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AFORISMOS, VERSOS E PARTES DE TEXTOS DE RUDOLF STEINER   

PÁGINA COM TODOS OS TEMAS

Introdução

Esta é uma coletânea de aforismos, versos, frases e partes de textos escritos por Rudolf Steiner (ver sua biografia cronológica), ou por ele pronunciados em suas palestras ou em ocasiões especiais. Cada item é acompanhado do original em alemão, desde que disponível e já introduzido, com exceção de textos em prosa relativamente grandes com tradução publicada. Vários dos versos foram dados por Steiner a determinadas pessoas, às vezes como dedicatórias em livros. Os versos com conteúdo espiritual podem ser usados como temas de meditação. Para salientar a métrica poética intencional no original alemão, em alguns versos algumas sílabas ou palavras foram sublinhadas; o reconhecimento dessa métrica e dos ritmos apontados é de VWS (ver em Colaboradores, abaixo). GA é a abreviatura de Gesamtausgabe, edição completa das obras de Steiner (com 354 volumes, sendo os 45 primeiros com seus livros e escritos e os outros em geral textos estenografados de suas palestras). A fonte de cada item é referida pelo número GA, eventual palestra e a página onde se encontra na edição citada nas referências dadas em Referências. Quando algum item foi copiado de algum autor diferente de Steiner, são dadas suas iniciais, usadas para classificar a parte das referências relativa a esses autores. Nas referências bibliográficas, os volumes citados foram os consultados; é possível que haja edições mais recentes do que as empregadas. A partir de meados de 2/2011 os textos originais foram copiados de http://fvn-rs.net.

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Última atualização desta página: 18/6/13

Artes

Rompe-se a conexão com o espírito,
Se ele não for mantido por meio do belo.
A beleza une o “Eu” com o corpo.

Es reißt der Zusammenhang mit dem Geiste,
Wenn er nicht durch die Schönheit erhalten wird.
Die Schönheit verbindet das “Ich”mit dem Leibe.

  Fonte: GA 40, p. 233. Na p. 285 está anotado “Caderno de notas do ano 1918”. Trad. VWS; rev. SALS.

A sombra do espírito projetada no espaço
É o belo;
A sombra torna-se ser vivente
Por meio do espírito plasmador do artista.

Des Geistes Schattenwurf im Räume
Ist das Schöne;
Der Schatten wird zum Lebewesen
Durch des Künstlers Bildegeist.

  Fonte: GA 40, p. 107. Na p. 280 está anotado “Em um esboço do escultor Jacques de Jaager, Dornach, 11/1916”. Trad. VWS; rev. SALS.

[...] As grandes obras de arte têm um efeito tão imenso por estarem profundamente relacionadas com o sentido da ordem universal. Em tempos antigos, sem que o soubessem, os artistas estavam vinculados ao sentido da ordem universal por meio de uma consciência abafada. Mas a arte se extinguiria, não teria continuidade, se no futuro a ciência espiritual, como conhecimento dessas coisas [da ordem universal], não lhe desse um novo fundamento.
A arte subconsciente tem seu passado e com esse passado chegou a um término. A arte que se deixa inspirar pela ciência espiritual está no começo, no ponto de partida. É a arte do futuro. Assim como é certo que o artista antigo não necessitava conhecer o que existe como fundamento nas obras de arte, também é certo que o artista futuro tem de sabê-lo, mas com as forças que representam novamente um aspecto do infinito, do conteúdo total da alma.

Deshalb wirken die großen Kunstwerken so ungeheuer, weil sie tief verbunden sind mit dem Sinn des Weltenordnung. In früheren Zeiten waren die Künstler verbunden mit dem Sinn der Weltenordnung in dumpfen Bewußtsein, ohne daß sie es wussten. Aber die Kunst würde ersterben, würde keine Fortzetzung erhalten, wenn nicht in Zukunft die Geisteswissenschaft als Wissen von diesen Dingen der Kunst eine neue Grundlage gäbe.
Die Unterbewusste Kunst hat ihre Vergangentheit – und mit ihrer Vergangenheit ein Ende erreicht. Die Kunst, welche sich von der Geisteswissenschaft inspirieren lässt, steht im Beginn, im Ausgange. Das ist die Kunst der Zukunft. So wahr se ist, daß der alte Künstler nicht zu wissen brauchte, was den Kunstwerken zugrunde liegt, so wahr ist es, daß es der zukünftige Künstler wissen muß – aber mit jenen Kräften, die wieder eine Art des Unendlichen darstellen, die wieder etwas aus dem Vollinhaltlichen der Seele darstellen.

