesen.

So ende ich nicht bei Weltenenden
Und nicht bei Raumesweiten,
Ich beginne bei Weltenenden
Und bei Raumesweiten

Und ende erst bei mir,
Erkennend mich in mir.

  Fonte: GA 40, p. 87. Na p. 292 consta: “Caderno de anotações” (Notizblatt). Trad. VWS; rev. SALS.

 

Quando se diz que os pensamentos são pálidos, não se deve concluir que, para viver como ser humano, não se necessitam de pensamentos. Contudo, os pensamentos não deveriam ser tão fracos, a ponto de permanecerem na cabeça. Eles deveriam ser tão fortes, a ponto de fluir para baixo através do coração e de todo o ser humano, até os pés; pois é realmente melhor se, em lugar de simples glóbulos brancos e vermelhos, também pensamentos pulsarem no nosso sangue. É certamente valioso se o ser humano tem também um coração e não somente pensamentos. Mas o mais valioso ocorre, porém, quando os pensamentos possuem um coração. No entanto, nós perdemos isso totalmente. Não podemos mais descartar os pensamentos que foram trazidos nos últimos quatro a cinco séculos, mas esses pensamentos também devem receber um coração.

Wenn davon gesprochen wird, daß die Gedanken blaß sind, sollte man daraus aber nicht den Schluß ziehen, daß man keine Gedanken braucht, um als Mensch zu leben. Die Gedanken sollten nur nicht so schwach sein, daß sie im Kopfe oben sitzen bleiben. Sie sollten so stark sein, daß sie durch das Herz und durch den ganzen Menschen bis in die Füße hinunter strömen; denn es ist wahrhaft besser, wenn statt bloßer roter und weißer Blutkügelchen auch Gedanken unser Blut durchpulsen. Es ist gewiß wertvoll, wenn der Mensch auch ein Herz hat und nicht bloß Gedanken. Aber das Wertvollste ist, wenn die Gedanken ein Herz haben. Das haben wir jedoch ganz verloren. Die Gedanken, welche die letzten vier bis fünf Jahrhunderte gebracht haben, können wir nicht mehr ablegen; aber diese Gedanken müssen auch ein Herz bekommen.

  (Novo – 23/9/11) Fonte: GA 217, pp. 14-15, palestra de 3/10/1922. Original copiado dehttp://fvn-rs.net. Trad. VWS; rev. SALS. Na tradução anotada, pp. 12-13.

 

Nas amplas distâncias do universo
O ser humano conhecendo,
Nas profundezas da alma
As forças do universo vivenciando,
Assim alcança o ser humano
O saber correto do universo
Por meio de verdadeiro conhecimento de si próprio.

In weiten Weltenfernen
Erkennend Menschenwesen,
In Seelentiefen
Erlebend Weltenkräfte,
So erlangt der Mensch
Rechtes Weltenwissen
Durch wahre Selbsterkenntnis.

  Fonte: GA 61, p. 29, palestra de 19/10/1911. Trad. VWS; rev. SALS.

 

Conhecendo o mundo, o ser humano encontra a si próprio,
E conhecendo a si próprio, o mundo se lhe revela.

Der Mensch findet, erkennend die Welt, sich selbst,
Und erkennend sich selbst, offenbart sich ihm die Welt.

  Fonte: GA 40, p. 252. Na p. 279 está anotado “Para Wilhelm Nedella, de uma fotografia, 17/8/1920”. Trad. VWS..

 

O interior encontramos no exterior,
O exterior encontramos no interior.

Das Innere finden wir am Äußeren,
Das Äußere finden wir am Inneren.

  Fonte: GA 40, p. 107. Na p. ? está anotado "Da palestra de 18/9/1916 do GA 171". Trad. VWS.

 

Todo o exterior deve inflamar: autoconhecimento.
O interior deve ensinar: conhecimento cósmico.

Alles Äussere soll entzünden: Selbsterkenntnis.
Das Innere soll lehren: Welterkenntnis.

