Desenvolvimento Social
- Não posso esperar que algo mude lá fora na vida social se eu mesmo não me puser em movimento.
Fonte: Página inicial do Projeto Salva Dor. - [...] o fato de se clamar tanto por reformas sociais ocorre justamente porque os seres humanos de hoje são profundamente antisociais.
Fonte: GA 302a, p. 15 da edição de 1978.
A verdade vivenciada em conjunto |
Gemeinsam erlebte Wahrheit |
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Fonte: GA 40, p. 226. Na p. 287 está anotado “Para Johanna Mücke no livro ‘Os Enigmas da Alma’ [GA 21], Berlin, 1916”. Trad. VWS.. |
Por que falamos hoje em dia tanto sobre a questão social? Porque nós nos tornamos completamente antissociais. Fala-se normalmente de maneira teórica principalmente sobre aquilo que não está presente na sensação e no instinto. Sobre o que neles está presente, não se fala teoricamente. Se houvesse sensibilidade social na humanidade, ouvir-se-ia muito pouco sobre teorias e agitações sociais. O ser humano torna-se teórico em algum campo quando lhe falta algo. Em verdade, as teorias são sempre sobre algo que não é real. Mas devemos hoje procurar a vida real, é isso que importa. Isso requer mais esforço do que desenvolver uma teoria. Mas o progresso humano não vai para frente, se ele não penetra realmente na vida, pois o espírito teórico é o que desintegrou nosso mundo, o que hoje aproxima nossa civilização do caos. E o espírito de vida é o único que pode conduzir-nos para frente. |
Warum reden wir heute so viel von der sozialen Frage? Weil wir durch und durch antisozial geworden sind. Man redet gewöhnlich theoretisch am allermeisten von dem, was in der Empfindung und in dem Instinkt nicht da ist. Was in der Empfindung un im Instinkt da ist, darúber redet man theoretisch nicht. Wäre soziale Empfindung in der Menschheit, würde man furchtbar wenig von sozialen Theorien und sozialen Agitationen hören. Theoretiker auf irgendeinem Gebiete wird der Mensch, wenn er etwas nicht hat. Die Theorien sind eingeintlich immer über dasjenige da, was nicht real ist. Aber wir müssen heute das reale Leben suchen, darauf kommt es vor allen Dingen an. Das erfordert mehr Mühe, als eine Theorie ausdenken. Aber der menschliche Fortschritt kommt auch in nichts weiter, wenn er sich nicht in das Leben wirklich hineinfindet, denn der theoretische Geist ist es, der unsere Welt heute zerklüftet hat, der unsere Zivilisation heute dem Chaos nahe bringt; der theoretische Geist ist es. Und der Lebensgeist, er wird uns einzig und allein weiterführen können. | |
Fonte: GA 305, palestra de 28/8/1922, p. 220. Trad. VWS; rev. SALS. |
- A humanidade não terá mais o que dizer, se não estruturar o seu organismo social no sentido da trimembração: do socialismo para a vida econômica, da democracia para a vida do direito – ou do Estado –, da liberdade – ou do individualismo –, para a vida do espírito.
Fonte: GA 296, palestra de 9/8/1919, p. 18. Col. RYS.