  Fonte: GA 132, palestra de 14/11/1911, p. 60. Trad. VWS; rev. SALS.

A quem entende o sentido da linguagem,
O mundo desvenda-se
Em imagem;

A quem ouve a alma da linguagem,
O mundo descerra-se
Como ser.

A quem vivencia o espírito da linguagem,
O mundo presenteia
A força da sabedoria.

A quem sabe amar a linguagem,
Ela mesma concede
Seu próprio poder.

Assim quero coração e sentido
De acordo com espírito e alma
Da palavra orientar;

E no amor
Para com ela a mim próprio
Então totalmente sentir.

Wer der Sprache Sinn versteht,
Dem enthüllt die Welt
Im Bilde sich;

Wer der Sprache Seele hört,
Dem erschliesst die Welt
Als Wesen sich;

Wer der Sprache Geist erlebt,
Dem beschenkt die Welt
Mit Weisheitskraft;

Wer die Sprache lieben kann,
Dem verleiht sie selbst
Die eigne Macht.

So will ich Herz und Sinn
Nach Geist und Seele
Des Wortes wenden;

Und in der Liebe
Zu ihm mich selber
Erst ganz empfinden.

  Fonte: GA 40, p. 259. Trad. das 4 primeiras estrofes: Günther Kollert; rev. destas e trad. das restantes: VWS; rev. geral: SALS. Este verso foi dado por Steiner para o início das aulas de língua antiga na primeira escola Waldorf, Stuttgart, 26/11/1922 (cf. GA 40, p. 299). Col. LJ.

Isso é de fato o segredo da iniciação moderna: chegar à vivência do espírito transcendendo as palavras. Isso não é algo que vai contra a sensação da beleza do idioma. Pois precisamente quando não se pensa mais no idioma, começa-se a senti-lo e a deixá-lo fluir, como elemento da sensação em si mesmo e a partir de si. Mas isso é algo que hoje deve começar a ser almejado pelos seres humanos.
Talvez inicialmente isso não é conquistado pelo ser humano para o idioma, mas primeiro por meio da escrita. Pois em relação à escrita não se passa de maneira que o ser humano a possui, mas que ela possui o ser humano. O que significa que a escrita possui o ser humano? Significa que se tem no pulso, na mão, uma determinada maneira de escrever. Escreve-se mecanicamente a partir da mão. Isso prende o ser humano. Ele se libera quando ele escreve como pinta ou desenha, quando para ele cada letra torna-se algo que ele desenha.

Das ist ja in der Tat das Geheimnis der modernen Einweihung: über die Worte hinauszukommen zum Erleben des Geistigen. Das ist nichts, was gegen die Empfindung der Schönheit der Sprache verstösst. Denn gerade dann wenn man nicht mehr in der Sprache denkt, dann fängt man an, die Sprache zu empfinden und als Empfindungselement in sich und von sich strömen zu haben. Aber das ist etwas, was von dem Menschen heute erst angestrebt werden muss.
Es ist vielleicht zunächst von den Menschen gar nicht für die Sprache zu erringen, sondern zuerst durch die Schrift. Denn auch in bezug auf die Schrift ist es so, dass die Menschen nicht die Schrift haben, sondern die Schrift die Menschen hat. Was heisst das, die Schrift hat die Menschen? Das heisst, man hat im Handgelenk, in der Hand einen bestimmten Schriftzug. Man schreibt mechanisch aus der Hand heraus. Das fesselt den Menschen. Ungefesselt wird der Mensch dann, wenn er so schreibt, wie er malt oder zeichnet, wenn ihm jeder Buchstabe neben dem anderen etwas wird, was er zeichnet.