  Fonte: GA 171, palestra de 18/9/1916, p. 107. Trad. VWS, rev. SALS.

 

O desenvolvimento do ser humano é:
Acender no fogo anímico do amor
A sabedoria luminosa do espírito.

Entwicklung des Menschen ist:
Entzünden im Seelenfeuer der Liebe
Die leuchtende Weisheit des Geistes.

  Fonte: GA 40, p. 208. Na p. 283 consta: “Para a condessa Astrid Bethusy, de uma fotografia de Rudolf Steiner, 25/9/1909”. Trad. VWS. Trad. VWS.

 

Ilumina o Sol –
O que transportam de lá seus raios
Para flores e pedras
Tão poderosamente?

Tece a alma –
O que eleva a vida
Da crença à contemplação
De maneira tão ansiante?

Oh procura, tu alma
Em pedras o raio,
Em flores a luz –
Tu encontras a ti mesma.

Es leuchtet die Sonne –
Was tragen ihr Strahlen
Zu Blüten und Steinen
So machtvoll daher?

Es webet die Seele –
Was hebet das Leben
Aus Glauben zum Schauen
So sehnend hinauf?

O suche, du Seele
In Steinen den Strahl,
In Blüten das Licht –
Du findest dich selbst.

  Fonte: GA 40, p. 47. Este é o primeiro verso de um grupo de quatro, com o título “Planetenantz”, “Dança dos Planetas”. Ritmos assinalados: anfíbraco/iambo.Trad. VWS; rev. SALS.

 

Conhecimento verdadeiro de si próprio só é dado ao ser humano,
Quando ele desenvolve interesse afetuoso para com os outros;
Conhecimento verdadeiro do mundo o ser humano só alcança,
Quando ele procura compreender seu próprio ser.

Wirkliche Selbsterkenntnis wird dem Menschen nur zuteil,
Wenn er liebevolles Interesse entwickelt für andere;
Wirkliche Welterkenntnis erlangt der Mensch nur,
Wenn er das eigene Wesen zu verstehen sucht.

  Fonte: GA 40, p. 227. Trad. VWS.

 

Queres conhecer-te a ti próprio,
Olha no mundo para todos os lados.
Queres conhecer o universo,
Olha em todas tuas próprias profundezas.

Willst du dich selbst erkennen,
Blicke in der Welt nach allen Seiten.
Willst du die Welt erkennen,
Schaue in all deine eigenen Tiefen.

  Fonte: GA 40, p. 158, palestra de 9/11/1923. Trad. VWS.

 

Conhece o ser humano a si próprio:
O si próprio torna-se para ele o universo;
Conhece o ser humano o universo:
O universo torna-se para ele o si próprio.

Erkennt der Mensch sich selbst:
Wird ihm das Selbst zur Welt;
Erkennt der Mensch die Welt:
Wird ihm die Welt zum selbst.

  Fonte: GA 40, p. 249. Ritmo assinalado: iambo. Trad. VWS.

 

Conhece-te a ti próprio
Conhece o mundo em teu interior
Conhece-te no fluxo do mundo.

Erkenne dich selbst.
Erkenne die Welt an deinem Innern.
Erkenne dich im Strome der Welt.

  Fonte: GA 40, p. 77. Na p. 283 está anotado "Ver o ciclo de palestras de Berlin 1909/1910" [deve ser o GA 58]. Trad. VWS.

 

Procura na periferia do universo:
E te encontras como ser humano;
Procura no próprio interior humano:
E tu encontras o universo.

Suche im Umkreis der Welt:
Und du findest dich als Mensch;
Suche im eignen menschlichen Innern:
Und du findest die Welt.

  Fonte: GA 40, p. 249. Trad. VWS; rev.: GYS.

 

Quer-se resolver o enigma do mundo?
Só se o resolve,
Quando, em contemplação, se conhece o ser humano,
Pois ele próprio é a solução do enigma do mundo.

Das Rätsel der Welt will man lösen?
Doch man löst es nur,
Wenn man schauend den Menschen erkennt,
Denn er ist selbst die Lösung des Rätsels der Welt.

