“Imaginem quanta coisa não existiria se isto ou aquilo não tivesse acontecido.” Podemos usar esse modo de observar de Pedro Schmidt e perguntar quanta coisa não existiria se ele não tivesse vivido tanto tempo entre nós. Se quiséssemos enumerar tudo, teríamos um relato muito extenso. Aqui concentraremos nossa atenção na Sociedade Antroposófica no Brasil.

Podemos começar relembrando que a iniciativa para a fundação da Sociedade Antroposófica no Brasil partiu do Dr. Rudolf Lanz, mas que Pedro Schmidt, desde o início, colaborou ativamente e, por ocasião da fundação em 14 de abril de 1982 tornou-se membro da primeira diretoria e nela permaneceu até 1996.

Por ocasião das reuniões mensais, o talento organizacional de Pedro Schmidt era um elemento de sustentação importante. Com vários dias de antecedência ele se preparava para o encontro e anotava cuidadosamente num flap as perguntas e tarefas a serem realizadas. Raras vezes acontecia que nestes preparativos faltava algum ponto que precisava ser discutido.

Não só seu talento organizacional, mas também sua qualidade de perceber o que é necessário e empenhar-se por sua realização, em 1989 levou-o e a sua esposa Roswitha a doarem uma casa à Sociedade Antroposófica no Brasil situada na Travessa Particular da Rua São Benedito, 1325, em São Paulo. Na nova sede funcionava a administração e eram realizados pequenos encontros e eventos.

Para eventos maiores a Sociedade tinha que procurar auditórios disponíveis, o que nem sempre era uma tarefa fácil. Novamente foi Pedro Schmidt quem viu que a Sociedade necessitava de espaços próprios para eventos maiores e, com certeza, é graças à sua influência na Associação Tobias que hoje a Sociedade possui o belíssimo prédio na Rua da Fraternidade 156. São Paulo. Ele mesmo acompanhou, quase que diariamente, a obra da nova sede. Foi um momento muito significativo quando Pedro Schmidt entregou a pedra fundamental do edifício à Secretária Geral da Sociedade para ser enterrada entre os alicerces. Esse ato simbólico nos induz a concluir que Pedro Schmidt certamente continua ligado profundamente à Sociedade Antroposófica, dando-lhe todo o seu apoio.

PEDRO SCHMIDT E SUA ATUAÇÃO NA ASSOCIAÇÃO PEDAGÓGICA RUDOLF STEINER

Klaus Gessert

Pedro Schmidt nasceu e cresceu em ambiente antroposófico, o que influenciou toda a sua biografia. Com sete anos conheceu o Goetheanum em Dornach na Suíça. Em 1939 a família Schmidt, perseguida pelos nazistas, resolveu emigrar e ele foi transferido temporariamente para a Escola Rudolf Steiner em Zurique. Dois dias antes de eclodir a segunda guerra mundial, a família partiu de Gênova rumo ao Brasil e fixou residência em São Paulo.

A vida de Imigrante durante a guerra não era fácil no Brasil. A Escola Alemã foi fechada e com 15 anos o Sr. Pedro começou a trabalhar como aprendiz em diversas oficinas. À noite estudava e formou-se em desenho industrial. Mais tarde ganhou uma bolsa de estudos de três anos e meio nos Estados Unidos na modalidade de ¨Engenharia e Administração¨. De volta ao Brasil com 25 anos, começou a construir e administrar a Giroflex e se casou com Gudrun Krökel (fundadora da Clinica Tobias). O lema do casal passou a ser ¨Crescimento espiritual e transformação social¨.

Nos primeiros anos a família inteira ajudou a erguer a nova empresa. Foram tempos difíceis, mas aos poucos a Giroflex conquistou seu lugar e já em 1956 pode mudar-se para a nova fábrica às margens do rio Pinheiros. Em 1961 a firma estava consolidada e Pedro começou a passar por uma crise existencial. Perguntou-se se deveria continuar a dirigir uma indústria ou se não seria melhor dedicar-se à formação de jovens. Pediu demissão e finalmente resolveu-se que ele poderia tirar um ¨ano sabático¨ para estudar e só depois decidiria se voltaria para a Giroflex.