  Fonte: GA 233, palestra de 13/1/1924, pp. 242-3. Trad. VWS; rev. SALS.

Autodesenvolvimento

Temos que extirpar da alma, com a raiz, todo medo e terror daquilo que, do futuro, vem ao encontro do ser humano. Serenidade frente a todos os sentimentos e sensações perante o futuro o ser humano deve adquirir. Encarar com absoluta equanimidade tudo aquilo que possa vir, e pensar somente que o que vier, virá a nós de uma direção espiritual plena de sabedoria. Wir müssen mit der Wurzel aus der Seele ausrotten Furcht und Grauen vor dem, was aus der Zukunft herandrängt an die Menschen. Gelassenheit in Bezug auf alle Gefühle und Empfindungen gegen die Zukunft muss sich der Mensch aneignen. Mit absolutem Gleichmut dem entgegensehen, was da kommen mag, da es durch die weisheitsvolle Weltenführung uns zukommt.
  Em todo momento temos que fazer o que é correto e deixar o restante entregue ao futuro. Isso é o que temos que aprender em nossa época: viver em pura confiança, sem qualquer segurança existencial, confiando na ajuda sempre presente do mundo espiritual. Wir haben jeden Augenblick das Rechte zu tun und alles andere der Zukunft überlassen. Es gehört zu dem, was wir in dieser Zeit lernen müssen, aus reinem Vertrauen zu leben, ohne jede Daseinssicherheit, aus dem Vertrauen in die immer gegenwärtige Hilfe der geistigen Welt
  Realmente, hoje em dia não pode ser de outra forma, se não quisermos que a coragem submerja. Disciplinemos firmemente nossa vontade, e procuremos a revelação (*) a partir do interior, todas as manhãs e todas as noites. Wahrhaftig, anders geht es heute nicht, wenn der Mut nicht sinken soll. Nehmen wir unseren Willen in Zucht und suchen die Erleuchtung [Entwiecklung?(*)] von Innen jeden Morgen und jeden Abend.
  Fonte: Parte de uma palestra proferida em 27/11/1910, não estenografada, e que não está na coleção das obras completas (GA). Esse texto foi distribuído por D. Hagemann. Trad. SALS e VWS. (*) Há dúvidas no original; foi escolhida a forma mais usada.

Nossa vida é um contínua pendular entre o compartilhar o acontecimento geral do mundo e nosso existir individual. Quanto mais nós nos elevamos na natureza geral do pensar, onde o aspecto individual nos interessa, em última instância, somente como exemplo, como exemplar do conceito, tanto mais perde-se em nós o caráter do ser particular, da personalidade única bem definida. Quanto mais nós descemos nas profundezas da própria vida e deixamos nossos sentimentos ressoarem com a experiência do mundo exterior, tanto mais nos separamos da existência universal. Uma verdadeira individualidade será aquela pessoa, que atinge o ponto mais elevado da região das idéias com seus sentimentos. [...]
Uma vida de sentimentos totalmente desprovida de pensamentos deveria perder gradualmente toda a relação com o mundo. Na pessoa orientada para a totalidade, o conhecimento das coisas caminhará lado a lado com a formação e desenvolvimento da vida dos sentimentos.
O sentimento é o meio, pelo qual os conceitos inicialmente obtêm vida concreta.

Unser Leben ist ein fortwährendes Hin- und Herpendeln zwischen dem Mitleben des allgemeinen Weltgeschehens und unserem individuellen Sein. Je weiter wir hinaufsteigen in die allgemeine Natur des Denkens, wo uns das Individuelle zuletzt nur mehr als Beispiel, als Exemplar des Begriffes interessiert, desto mehr verliert sich in uns der Charakter des besonderen Wesens, der ganz bestimmten einzelnen Persöhnlichkeit. Je weiter wir herabsteigen in die Tiefen des Eigenlebens und unsere Gefühle mitklingen lassen mit der Erfahrungen der Aussenwelt, desto mehr sondern wir uns ab von dem universellen Sein. Eine wahrhafte Individualität wird derjenige sein, der am weitesten hinaufreicht mit seinen Gefühlen in die Region des Ideelen. [...]
Ein völlig gedankenleeres Gefühlsleben müsste allmählich allen Zusammenhang mit der Welt verlieren. Die Erkenntnis der Dinge wird bei dem auf Totalität angelegten Menschen Hand in Hand gehen mit der Ausbildung und Entwickelung des Gefühslebens.
Das Gefühl ist das Mittel, wodurch die Begriffe zunächst konkretes Leben gewinnen.