Salutar só é, quando (Este é o motivo condutor da ética social) |
Heilsam ist nur, wenn (Motto der Sozialethik) |
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Fonte: GA 40, p. 256. Trad. VWS. |
Afinal, o fato de a pessoa isolada sentir-se como individualidade não exclui que ela também se sinta unida a toda a humanidade. Na evolução humana ninguém tem o direito de se sentir como individualidade, caso não se sinta ao mesmo tempo membro de toda a humanidade. |
Denn dass der einzelne Mensch als Individualität sich fühlt, schliesst nicht aus, dass er auch mit der ganzen Menschheit sich verbunden fühlt. Man hat in der Menschheitsentwickelung nicht das Recht, sich als Individualität zu fühlen, wenn man sich nicht zu gleicher Zeit als Angehöriger der ganzen Menschheit fühlt. | |
Fonte: HH 98, p. 45. Do GA 305. Trad. UW. |
Se cada pessoa age por si, cria-se desarmonia. Se, em nosso campo, os indivíduos que atuam a partir de algo não caminham juntos, não se encontram, não surge Antroposofia dentro da humanidade. Antroposofia exige, como um fato, uma real fraternidade humana até as profundezas da alma. Caso contrário, pode-se dizer: um mandamento é a realidade. Na Antroposofia deve-se dizer: ela só cresce com base na fraternidade; ela não pode mesmo crescer de outra forma, a partir de sua natureza, senão da fraternidade, onde o indivíduo dá ao outro o que ele tem e o que pode. |
[wenn] jeder Mensch für sich handelt, so entstehen Disharmonien. Wenn auf unserem Gebiet die einzelnen Menschen, die aus diesem oder jenem heraus wirken, nicht zusammengehen, sich nicht zusammenfinden, so entsteht gar nicht Anthroposophie innerhalb der Menschheit. Anthroposophie erfordert als Sache wirklich menschliche Brüderlichkeit bis in die tiefsten Tiefen der Seele hinein. Sonst kann man sagen: ein Gebot ist die Wirklichkeit. Bei Anthroposophie muss man sagen: sie wächst nur auf dem Boden der Brüderlichkeit; sie kann gar nicht anders erwachsen als in der Brüderlichkeit, die aus der Sache kommt, wo der Einzelne dem Anderen das gibt, was er hat und was er kann. |
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(Novo – 13/2/11) Fonte: GA 211, palestra de 11/6/1922 proferida em Viena. Trad. VWS, rev. SALS. |
Não importa que eu tenha uma opinião diferente da do outro, mas sim que o outro o correto por si próprio encontre se eu para isso com algo contribuir. |
Nicht darauf kommt es an, |
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Fonte: HH 98, p. 22. Do GA 95. Retradução: VWS. |
Não importa a perfeição com a qual podemos realizar aquilo que deve provir da vontade, mas sim que seja uma vez realizado o que deve surgir aqui na vida, mesmo se ainda surja imperfeito, de modo que um começo seja feito! |
Nicht auf die Vollkommenheit in der wir ausführen können dasjenige, was gewollt werden muss, kommt es an, sondern darauf, dass das, was hier ins Leben treten muss, auch wenn es noch so unvollkommen ins Leben tritt, einmal getan wird, dass ein Anfang gemacht wird! |
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Fonte: HH 98, p. 63, de SH 88. Trad. VWS. |
- Como decifrar o enigma que cada pessoa nos apresenta? Nós o decifraremos defrontando-nos com essa pessoa de modo a estabelecermos harmonia entre nós e ela. É imbuindo-nos assim, com sabedoria de vida, que poderemos decifrar o principal enigma da existência, ou seja, cada ser humano em particular. Não é desfiando ideias e conceitos abstratos que o decifraremos. [...] O que devemos fazer é colocar-nos diante de cada pessoa em particular, manifestando-lhe compreensão imediata.
Fonte: Steiner, R. O Mistério dos Temperamentos – Bases anímicas do comportamento humano. Trad. A. Hahn. São Paulo: Ed. Antroposófica, 2a ed. 1996. pp. 57-8. Col. JC. - Os mais arraigados preconceitos são referentes ao sexo. O homem vê na mulher e a mulher no homem, quase sempre, demais do caráter genérico do sexo e muito pouco da individualidade. Na vida prática, isso prejudica menos os homens que as mulheres. A posição social da mulher é geralmente tão indigna, porque depende demais de preconceitos referente às pretensas tarefas e necessidades naturais da mulher e muito pouco do caráter individual. As atividades do homem baseiam-se em suas faculdades e inclinações individuais, as da mulher devem ser exclusivamente julgadas pelo fato de ela ser mulher. A mulher deve ser, segundo essa visão, escrava do caráter genérico, ou do feminino em geral. Enquanto os homens continuarem debatendo se a mulher serve ou não, em função de suadisposição natural, para esta ou aquela profissão, o problema de igualdade da mulher não vai progredir. O que a mulher pode querer de acordo com a sua disposição natural, tem que ser decidido por ela. Se fosse verdade que as mulheres só servem para as profissões atualmente exercidas por elas, então dificilmente conseguiriam exercer outras por força própria. Porém elas devem decidir livremente o que lhes convém, segundo a sua natureza. Quem teme o abalo da ordem social em virtude de se atribuir à mulher direitos individuais, não entende que uma ordem social na qual a metade leva uma vida indigna precisa, sim, e muito, de melhoramentos.
Fonte: GA 4, cap. XIV “Individualidade e espécie”, pp. 162-3, ênfase do autor. [Note-se que o original dessa obra é de 1894, com uma última revisão pelo autor em 1918.] - Outros textos sobre autoeducação em outras seções: “Necessidade de fantasia, ...”