  Fonte: GA 40, p. 231. Na p. 277 está anotado “ Para Helene Röchling no livro ‘Os Enigmas da Alma’ [GA 21]”. Trad. VWS; rev. SALS.

 

Procura em teu próprio ser,
E encontras o universo;
Procura no imperar do mundo:
E encontras a ti próprio;
Note o pulsar do pêndulo
Entre o si próprio e o universo;
A ti se revela
A entidade do cosmo do ser humano;
A entidade do ser humano do cosmo.

Procura no interior de tua alma:
Encontras o enigma do universo
E então confia na vida
E por ela deixa ensinar-te:
Tu vives então a solução do enigma do universo.

Suche im eigenen Wesen,
Und du findest die Welt;
Suche im Weltenwalten:
Und du findest dich selbst;
Merke den Pendelschlag
Zwischen Selbst und Welt;
Und dir offenbart sich
Menschen-Welten-Wesen;
Welten-Menschen-Wesen.

In deiner Seele Innerem suche:
Du findest die Rätsel der Welt;
Und dann vertrau dem Leben
Und lass von ihm dich belehren:
Du lebst dann der Weltenrätsel Lösung.

  Fonte: GA 40, p. 237. Trad. VWS; rev. SALS.
 

Trevas, Luz, Amor

Compactuar com a matéria,
Significa triturar almas.

Encontrar-se em espírito,
Significa unir pessoas.

Contemplar-se no ser humano,
Significa construir mundos.

Finsternis, Licht, Liebe

Dem Stoff sich verschreiben,
Heisst Seelen zerreiben.

Im Geiste sich finden,
Heisst Menschen verbinden.

Im Menschen sich schauen,
Heisst Welten erbauen.

(Versão de Cláudio Berthalot *)

À matéria se atar,
É almas triturar.

No espírito se encontrar,
É homens aliar.

No homem se mirar,
É mundos edificar

  Fonte: GA 40, p. 171, palestra de 17/4/1924 do GA 309, p. 77. Ritmo assinalado: anfíbraco. Trad. SALS. Este verso encontra-se também no GA 308, palestra de 11/4/1924, p. 88. Veja umvídeo com esse verso lindamente cantado, mostrando fotos de Steiner, do 1º Goetheanum etc.(Novo – 27/2/11) (*) Col. LJ.

 

Procurar o “sentido da vida”, significa dirigir-se para dentro do labirinto da alma; não adianta nada, a partir desse labirinto, novamente reencontrar-se no ar livre da realidade comum; pois, tendo retornado, perdeu-se assim outra vez o “sentido da vida”.

Den “Sinn des Lebens” suchen, heisst sich in das Labyrinth der Selele begeben; es hilft nichts, sich aus diesen Labyrinth wieder ins Freie der gemeinen Wirklichkeit zurückzufinden; denn ist man wieder zurück: hat man auch wieder den “Sinn des Lebens” verloren.

  Fonte: GA 40, p. 198. Trad. VWS; rev. SALS.

 

A vida é uma escola.
Ventura àquele que se sai bem na prova!

Das Leben ist eine Schule.
Wohl dem, welcher die Prüfung besteht!

  Fonte: GA 40, p. 203. Na p. 277 está anotado: “No álbum de uma criança, 14/3/1906”. Trad. VWS; rev. SALS.

 

Eu quero aprender,
Eu quero trabalhar,
Eu quero trabalhar aprendendo,
Eu quero aprender trabalhando.

Ich will lernen,
Ich will arbeiten,
Ich will lernend arbeiten,
Ich will arbeitend lernen.

  Fonte: GA 40, p. 251. Na p. 289 está anotado que vem da palestra de 3/8/1919 [no atual GA 192]. Trad. VWS.

 

A ação do ser humano iluminada por sabedoria
E aquecida por amor concretiza o sentido do mundo.

Den Sinn der Welt verwirklicht die von Weisheit erleuchtete
Und von Liebe durchwärmte Tat des Menschen.