  Fonte: GA 4, pp. 109-10, cap. IV, Die Menschliche Individualität (“A individualidade humana”). Ênfase do autor. Trad. VWS; rev. SALS. Na ed. traduzida, p. 58.

No conhecimento normal, como sujeitos do conhecimento, estamos conscientes de nosso pensar, de nossas vivências anímicas, por meio das quais conquistamos o conhecimento. [...] Procuramos os objetos, na medida em que observamos a natureza, a vida humana, na medida em que experimentamos algo. [...] Nós somos o sujeito, e o que nos confronta são os objetos.
Na pessoa que procura o conhecimento iniciático, ocorre uma orientação completamente diferente. Ela deve perceber que, como ser humano, ela é objeto e precisa procurar o sujeito pertinente a esse objeto. De modo que algo totalmente contrário deve ocorrer. [...] Enquanto nós focamos justamente o pensar, se posso expressar-me de maneira algo paradoxal, eu gostaria de dizer: no conhecimento normal nós pensamos sobre as coisas. No conhecimento da iniciação devemos procurar como somos pensados no cosmos.

In der gewöhnlichen Erkenntnis sind wir uns bewusst unseres Denkens, überhaupt unserer inneren Seelenelrebnisse, durch die wir uns Erkenntnis erwerben, als Subjekt der Erkenntnis. [...] Wir suchen die Objekte, indem wir die Natur beobachten, indem wir das Menschenleben beobachten, indem wir experimentieren. [...] Wir sind das Subjekt; das, was an uns herantritt, sind de Objekte.
Bei demjenigen Menschen, der Initiationserkenntnis anstrebt, tritt eine völlig andere Orientierung ein. Er muss gewahr werden, dass er als Mensch Objekt ist, und er muss zu diesem Objekte Mensch das Subjekt suchen. Also das völlige Entgegengesetzte muss eintreten. [...] Wenn ich mich etwas paradox ausdrücken darf, so möchte ich sagen, indem wir gerade auf das Denken abzielen: in der gewöhnlichen Erkenntnis denken wir über die Dinge nach. In der Initiationserkenntnis müssen wir suchen, wie wir degacht werden im Kosmos.

  Fonte: GA 305, palestra de 20/8/1922, pp. 77-78. Trad. VWS; rev. SALS.

Permanecer calmamente nas
Belezas da vida
Dá à alma a força do
Sentir.
O pensar claro nas
Verdades da existência
Traz ao espírito a luz do
Querer.

Ruhiges Verweilen an den
Schönheiten des Lebens
Gibt der Seele Kraft des
Fühlens.
Klares Denken an die
Wahrheiten des Daseins
Bringt dem Geiste Licht des
Wollens.

  Fonte: GA 40, p. 204. Na p. 295 está escrito que esse verso foi escrito em um Novo Testamento, em 4/4/1906. Trad. VWS.

Conhecimento do valor humano,
Sentimento da dignidade humana,
Querer em amor humano,

estes são os mais lindos frutos da vida, que são educados no ser humano por meio da vivência dos resultados da ciência espiritual.

Erkenntnis von Menschenwert,
Erfühlen von Menschenwürde,
Wollen in Menschenliebe,

das sind schönsten Lebensfrüchte, die sich im Menschen heranerziehen durch das Erleben gesiteswissenschaftlicher Ergebnisse.

  Fonte: GA 78, palestra de 5/9/1921, p. 90. Trad. VWS; rev. SALS.

