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TERRAS E POVOS: BRASIL - oficina 1
Palmeiras na terra do sol e da chuva. Missão de vida, ecologia e culinária – O que elaborar a partir de uma fenomenologia inspirada em Goethe?
Manfred von Osterroht
4ª-feira - 14h30 às 16h
Como desenvolver um olhar vivo e orgânico para plantas e paisagens? Exercícios de observação e mobilidade. A floresta tropical num eterno "dar e receber", exemplo de organismo em constante evolução. As etapas da evolução de florestas tropicais e as árvores culminativas e emergentes (destaque para as palmeiras). Relação de mamiferos e povos indígenas com a abundância das palmeiras. As palmeiras do nosso dia-a-dia: na praça, no jardim, no sítio e na fazenda. Viagens de observação de paisagens regadas pelos acenos destas palmas tão simpáticas. As palmeiras e os sete planetas. Erguer-se reto e límpido, forte e elegante - as relações possíveis entre o gestual das palmeiras e o Eu humano. Formação de imagens, desenhos e tempo para conversas e debate. Convite aos pintores e poetas.
Tupy, o co-criador que veio para ser na Terra o que a sua essência sagrada é no céu
Marli Aparecida Pereira
5ª-feira - 14h30 às 16h
Hoje associamos a palavra Tupy a uma etnia. Entretanto ela tem em seu conceito a origem, a criação do ser humano. É uma "nhe'e porã tenondé", uma palavra formosa. Para viver nesta morada terrena, Tupã Tenondé cria um co-criador. Ele se desdobra e floresce em Tupy, uma "palavra-alma", que decomposta temos o TU(som) e o PI(pé, assento). Na tradição ancestral: som assentado, som que se tornou erguido, o ser humano colocado em pé. Substância sagrada que se manifesta como som. Nesta oficina vamos refletir sobre a caminhada dos ancestrais dos povos Tupi-Guarani e Tupinambá, herdeiros dos Mistérios Sagrados e a formação da língua tupi-guarani. Assim como os sábios Tamãi, guias e mestres do conhecimento sagrado das palavras formosas primeiras "nhe'e porã tenondé", vamos trilhar os antigos peabirus, "sentarmo-nos em volta da fogueira" e tornarmo-nos um pouco Guarani, reavivar o sentimento da língua do povo Tubuguaçu em sua caminhada por Pindorama. Vamos partilhar do Conselho dos sábios Tamãi, para entender os fundamentos do Ayvu Rapyta na elaboração da língua tupi-guarani, primeiro amálgama linguístico, a língua mais falada na costa atlântica antes de 1500, e entrar em contato com os povos das "canoas dos ventos".
O beija-flor: entre o condor e a águia
Marilda Milanese
6ª-feira - 14h30 às 16h
As reflexões sobre o beija-flor surgiram por ocasião do primeiro Congresso Pan-americano que tinha o tema "Entre o condor e a águia". Somente nesta sexta edição concretiza-se o plano de abordar o terceiro pássaro, este sim presente em toda a América. A oficina pretende trazer elementos para um maior conhecimento deste animal e das características que o tornam tão representativo das qualidades americanas.
“Os Bakairi e a sua relação com a cultura alemã, de 1884 a 2014”
Isabel Taukane e Veronika Brunis
Sábado - 14h30 às 16h
Em 1884, o pesquisador Carl v. d. Steinen levou máscaras sagradas do ritual Iakuigade dos Bakairi de Mato Grosso até o Museu de Etnologia de Berlim. Em 2014 Isabel Taukane, bisneta do famoso guia Antônio - imortalizado nos livros de Steinen - visitou as máscaras e outros objetos em Berlim buscando colher material para ajudar na luta do seu povo pela sobrevivência em meio a ameaças ambientais e políticas. Junto com o jovem Bakairi Bruno Maiuca conheceram a Pedagogia Waldorf e a Antroposofia em um projeto de intercâmbio cultural com a Escola Waldorf de Hannover, que ajudou a organizar a viagem. Pretendemos contar um pouco das nossas vivências em conjunto, através de fotos e relatos, daquilo que nos levou a descobrir mutuamente a espiritualidade, os costumes e os esforços das duas culturas. Queremos estabelecer um diálogo com os participantes da oficina sobre projetos de sustentabilidade, que sejam em benefício de uma humanidade reunida com a mesma preocupação, onde cada parte contribui com seus dons, complementando o que falta ao parceiro.
MITOLOGIA NA PEDAGOGIA - Oficina 2
A Identidade dos povos Americanos a partir do estudo de suas Mitologias
Beatriz Camorlinga
4ª, 5ª, 6ª feira e sábado - 14h30 às 16h
Nós, como povos colonizados, temos em nosso currículo escolar um estudo da História Universal que está pautado no desenvolvimento do Povo Europeu/Asiático e suas conquistas até chegarem às nossas terras. Isso sempre nos pareceu normal, uma vez que esta é a História da Humanidade. É como dizer que enquanto o mundo evoluía culturalmente, aqui não havia mais que seres sem alma, sem deuses, sem cultura. Os colonizadores vieram trazer para os povos americanos a "civilização". Felizmente hoje já existem estudos profundos sobre o que havia neste continente e o quanto estes povos já estavam desenvolvidos em todos os âmbitos das relações humanas. Há, porém, uma lacuna que embora seja estudada, não é levada muito a sério: as Mitologias. O próprio Rudolf Steiner chama a atenção para a pouca importância que as academias (mesmo européias) dão para este tema. Um estudo sério destes conhecimentos pode trazer à luz a verdadeira missão da alma dos povos. Em busca desta missão caminhamos e neste curso vamos buscá-la por meio das Mitologias.