Em 1962 mudou-se, com sua família, para Stuttgart na Alemanha para cursar o seminário Waldorf enquanto sua esposa Dra. Gudrun estudava Euritmia Curativa.

O Sr. Pedro percebeu, por sentir pouca vocação, que não seria um bom professor, e conversando com um amigo antropósofo, este foi bem claro: ¨Faltam antropósofos na economia, volte para sua fábrica¨.

Mas como foi que o Sr. Pedro ajudou a Escola Waldorf Rudolf Steiner? A história da Escola começou algumas semanas depois do nascimento da primeira filha, Aglaia. A mãe do Sr. Pedro, Melanie Schmidt, disse: ¨precisamos de uma Escola Waldorf ¨. Assim finalmente surgiu um motivo concreto e bem particular para implantar uma Escola Waldorf no Brasil. Um amigo da família Schmidt, Sr. Ernst Mahle também achou a idéia boa e se prontificou a ajudar.

Quatro casais, Hans e Melanie Schmidt, o casal Mahle, o casal Berkhout e Pedro e Gudrun Schmidt fundaram, em 1955, a Associação Pedagógica Rudolf Steiner, mantenedora da futura Escola Waldorf. A escola começou em 1956, numa casa do casal Berkhout, na Rua Albuquerque Lins, no bairro Higienópolis, em São Paulo, com o nome Escola Higienópolis.

Em pouco tempo a casa ficou pequena demais e começou a procurar por um terreno maior. Foi encontrado um terreno de 15.000 m^{2, em Santo Amaro,} na então periferia da cidade. Sr. Berkhout ficou entusiasmado e concordou em pagar 50 % do preço. O Sr. Mahle comprometeu-se com um terço do preço, restando um sexto. Sr. Hans Schmidt neste momento não tinha como arcar com esse sexto e o negócio quase foi perdido. O Sr. Pedro então, prontificou-se a arcar com uma parte do preço, o que comprometeria, por quatro anos, uma boa parte do seu salário. Vendo este sacrifício do filho o Sr. Hans Schmidt decidiu contribuir também, sendo que o resto foi assumido pelo sócio da Giroflex na Suíça. Assim, a compra pode ser fechada. Seguiu-se um tempo de construções e em 1959 a Escola mudou-se para a Rua Job Lane 900. Mais tarde foi comprado um terreno vizinho porque mesmo os 15.000 m² eram insuficientes para o crescimento da Escola.

Em 1960 o Sr. Hans Schmidt passou a presidência da Associação para o Dr. Rudolf Lanz, que durante muitos anos conduziu os destinos da Escola. Em 1982 o Sr. Pedro assumiu a presidência da Associação por três anos. Nesse período, que já vinha marcado por crises e dificuldades internas, o Sr. Pedro ajudou a concretizar o conceito de auto-gestão, no sentido de habilitar os professores a assumir, no futuro próximo, maiores responsabilidades em direção a uma administração compartilhada com a diretoria da Associação e com os pais.

Depois do término de sua presidência, o Sr. Pedro não se envolveu mais diretamente na condução daquela Escola. Era, também, o seu princípio acompanhar iniciativas somente até que estas pudessem andar com suas próprias pernas. Sua presidência no entanto deve ser vista como marco de transição do pioneirismo inicial para a fase de profissionalização, que desde então é tema recorrente.

Interesse marcante dedicou ao Seminário Pedagógico de formação de professores, instituído pelo casal Lanz. Sua ajuda foi sempre incansável.

Graças a amplas iniciativas antroposóficas do Sr. Pedro, muito além do âmbito da Escola Waldorf Rudolf Steiner, podemos olhar para um extraordinário crescimento do movimento Waldorf no Brasil e na América Latina. Ele certamente foi um verdadeiro pioneiro na realização dos pensamentos de Rudolf Steiner em todas as áreas econômicas e sociais.