Na origem está o pensamento,
E algo infinito é o pensamento,
E a vida do pensamento é a luz do Eu.
Queira o pensamento luminoso preencher
A escuridão de meu Eu,
Para que a escuridão de meu Eu o apreenda,
O pensamento vivo,
E viva e teça em sua origem divina.

Im Urbeginne ist der Gedanke,
Und ein Undendliches ist der Gedanke,
Und das Leben des Gedanken ist das Licht des Ich.
Erfüllen möge der leuchtende Gedanke
Die Fisternis meines Ich,
Dass ihn die Finsternis meines Ich ergreife,
Den lebendigen Gedanken,
Und lebe und webe in seinem göttlichen Urbeginn.

  Fonte: GA 40, p. 97. De uma palestra de 7/3/1914. Trad. VWS; rev. SALS. Obs.: este é um dos versos que Steiner deu como variação das primeiras linhas do Evangelho de João.

No pensar, clareza
No sentir, cordialidade,
No querer, prudência:
Almejando-as
Posso então esperar,
Que eu corretamente
Possa encontrar-me
Nas trilhas da vida
Diante de corações humanos
No âmbito do dever.
Pois clareza
Provém da luz da alma,
E cordialidade
Contém o calor espiritual,
Prudência
Intensifica a força da vida.
E tudo isso,
Em confiança em Deus anseia,
Em caminhos humanos conduz
A passos bons e seguros na vida .

Im Denken Klarheit,
Im Fühlen Innigkeit,
Im Wollen Besonnenheit:
Erstreb’ ich diese,
So kann ich hoffen,
Dass ich zurecht
Mich finden werde
Auf Lebenspfaden
Vor Menschenherzen
Im Pflichtenkreise.
Denn Klarheit
Entsammt dem Seelenlichte,
Und Innigkeit
Erhält die Geisteswärme,
Besonnenheit
Verstärkt die Lebenskraft.
Und alles dies
Erstrebt in Gottvertrauen,
Lenket auf Menschenwegen
Zu guten, sicheren Lebensschritten.

  Fonte: GA 40, p. 135. Trad. VWS; rev. SALS.

No meu pensar vivem pensamentos cósmicos,
Em meu sentir tecem potências cósmicas,
Em meu querer atuam seres do querer.

Eu quero reconhecer-me
Em pensamentos cósmicos,
Eu quero vivenciar-me
Em potências cósmicas,
Eu quero criar-me
Em seres do querer.

Assim eu não termino nos limites do cosmo
E nem nas amplidões do espaço,
Eu começo nos limites do cosmo
E nas amplidões do espaço

E termino finalmente em mim,
Reconhecendo-me em mim.

In meinem Denken leben Weltgedanken,
In meinem Fühlen weben Weltenmächte,
In meinem Wollen wirken Willenswesen.

Erkennen will ich mich
In Weltgedanken,
Erleben will ich mich
In Weltenmächten,
Erschaffen will ich mich
In Willenswesen.

So ende ich nicht bei Weltenenden
Und nicht bei Raumesweiten,
Ich beginne bei Weltenenden
Und bei Raumesweiten

Und ende erst bei mir,
Erkennend mich in mir.

  Fonte: GA 40, p. 87. Na p. 292 consta: “Caderno de anotações” (Notizblatt). Trad. VWS; rev. SALS.

Quando se diz que os pensamentos são pálidos, não se deve concluir que, para viver como ser humano, não se necessitam de pensamentos. Contudo, os pensamentos não deveriam ser tão fracos, a ponto de permanecerem na cabeça. Eles deveriam ser tão fortes, a ponto de fluir para baixo através do coração e de todo o ser humano, até os pés; pois é realmente melhor se, em lugar de simples glóbulos brancos e vermelhos, também pensamentos pulsarem no nosso sangue. É certamente valioso se o ser humano tem também um coração e não somente pensamentos. Mas o mais valioso ocorre, porém, quando os pensamentos possuem um coração. No entanto, nós perdemos isso totalmente. Não podemos mais descartar os pensamentos que foram trazidos nos últimos quatro a cinco séculos, mas esses pensamentos também devem receber um coração.