  Fonte: GA 40, p. 205. Na p. 278 está que esse verso foi escrito em um caderno de pensamentos de L. Kleeberg, em 8/1906. Trad. VWS; rev. SALS.

 

No momento em que desculpares, perante ti próprio, uma de tuas fraquezas, terás colocado uma pedra no caminho que deverá conduzir-te para o alto.

In dem Augenblicke, wo du irgend eine deiner Schwächen vor dir selbst entschuldigst, hast du mir einen Stein hingelegt auf den Weg, der dich aufwärts führen soll

  Fonte: HH 98, p. 52. De RE 83. Retradução: VWS; rev. SALS.

 

Oração dos sinos da noite

Admirar o belo,
Proteger o verdadeiro,
Venerar o nobre,
Decidir o bom:
Conduz o ser humano
A objetivos na vida,
Ao correto no agir,
À paz no sentir,
À luz no pensar;
E ensina-o a confiar
No reinar divino
Em tudo o que existe:
No universo,
Na profundeza da alma.

Abendglockengebet

Das Schöne bewundern,
Das Wahre behüten,
Das Edle verehren,
Das Gute beschliessen:
Es führet den Menschen
Im Leben zu Zielen,
im Handeln zum Rechten,
Im Fühlen zum Frieden,
Im Denken zum Lichte;
Und lehrt ihn vertrauen
Auf göttliches Walten
In allem, was ist:
Im Weltenall,
Im Seelengrund.

(Tradução de autor desconhecido)

Admira a beleza,
Defende a verdade,
Venera a nobreza,
Escolhe a bondade!
Assim é que o homem
Será conduzido,
Às metas na vida;
Aos retos caminhos
Na hora em que age:
À paz, quando sente;
À luz, quando pensa;
E aprende a confiar na
Regência divina
De tudo o que há
No vasto cosmo,
No fundo d’alma.

  Fonte: GA 40, p. 84. Na p. 277 consta sobre esse verso a seguinte dedicatória escrita por Steiner: “Para o menino de 8 anos P.G. 1913”. Ritmo assinalado: anfíbraco/iambo. Trad. VWS; rev. SALS. Obs.: na 7a. linha, “sentir” é de “ter sentimentos”, e não de “ter sensações”. Col. da tradução de autor desconhecido: LJ.

 

Alegrias são dádivas do destino,
Que demonstram seu valor no presente.
Sofrimentos, ao contrário, são fontes do conhecimento
Cujo significado se mostra no futuro.

Freuden sind Geschenke des Schicksals,
Die ihren Wert in der Gegenwart erweisen.
Leiden dagegen sind Quellen der Erkenntnis,
Deren Bedeutung sich in der Zukunft zeigt.

  Fonte: GA 40, p. 205. Na p. 286 está anotado “Para Eugenie von Bredow, de uma fotografia de Rudolf Steiner, Berlin, 2/2/1906”. Trad. VWS.

 

Alegrias devem ser consideradas dádivas divinas do presente,
Dores, no entanto, ensinamentos para o futuro.

Freuden nehme man als göttliche Gaben der Gegenwart,
Schmerzen aber als Lehren für die Zukunft.

  Fonte: GA 40, p. 203. Na p. 286 está anotado “Para a condessa Astrid Bethusy, de uma fotografia de Rudolf Steiner, 14/6/1905”. Trad. VWS; rev. SALS.

 

Queremos trabalhar deixando fluir para dentro do nosso trabalho aquilo que, partindo do mundo espiritual, deseja tornar-se humano em nós também de um modo anímico-espiritual e de um modo físico-corpóreo.

Wir wollen arbeiten, indem wir einfliessen lassen in unsere Arbeit dasjenige, was aus der geistigen Welt heraus auch auf seelisch-geistige Weise und auf leiblich-physische Weise in uns Mensch werden will.

  Fonte: GA 302, p. 176. Col. LL. Rev. SALS.