AFROAMERICANO - Oficina 3
O caminho dos Orixás através dos 4 elementos
Luciana Sapia Franco
4ª e 5ª feira - 14h30 às 16h
Inicialmente, vamos juntos identificar as dezesseis forças que atuam na formação do mundo material a partir dos quatro elementos que o compõem – terra, água, ar e fogo (vide a teoria de Hipócrates, Grécia séc IV). Ampliar a visão da mitologia dos Orixás, trazendo-a numa linguagem de fácil acesso e, a partir de exercícios criativos (fenomenologia, desenho, observação da natureza, aquarela, e dança) o participante poderá se apropriar desse conhecimento, podendo assim reconhecer essa mitologia como patrimônio cultural brasileiro (e da humanidade – de acordo com o IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
"LISAPONGEE - Que venham as histórias" (em Lingala, uma das línguas que se fala no Congo).
Julio e Débora D´Zambê
6ª feira e sábado- 14h30 às 16h
Cantos e contos africanos com exposição Arte Africana, máscaras, esculturas, instrumentos e vestimentas de Gana, Costa do Marfim, Nigéria, Gabão e outros países do continente africano.
TERRAS E POVOS: AMÉRICA - Oficina 4
Nós nas Américas e as Américas em nós - reflexão e diálogo acerca de uma localidade
Volker von Bremen
4ª, 5ª, 6ª feira e sábado - 14h30 às 16h
Os habitantes das Américas são compostos por indivíduos que trazem experiências múltiplas de suas vidas, considerando tanto o caminho de suas almas quanto os traços familiares e culturais nos quais se reencarnaram. Nesta oficina, procuraremos oferecer um espaço de reflexão e intercâmbio no qual os participantes terão a oportunidade de compartilhar suas observações, experiências e conhecimentos relacionados com o tema do Congresso. O ponto de partida são aspetos temáticos do dia expostos nas palestras no período das manhãs (o físico na geografia Sagrada, o social na historia e o espiritual na Mitologia e a espiritualidade) A partir das contribuições dos participantes, constituiremos um quadro do que representa o continente partindo de nossos conhecimentos e experiências, vislumbrando um aporte para o descobrimento da missão das Américas nos nossos tempos.
TERRAS E POVOS: AMÉRICA - Oficina 5
A Virgem de Guadalupe e a evolução do coração humano
Stephanie Georgieff
4ª, 5ª, 6ª feira e sábado - 14h30 às 16h
O milagre da aparição da Virgem de Guadalupe no México, no começo de dezembro de 1531, tem sido há muitas gerações uma inspiração para um número incontável de pessoas. Enquanto cientistas e estudiosos religiosos têm estudado essa imagem desde há 500 anos, há um mistério mais profundo revelado pela visão da Antroposofia. Aliando conjuntamente a história esotérica e exotérica, o simbolismo e novas descobertas sobre a evolução do coração humano, a Dra. Georgieff apresentará a Virgem de Guadalupe como um códice para o destino espiritual das Américas. Os participantes explorarão como a madona sagrada das Américas é uma mensageira para as futuras épocas do destino humano e a evolução do impulso do Cristo na Terra.
ARTES E MOVIMENTOS - Oficina 6
Danças Brasileiras : caboclinho, cavalo marinho e côco
Suzana Murbach
4ª, 5ª, 6ª feira e sábado - 14h30 às 16h
Danças: Introdução de elementos e movimentos típicos de danças de povos que constituíram o universo da alma do povo brasileiro (indígena, africano, europeu, entre outros). As danças como expressão da alegria, da fé e da religiosidade do povo brasileiro.
ARTES E MOVIMENTOS - Oficina 7
Cores da América
Susanne Rottermund
4ª, 5ª, 6ª feira e sábado - 14h30 às 16h
Trabalhos artísticos de intervenção nos ambientes do congresso, usando diversos materiais como pigmento de terra, folhas, serragem e papel, tendo os quatro reinos como tema de criação.
ARTES E MOVIMENTOS - Oficina 8
Sons e Cantos
Aguardamos o oferecimentos dos participantes, inscreva-se para oferecer esta oficina!
4ª feira e sábado - 14h30 às 16h
Escultura Social
Aglaia Pusch e Amauri Falseti
5ª e 6ª feira - 14h30 às 16h
Trata-se da possibilidade de toda a gente poder participar de um duplo jogo de produzir e usufruir da arte, ou seja, todos se tornam artistas e espectadores. A Arte de Joseph Beuys, denominada "escultura social", está no cotidiano, acessível a todas as pessoas num processo contínuo. É obra aberta para todos os imaginários que na participação, no debate e na ação solidária vão criando mudança de vida. Nas palavras de Beuys, trata-se de um trabalho "com um material realmente vivo. Aí, todos serão capazes de criar formas numa matéria viva, isto é, de realmente criar algo vivo. Para chegar até lá, é preciso primeiro reaver a substância geral, aberta, viva, fluida, cuja característica maior é o fato de possuir calor. Não se trata, claro, de calor físico, como o calor do fogão, mas de um calor social. É provável que ele seja exatamente igual à substância real do amor. Ela tem um caráter sagrado. Mas é uma substância real. Portanto, é uma forma superior de calor, que chamo de calor evoluído. O calor interpessoal precisa ser gerado. Isso é o amor. É o que está contido neste conceito misterioso de Cristo." Haverá uma grande surpresa pois todos nós, como disse Joseph Beuys, somos artistas. Preparem-se então para a plenária final no sábado na qual, em conjunto, vamos fazer uma escultura social com o conteúdo das palestras, oficinas e vivências!