Solo biodinâmico é o mais vivo
Solo biodinâmico é o mais vivo
Da revista Info 3 de Frankfurt - Alemanha.
(Enviado pela Associação Elo)
Um estudo do "Instituto de Pesquisa para Agricultura Biológica" (FiBL) em Frick, na Suíça, comparou parcelas trabalhadas conforme o método agrícola convencional, que inclui o uso de agrotóxicos e adubos químicos, com parcelas trabalhadas conforme o método agrícola ecológico e outras conforme o método agrícola biodinâmico. Os resultados comprovaram que o solos biodinâmicos apresentam maior biomassa, maior diversidade de microorganismos e uma maior capacidade de decomposição da matéria orgânica absorvida pelo solo.
Os microorganismos decompõem substâncias orgânicas, tornando disponíveis as substâncias minerais que as plantas necessitam para o seu crescimento. Um solo vivo, com grandes quantidades de microorganismos, pode dispensar o uso de adubos químicos como são utilizados na agricultura convencional. Esses experimentos, que vêm sendo realizados desde o início dos anos 90, mostram, por exemplo, que o carbono fixado microbiologicamente apresentou valores significativamente superiores nos solos tratados conforme o método biodinâmico: 839 kg/ha na agricultura biodinâmica, 561 kg/ha na agricultura convencional e 599 kg/ha na ecológica.
A grande diferença entre o método biodinâmico e o convencional não surpreende. O que era inesperado é que os números da agricultura ecológica estão mais próximos dos números da convencional do que dos números da biodinâmica. A explicação de um dos pesquisadores é que a adubação biodinâmica, com composto mais amadurecido, tem um efeito maior sobre o crescimento dos microorganismos do que os adubos menos tratados, como são aplicados no método ecológico.
Não se pode excluir a possibilidade de que essa diferença também tenha a ver com os preparados biodinâmicos aplicados às pilhas de composto, mas os experimentos em si não apresentam nenhuma informação que pudesse confirmar essa hipótese.