 

Procurem a vida realmente prática material
Mas procurem-na de tal modo, que ela não os atordoe
   por meio do espírito, que nela atua.
Procurem o espírito,
Mas não o procurem na volúpia suprassensível,
  a partir de egoísmo suprassensível,
Porém, procurem-no
Por desejarem, altruísticamente, aplicá-lo
  na vida prática, no mundo material.
Apliquem o antigo lema:
“O espírito não existe sem a matéria, a matéria nunca sem o espírito”
  de tal modo, que digam:
Queremos realizar todo o material à luz do espírito,
E queremos procurar a luz do espírito de tal maneira,
Que ela nos desenvolva calor para nosso atuar prático.

O espírito, que é por nós dirigido para a matéria,
A matéria, que é por nós elaborada até sua manifestação,
Por meio da qual ela expele de si própria o espírito,
A matéria, que tem o espírito manifesto por nós,
O espírito, que nós aproximamos da matéria,
Constroem aquela existência viva,
Que pode trazer a humanidade para o progresso real,
Para aquele progresso que, pelos melhores,
  somente pode ser almejado nos mais profundos
  recônditos das almas do presente.

Suchet das wirkliche praktische materielle Leben
Aber suchet es so, dass es euch nicht betäubt
  über den Geist, der in ihm wirksam ist.
Suchet den Geist,
Aber suchet ihn nicht in Übersinnlicher Wollust,
  aus Übersinnlichem Egoismus,
Sondern suchet ihn,
Weil ihr ihn selbstlos im praktischen Leben,
  in der materiellen Welt anwenden wollt.
Wendet an den alten Grundsatz:
“Geist ist niemals ohne Materie, Materie niemals ohne Geist”
  in der Art, dass ihr sagt:
Wir wollen alles Materielle im Lichte des Gesites tun,
Und wir wollen das Licht des Geistes so suchen,
Dass es uns Wärme entwickele für unser praktisches Tun.

Der Geist, der von uns in die Materie geführt wird,
Die Materie, die von uns bearbeitet wird bis zu ihrer Offenbarung,
Durch die sie den Geist aus sich selber heraustreibt;
Die Materie, die von uns den Geist offenbart erhält;
Der Geist, der von uns an die Materie herangetrieben wird,
Die bilden dasjenige lebendige Sein,
Welches die Menschheit zum wirklichen Fortschritt bringen kann,
Zu demjenigen Fortschritt, der von den Besten
  in den tiefsten Untergründen der
  Gegenwartsseelen nur ersehnt werden kann.

  Fonte: GA 40, pp. 116-7. Na p. 297 consta: “Palestra em Stuttgart, 24/9/1919” (GA 192?). Trad. VWS; rev. SALS.

 

Procure pela luz do caminho!
No entanto, você procura em vão, enquanto
Você próprio não se tornar luz.

Suche nach dem Licht des Weges!
Doch suchst du vergebens, so du
Nicht selbst Licht wirst.

  Fonte: GA 40, p. 204. Na p. 297 consta “Para Marie von Sivers” [futura esposa de Steiner], no livro Luz no Caminho, de Mabel Collins, 1906. Trad. VWS.

 

Quem sempre anseia pelo espírito,
Pode, certamente, ter a esperança,
De que no tempo certo
Não estará sem a orientação do espírito.

Wer stets zum Geiste strebt,
Der darf unverzagt hoffen,
Dass er zur rechten Zeit
Nicht ohne des Geites Führung ist.

  Fonte: GA 40, p. 204. Na p. 299 consta sobre esse verso que ele foi escrito por Steiner em uma de suas fotos dadas para uma senhora em 15/5/1906. Trad. VWS; rev. SALS.
  • Justamente no instante em que nos tornamos cientes de nossa dignidade humana e sentimos que não podemos existir como seres dominados pela necessidade, elevamo-nos substancialmente a um mundo totalmente diferente do natural.
    Fonte: GA 234, palestra de 1/2/1924, p. 70.
 