O nome do Sr. Pedro Schmidt está indelevelmente ligado à Associação Pedagógica Rudolf Steiner que, em 2006, celebrou o cinqüentenário de existência da sua escola mantida. Desejamos manifestar a nossa imensa gratidão a esta impressionante personalidade.

PETER SCHMIDT E A EURITMIA NO BRASIL

Renate Nisch

Com enorme gratidão lembro de Pedro Schmidt, pois foi ele, junto com a esposa Roswitha, quem em 1978 procurou-me na Europa para convidar-me a trabalhar aqui no Brasil. Com isso a grande mão do destino mexeu-se e comecei uma vida neste país.

Anos mais tarde, em 1988, formou-se o Grupo de Euritmia de São Paulo, e na sua longa trajetória de trabalho contou com o privilégio de ter sempre ao seu lado Roswitha e Pedro Schmidt.

Pedro Schmidt não faltava a uma apresentação importante do Grupo. Para nossa sorte ele amava a euritmia e acompanhava com entusiasmo a evolução do Grupo. Durante anos zelou pelo financiamento básico do trabalho artístico, pois entendia muito bem que é a arte a fonte de vida da euritmia em todos os demais setores. Incentivou e apoiou a formação de euritmia para que os brasileiros não precisassem viajar e estudar no exterior.

Em muitos e muitos encontros expressou como a euritmia tocava o seu coração. Sem ele, a euritmia praticamente não seria a flor que, através de todas as dificuldades, é hoje.

Acho que posso falar em nome de todos os euritmistas um muito obrigado a você, Pedro Schmidt.

PEDRO SCHMIDT E A AGRICULTURA BIODINÂMICA

Bernardo Thomas Sixel
(Em nome da Associação Biodinâmica)

25 de agosto 2007. Esta data é, sem dúvida, um dia de jubilo para o mundo espiritual, pois neste dia às 6 horas da manhã Peter Schmidt recebeu a graça de ser recebido no seio da origem de todos nós. Mas para nós que ainda não fizermos jus desta graça, é por certo um dia de luto e dor, pois não podemos mais contar com a presença física desta marcante personalidade da vida antroposófica no Brasil que, por amor e veneração a Rudolf Steiner, dedicou-lhe sua vida.

Como empresário de sucesso da vida econômica, ele possibilitou por meio da Associação Tobias não só a manutenção de muitas iniciativas antroposóficas, mas deu também uma contribuição importante para a vida espiritual por meio de palestras e conferências, e principalmente por meio da sua autobiografia: Do Real ao Ideal. Nesta obra ele demonstra que para um capital de raiz possa servir ao um ideal, o fundo financeiro não deve permanecer em mão particular, mas sim ser administrado por associações neutras, as quais teriam de cuidar que os impulsos ideais seriam mantidos. Ele chamou isto a ‘neutralização do capital’.

Por possivelmente servir ele próprio de modelo, ele mesmo considerava isso como o mais essencial do seu empenho. Contudo, esse impulso não foi suficientemente compreendido, o que nós faz lembrar de grandes personalidades que deslumbraram fatos espirituais, mas na sua época não logravam encontrar reconhecimento.

Ele nasceu em 1927 no sul da Alemanha. Sua mãe era de descendência judaica e assim a família foi abrigada a fugir de lá pouco antes na segunda guerra mundial. O destino levou-os com muitas aventuras para o Brasil, e não para para Siri Lanca, como antes planejado. Peter tornou-se Pedro e trabalhou inicialmente como operário numa metalúrgica, formando-se logo em desenho técnico. Por meio de uma bolsa estudou depois nos Estados Unidos, onde dedicou-se principalmente ao estudo da administração dos recursos humanos, algo pioneiro então. Entrementes seu pai fundou em são Paulo a Giroflex, para fabricação de poltronas giratórias, a qual Peter passou a administrar em 1952. Sob sua direção habilidosa a pequena oficina inicial cresceu, tornando-se uma empresa considerável que conta hoje com mais de mil funcionários.