Wenn davon gesprochen wird, daß die Gedanken blaß sind, sollte man daraus aber nicht den Schluß ziehen, daß man keine Gedanken braucht, um als Mensch zu leben. Die Gedanken sollten nur nicht so schwach sein, daß sie im Kopfe oben sitzen bleiben. Sie sollten so stark sein, daß sie durch das Herz und durch den ganzen Menschen bis in die Füße hinunter strömen; denn es ist wahrhaft besser, wenn statt bloßer roter und weißer Blutkügelchen auch Gedanken unser Blut durchpulsen. Es ist gewiß wertvoll, wenn der Mensch auch ein Herz hat und nicht bloß Gedanken. Aber das Wertvollste ist, wenn die Gedanken ein Herz haben. Das haben wir jedoch ganz verloren. Die Gedanken, welche die letzten vier bis fünf Jahrhunderte gebracht haben, können wir nicht mehr ablegen; aber diese Gedanken müssen auch ein Herz bekommen.

  Fonte: GA 217, pp. 14-15, palestra de 3/10/1922. Original copiado de http://fvn-rs.net. Trad. VWS; rev. SALS. Na tradução anotada, pp. 12-13.

Nas amplas distâncias do universo
O ser humano conhecendo,
Nas profundezas da alma
As forças do universo vivenciando,
Assim alcança o ser humano
O saber correto do universo
Por meio de verdadeiro conhecimento de si próprio.

In weiten Weltenfernen
Erkennend Menschenwesen,
In Seelentiefen
Erlebend Weltenkräfte,
So erlangt der Mensch
Rechtes Weltenwissen
Durch wahre Selbsterkenntnis.

  Fonte: GA 61, p. 29, palestra de 19/10/1911. Trad. VWS; rev. SALS.

Conhecendo o mundo, o ser humano encontra a si próprio,
E conhecendo a si próprio, o mundo se lhe revela.

Der Mensch findet, erkennend die Welt, sich selbst,
Und erkennend sich selbst, offenbart sich ihm die Welt.

  Fonte: GA 40, p. 252. Na p. 279 está anotado “Para Wilhelm Nedella, de uma fotografia, 17/8/1920”. Trad. VWS..

O interior encontramos no exterior,
O exterior encontramos no interior.

Das Innere finden wir am Äußeren,
Das Äußere finden wir am Inneren.

  Fonte: GA 40, p. 107. Na p. 277 está anotado "Da palestra de 18/9/1916 do GA 171". Trad. VWS.

Todo o exterior deve estimular: autoconhecimento.
O interior deve ensinar: conhecimento cósmico.

Alles Äussere soll entzünden: Selbsterkenntnis.
Das Innere soll lehren: Welterkenntnis.

  Fonte: GA 171, palestra de 18/9/1916, p. 107. Trad. VWS, rev. SALS.

O desenvolvimento do ser humano é:
Acender no fogo anímico do amor
A sabedoria luminosa do espírito.

Entwicklung des Menschen ist:
Entzünden im Seelenfeuer der Liebe
Die leuchtende Weisheit des Geistes.

  Fonte: GA 40, p. 208. Na p. 283 consta: “Para a condessa Astrid Bethusy, de uma fotografia de Rudolf Steiner, 25/9/1909”. Trad. VWS. Trad. VWS.

Ilumina o Sol –
O que transportam de lá seus raios
Para flores e pedras
Tão poderosamente?

Tece a alma –
O que eleva a vida
Da crença à contemplação
De maneira tão ansiante?

Oh procura, tu alma
Em pedras o raio,
Em flores a luz –
Tu encontras a ti mesma.

Es leuchtet die Sonne –
Was tragen ihr Strahlen
Zu Blüten und Steinen
So machtvoll daher?

Es webet die Seele –
Was hebet das Leben
Aus Glauben zum Schauen
So sehnend hinauf?

O suche, du Seele
In Steinen den Strahl,
In Blüten das Licht
Du findest dich selbst.