Toda cognição que tu aspiras com o único fito de enriquecer teus conhecimentos pessoais, apenas para acumular tesouros em ti, desviar-te-á do teu caminho; toda cognição, porém, que procuras para tornar-te mais maduro no caminho do enobrecimento humano e da evolução cósmica far-te-á avançar um passo.

Jede Erkenntnis, die du suchst, nur um dein Wissen zu bereichern, nur um Schätze in dir anzuhäufen, führt dich ab von deinem Wege; jede Erkenntnis aber, die du suchst, um reifer zu werden auf dem Wege der Menschenveredelung und der Weltenentwickelung, die bringt dich einen Schritt vorwärts.

  Fonte: GA 10, cap. “O conhecimento dos mundos superiores”, pp. 22-23. (Novo – 24/2/11)Original copiado de http://fvn-rs.net.

  Toda idéia que, para ti, não se torna um ideal, mata uma força em tua alma;
toda idéia, porém, que se torna um ideal gera forças vitais em ti.
Jede Idee, die dir nicht zum Ideal wird, ertötet in deiner Seele eine Kraft; jede Idee, die aber zum Ideal wird, erschafft in dir Lebenskräfte.
  (Novo – 24/2/11) Fonte: GA 10, cap. “As condições para a disciplina oculta”, p. 23. Retrad. VWS. Col. VV. Original copiado de http://fvn-rs.net.

  Algo que eu não amo, não se me pode revelar. Etwas, das ich nicht liebe, kann sich mir nicht offenbaren.
  Fonte: GA 10, cap. “As condições para a disciplina oculta”, p. 77. (Novo – 24/2/11) Original, copiado de http://fvn-rs.net.

 

Com clareza, o ser humano só vê no mundo exterior,
O que consegue irradiar com a luz de seu interior.

Der Mensch sieht nur das klar in der Außenwelt,
Was er mit dem Lichte seines Inneren bestrahlen kann.

  Fonte: GA 40, p. 196. Na p. 279 está anotado “Para o pintor Curt Liebich, Weimar, 13/6/1891”. Trad. VWS; rev. SALS.
  • Só quando houvermos aprendido a amar a objetividade, a realidade das coisas, as coisas tal qual são, é que poderemos decidir-nos por meio de razões lógicas. Assim aprenderemos gradativamente a pensar de modo objetivo, sem preferência por este ou aquele pensamento. Nossa visão das coisas se alargará, nosso pensamento se tornará prático – não no sentido rotineiro, mas de modo tal que os objetos e fenômenos do mundo exterior é que nos ensinarão a pensar.
    Fonte: GA 108, p. 35. Col. JC
  • É deveras estranho que tantas pessoas deixem de lado o problema da origem da alma humana unicamente por medo de estarem entrando numa região insegura do saber. [...] Nesse domínio, todo esforço para obtenção de conhecimentos é, simultaneamente, uma necessidade moral e um compromisso ético irrenunciável.
    Fonte: GA 34 (B), p. 18. Col. JC.

     

  • [...] cada um que procura os mistérios da natureza humana através da própria visão terá que obedecer à regra deouro das autênticas ciências espirituais. Esta regra é a seguinte: se você tenta avançar um passo na cognição de verdades ocultas, faça, então, ao mesmo tempo, três para diante no aperfeiçoamento de seu caráter rumo ao bem.
    Fonte: GA 10, cap. “Os graus da iniciação”, p. 48.

     

  • Se, ao encontrar uma pessoa, eu censurar suas fraquezas, privar-me-ei de força cognitiva superior; se tentar, com carinho, aprofundar-me em suas boas qualidades, estarei acumulando tal força.
    Fonte: GA 10, cap. “O conhecimento dos mundos superiores”, p. 19.

     

  • Outros textos sobre autodesenvolvimento em outras seções: “O pensar materialista retirou ... ”; “As pessoas tornam-se ou céticas ou místicas. ...”, “Se é permitido expressar-se ...”, “Mesmo sem um aprofundamento da ciência espiritual ...”, “[...] de forma alguma se quer dizer ...”, “Um ser humano sem ideal ...”
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