Em 1961, com a fábrica já consolidada, Pedro sentiu o empenhado de procurar por novas tarefas da sua vida. Ele voltou com sua família para Europa e dedicou-se ao estudo da pedagogia Waldorf. Através do Professor Bernhard Lievegoed e do Dr. Lex Box tomou conhecimento da pedagogia social. Voltando após de um ano para Brasil, tentou fazer uso das novas idéias dentro da Giroflex, mas os resultados não correspondiam o que ele tinha imaginado. Entretanto, por seu intermédio as mencionadas personalidades vieram ao Brasil para seminários e os impulsos sociais que estavam se desenvolvendo aqui no campo antroposófico receberam por esse meio sua característica peculiar. Consequentemente, Pedro passou 85% das suas ações da Giroflex, isto é, 47% da firma para a Associação Tobias. Esta decisão foi fundamentada também em suas próprias experiências. Ele contava como sua mãe já em 1936, na Alemanha, montara uma pequena horta biodinâmica. Quando ele visitou anos depois este local, encontrou lá uma casa com vista para uma grande usina nuclear. Aseu ver, o trabalho penoso da sua mãe foi assim destruído. Na ocasião da compra das terras em Botucatu, nos quais a Estância Demétria se desenvolveu, esta vivencia anterior reforçou o impulso que a propriedade não deveria permanecer como patrimônio particular da sua família e a escritura foi passada em nome da Associação Tobias. Os acontecimentos posteriores confirmaram que sem isto a Estância Demétria não seria mais existente.

Pessoas com larga experiência na agricultura aconselhavam de iniciar com silvicultura para garantir uma sólida base financeira, mas na visão do Pedro isto seria somente uma criação de uma nova fonte financeira que teria ser desenvolvida e administrada. O ideal e motivo de Pedro era criar um berço a partir do qual a proposta de Rudolf Steiner para uma agricultura espiritualmente orientada, representada na agricultura biodinâmica, pudesse ser desenvolvida e divulgada no Brasil. No encalço desse caminho, e para o desenvolvimento da necessária pesquisa como segundo passo, nasceram o Instituto Biodinâmico (IBD), hoje transformado em uma empresa certificadora mundialmente reconhecida, a Associação de Agricultura Biodinâmica (ABD) assumindo os encargos biodinâmicos do IBD e o Instituto Elo, mantenedor dos cursos fundamentais. Paralelamente aos crescimentos da Estância Demétria para dentro, cresceram para fora diferentes condomínios, formando hoje o Bairro Demétria, um local onde vale a pena viver, o que afirmam suas mais que 300 famílias, com sua Escola Waldorf Atiara do Campo, orientada pela pedagogia Waldorf e muitas outras iniciativas sociais e culturais. A idéia inicial do Bairro Demétria era de proteger a Estância Demétria rodeando-a de propriedades que não iriam poluir as águas e o ar com inseticidas e adubos químicos.

Todas as experiências que pudemos obter graças ao empenho de Pedro Schmidt, ensinam-nos que também a pedagogia socia,l paralelamente ao caminho do ideal ao real deve ser acompanhado por um processo inverso: do real ao ideal. Liberdade é um bem que ninguém pode receber como presente. Só é possível criar condições para que cada um individualmente possa elevar-se à Liberdade. Isso significa de um lado de levar ao pleno florescimento a capacidade de formar idéias e, por outro lado, enobrecer as disposições caraterológicas próprias para ascender a uma auto-responsabilidade completa.

Um início real para tal é uma alimentação que permita transmitir ao ser humano a auto-manutenção das forças de vida, como é o caso com os produtos alimentícios produzidos pelo manejo biodinâmico. Além disso, uma educação que visa uma autodeterminação do destino, o que se torna possível por meio da pedagogia Waldorf . Acrescenta-se a euritmia, a qual permite ao Eu configurar conscientemente os complexos corpóreos físicos, etéricos e astrais do corpo humano. Finalmente também uma arte médica terapêutica que auxilia o corpo por meio dos estados patológicos a vencer obstáculos em geral necessários no nosso provir. Devemos agradecer direta ou indiretamente a Pedro Schmidt a possibilidade de usufruirmos, também aqui no Brasil, de todas essas dádivas, oferecidas pela Antroposofia de Rudolf Steiner a cada ser humano. Algo que, afinal de contas, tornou-se possível graças a sua modelar autodisciplina.