  Fonte: GA 40, p. 47. Este é o primeiro verso de um grupo de quatro, com o título “Planetenantz”, “Dança dos Planetas”. Ritmos assinalados: anfíbraco/iambo.Trad. VWS; rev. SALS.

Conhecimento verdadeiro de si próprio só é dado ao ser humano,
Quando ele desenvolve interesse afetuoso para com os outros;
Conhecimento verdadeiro do mundo o ser humano só alcança,
Quando ele procura compreender seu próprio ser.

Wirkliche Selbsterkenntnis wird dem Menschen nur zuteil,
Wenn er liebevolles Interesse entwickelt für andere;
Wirkliche Welterkenntnis erlangt der Mensch nur,
Wenn er das eigene Wesen zu verstehen sucht.

  Fonte: GA 40, p. 227. Trad. VWS.

Queres conhecer-te a ti próprio,
Olha no mundo para todos os lados.
Queres conhecer o universo,
Olha em todas tuas próprias profundezas.

Willst du dich selbst erkennen,
Blicke in der Welt nach allen Seiten.
Willst du die Welt erkennen,
Schaue in all deine eigenen Tiefen.

  Fonte: GA 40, p. 158, palestra de 9/11/1923. Trad. VWS.

Conhece o ser humano a si próprio:
O si próprio torna-se para ele o universo;
Conhece o ser humano o universo:
O universo torna-se para ele o si próprio.

Erkennt der Mensch sich selbst:
Wird ihm das Selbst zur Welt;
Erkennt der Mensch die Welt:
Wird ihm die Welt zum selbst.

  Fonte: GA 40, p. 249. Ritmo assinalado: iambo. Trad. VWS.

Conhece-te a ti próprio
Conhece o mundo em teu interior
Conhece-te no fluxo do mundo.

Erkenne dich selbst.
Erkenne die Welt an deinem Innern.
Erkenne dich im Strome der Welt.

  Fonte: GA 40, p. 77. Na p. 283 está anotado "Ver o ciclo de palestras de Berlin 1909/1910" [deve ser o GA 58]. Trad. VWS.

Procura na periferia do universo:
E te encontras como ser humano;
Procura no próprio interior humano:
E tu encontras o universo.

Suche im Umkreis der Welt:
Und du findest dich als Mensch;
Suche im eignen menschlichen Innern:
Und du findest die Welt.

  Fonte: GA 40, p. 249. Trad. VWS; rev.: GYS.

Quer-se resolver o enigma do mundo?
Só se o resolve,
Quando, em contemplação, se conhece o ser humano,
Pois ele próprio é a solução do enigma do mundo.

Das Rätsel der Welt will man lösen?
Doch man löst es nur,
Wenn man schauend den Menschen erkennt,
Denn er ist selbst die Lösung des Rätsels der Welt.

  Fonte: GA 40, p. 231. Na p. 277 está anotado “Para Helene Röchling no livro ‘Os Enigmas da Alma’ [GA 21]”. Trad. VWS; rev. SALS.

Procura em teu próprio ser,
E encontras o universo;
Procura no imperar do mundo:
E encontras a ti próprio;
Note o pulsar do pêndulo
Entre o si próprio e o universo;
A ti se revela
A entidade do cosmo do ser humano;
A entidade do ser humano do cosmo.

Procura no interior de tua alma:
Encontras o enigma do universo
E então confia na vida
E por ela deixa ensinar-te:
Tu vives então a solução do enigma do universo.

Suche im eigenen Wesen,
Und du findest die Welt;
Suche im Weltenwalten:
Und du findest dich selbst;
Merke den Pendelschlag
Zwischen Selbst und Welt;
Und dir offenbart sich
Menschen-Welten-Wesen;
Welten-Menschen-Wesen.

In deiner Seele Innerem suche:
Du findest die Rätsel der Welt;
Und dann vertrau dem Leben
Und lass von ihm dich belehren:
Du lebst dann der Weltenrätsel Lösung.

  Fonte: GA 40, p. 237. Trad. VWS; rev. SALS.

Trevas, Luz, Amor

Compactuar com a matéria,
Significa triturar almas.