Que a partida de Pedro Schmidt seja para nós um sinal da sua grandeza. Tentaremos expressar a nosso gratidão deixando as chamas do impulso antroposófico sempre aceso dentro dos nossos corações.

PEDRO SCHMIDT E O INSTITUTO BIODINÂMICO

Alexandre Harkaly, Diretor

Os destinos do IBD foram diretamente marcados por Pedro Schmidt. Ao reforçar o trabalho de certificação, primeiramente na Associação Biodinâmica (ABD) e até culminar com a independização do IBD em 1999, os votos dele eram sempre entusiasmadores. Poucos sabem, mas ele sabia que os trabalhos diretos de certificação feitos pelo IBD a partir de 1995/96 passaram a ser custeados pelo próprio trabalho de certificação até a separação em 1999. Porém toda a estrutura da ABD nestes anos foi fundamental para o sucesso do trabalho.

A ligação pessoal do Pedro com a biodinâmica mostrou-nos a importância que este setor tinha na sua vida e como ele via essa atividade em relação à evolução do ser humano e na busca por formas mais humanas de produção.

No IBD tentamos, e acredito que conseguimos, transmitir valores ligados à biodinâmica e à Antroposofia para dentro do processo de certificação como um todo, coerente com o trabalho que procuramos e ainda fazemos na Associação Biodinâmica. Fizemos isso com prazer e consciência, mesmo que isto complicasse um pouco os procedimentos.

Pedro era uma pessoa eminentemente prática mas, quando partia para considerações filosóficas, era um pilar absolutamente vertical e sólido. Suas convicções vinham das profundezas da alma e do espírito e eram arrebatadoras mas extremamente simples. A sua visão, ideais e análise iam longe; colocando à la mineira: “enquanto a gente ia, ele já estava voltando ...”. Enquanto a gente começava a se preocupar com certas questões, ele já tinha visto o todo e já voltava com formulações e questões. Por exemplo, graças a essa visão as marcas Demeter e Biodinâmica foram protegidas muito antes do tempo de uso no mercado no Brasil, garantindo um caminho aberto para a sua consolidação.

A sua convicção por certos princípios e o seu ideal aplicado permitiram imprimir à vida idéias e recomendações de Rudolf Steiner quanto à aplicação do capital a favor do desenvolvimento humano. A forma como ele conseguiu estruturar os encaminhamentos práticos para tornar isso realidade impactou a todos de maneira muito positiva e exemplar.

Certas pessoas nascem com a habilidade de mobilizar capitais para o desenvolvimento humano. Para isso, essas pessoas devem poder transmitir senso ético e moral, humildade, serenidade e confiança, sem os quais os aspectos ligados ao capital e ao desenvolvimento humano não funcionam. Ele tinha consciência disso e sabia do poder que isso tinha sobre as pessoas; várias vezes testemunhei preocupações e ações suas para que as pessoas pudessem agir com liberdade. Assim foi com a Estância Demétria, com a Associação Biodinâmica e assim foi com o IBD.

Com certeza todos no IBD e na agricultura biodinâmica devem voltar a conversar, ler e relembrar a fenomenal vida desta pessoa que foi decisiva para a biodinâmica e a antroposofia no Brasil.

IMPRESSÕES DE UMA VIZINHANÇA ENTRE 1999 E 2007

Carolin e Paulo Cabrera

Conhecemos o Sr. Pedro como cliente desde a primeira lojinha do Sítio Bahia. Ele elogiava e era grato pelos produtos, mas também ajudava a melhorar alguns deles com uma crítica humilde e respeitosa. Como amigo, Pedro preocupava-se com nossa saúde devido às intensidade de trabalho na fazenda.

Como interessado na Estância Demétria, Pedro fazia suas caminhadas matinais com Dona Roswitha pela fazenda olhando, perguntando, ajudando a cuidar...

Como empreendedor, ultimamente as preocupações e percepções do Sr. Pedro eram de como achar caminhos para que o trabalho entre a proprietária da terra (a Associação Tobias) e os que fazem a fazenda, dessem frutos para o mundo.

Para nós foi um presente ter o Sr. Pedro como vizinho da Estância Demétria! Seu olhar confiante era uma fonte de energia no nosso dia a dia. Isto até hoje se irradia!

PEDRO SCHMIDT E O CENTRO PAULUS

Karin Glass

Devido ao crescente número de pessoas interessadas em cursos de formação, principalmente nas áreas médica, paramédica e social, decidiu-se fundar um centro de estudos goetheanísticos. Com a ajuda da Associação Tobias foi adquirido um terreno em Parelheiros, próximo a São Paulo, em frente da Artemísia. Pedro Schmidt, juntamente com alguns amigos, participou ativamente da realização de todo o processo de implantação do Centro Paulus.

Durante muitos anos o Centro Paulus funcionou sob égide da Associação Tobias; praticamente todos os eventos eram antroposóficos, sendo que Pedro Schmidt participou de muitos deles. No início dos anos 90, no decorrer do processo de independização das instituições da Associação Tobias, o Centro Paulus tornou-se independente e foi assumido por um grupo de pessoas ligadas ao impulso da Pedagogia Social.

EM MEMÓRIA DO SR. PEDRO SCHMIDT

Marilda Milanese
(Pela Sirimim Aprimoramento da Arte Farmacêutica)

Corria o ano de 1990 e Flávio e eu visitávamos o laboratório Helixor na Alemanha. Após conhecermos o trabalho de produção e pesquisa fomos recebidos para uma reunião com a diretoria e consultores. Eles queriam conhecer o nosso trabalho aqui no Brasil e como ele era mantido. Expliquei o funcionamento da Associação Beneficente Tobias e fiquei surpresa com o grande interesse e com as muitas perguntas. Ao final um deles disse: ¨Então há algum lugar em que isto funciona mesmo, de verdade.¨ Fiquei ainda mais surpresa e só aí me dei conta do pioneirismo do Sr. Pedro, que teve a coragem de ousar colocar em prática as idéias da Trimembração do Organismo Social e da Filosofia da Liberdade de Rudolf Steiner. Só muito mais tarde pude perceber como isso não foi fácil e soube do privilégio de ter sido contemplada por esta ousadia.

Somente depois de quase 20 anos de apoio ao nosso trabalho de pesquisa, com a fundação da Sirimim, pôde surgir algum resultado visível, que agora conta com 12 colaboradores que hoje agradecem ao Sr. Pedro pela confiança na ação humana em liberdade.

"O Sirimim nasce naquela pedreira que tem atrás da casa do Pedro." ( G. Rosa)

PEDRO SCHMIDT E O TEATRO

Paideia Associação Cultural

Pedro Schmidt apoiou a Paidéia Associação Cultural desde sua fundação. Esteve presente nos nossos momentos mais difíceis e viabilizou nossas conquistas. Por ele sentimos muita gratidão, carinho, respeito e admiração.

PEDRO SCHMIDT E A ASSOCIAÇÃO PEDAGÓGICA NOVALIS

Associação Pedagógica Novalis
(Mantenedora do Jardim de Infância Alecrim e da Escola Waldorf Novalis, Piracicaba, SP)

 

A Associação Pedagógica Novalis é profundamente grata pelo apoio recebido da Associação Tobias, no início de sua atuação social. Na época, mais do que um alívio financeiro para os fundadores, todos se sentiram animicamente estimulados por esse gesto. Sentimo-nos reconhecidos e agraciados. O grupo fortaleceu-se e o ideal da atuação social cresceu no coração de todos.

A consolidação da Pedagogia Waldorf e da Antroposofia na cidade de Piracicaba, também é fruto das ações desse grande homem, cuja biografia admiramos e nos serve de estímulo.

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Última atualização: 10/1/10