Encontrar-se em espírito,
Significa unir pessoas.

Contemplar-se no ser humano,
Significa construir mundos.

Finsternis, Licht, Liebe

Dem Stoff sich verschreiben,
Heisst Seelen zerreiben.

Im Geiste sich finden,
Heisst Menschen verbinden.

Im Menschen sich schauen,
Heisst Welten erbauen.

(Versão de Cláudio Berthalot *)

À matéria se atar,
É almas triturar.

No espírito se encontrar,
É homens aliar.

No homem se mirar,
É mundos edificar

  Fonte: GA 40, p. 171, palestra de 17/4/1924 do GA 309, p. 77. Ritmo assinalado: anfíbraco. Trad. SALS. Este verso encontra-se também no GA 308, palestra de 11/4/1924, p. 88. Veja um vídeo com esse verso lindamente cantado, mostrando fotos de Steiner, do 1º Goetheanum etc. (*) Col. LJ.

Procurar o “sentido da vida”, significa dirigir-se para dentro do labirinto da alma; não adianta nada, a partir desse labirinto, novamente reencontrar-se no ar livre da realidade comum; pois, tendo retornado, perdeu-se assim outra vez o “sentido da vida”.

Den “Sinn des Lebens” suchen, heisst sich in das Labyrinth der Selele begeben; es hilft nichts, sich aus diesen Labyrinth wieder ins Freie der gemeinen Wirklichkeit zurückzufinden; denn ist man wieder zurück: hat man auch wieder den “Sinn des Lebens” verloren.

  Fonte: GA 40, p. 198. Trad. VWS; rev. SALS.

A vida é uma escola.
Ventura àquele que se sai bem na prova!

Das Leben ist eine Schule.
Wohl dem, welcher die Prüfung besteht!

  Fonte: GA 40, p. 203. Na p. 277 está anotado: “No álbum de uma criança, 14/3/1906”. Trad. VWS; rev. SALS.

Eu quero aprender,
Eu quero trabalhar,
Eu quero trabalhar aprendendo,
Eu quero aprender trabalhando.

Ich will lernen,
Ich will arbeiten,
Ich will lernend arbeiten,
Ich will arbeitend lernen.

  Fonte: GA 40, p. 251. Na p. 289 está anotado que vem da palestra de 3/8/1919 [no atual GA 192]. Trad. VWS.

A ação do ser humano iluminada por sabedoria
E aquecida por amor concretiza o sentido do mundo.

Den Sinn der Welt verwirklicht die von Weisheit erleuchtete
Und von Liebe durchwärmte Tat des Menschen.

  Fonte: GA 40, p. 205. Na p. 278 está que esse verso foi escrito em um caderno de pensamentos de L. Kleeberg, em 8/1906. Trad. VWS; rev. SALS.

No momento em que desculpares, perante ti próprio, uma de tuas fraquezas, terás colocado uma pedra no caminho que deverá conduzir-te para o alto.

In dem Augenblicke, wo du irgend eine deiner Schwächen vor dir selbst entschuldigst, hast du mir einen Stein hingelegt auf den Weg, der dich aufwärts führen soll

  Fonte: HH 98, p. 52. De RE 83. Retradução: VWS; rev. SALS.

Oração dos sinos da noite

Admirar o belo,
Proteger o verdadeiro,
Venerar o nobre,
Decidir o bom:
Conduz o ser humano
A objetivos na vida,
Ao correto no agir,
À paz no sentir,
À luz no pensar;
E ensina-o a confiar
No reinar divino
Em tudo o que existe:
No universo,
Na profundeza da alma.

Abendglockengebet

Das Schöne bewundern,
Das Wahre beten,
Das Edle verehren,
Das Gute beschliessen:
Es führet den Menschen
Im Leben zu Zielen,
im Handeln zum Rechten,
Im Fühlen zum Frieden,
Im Denken zum Lichte;
Und lehrt ihn vertrauen
Auf göttliches Walten
In allem, was ist:
Im Weltenall,
Im Seelengrund.

(Tradução de autor desconhecido)

Admira a beleza,
Defende a verdade,
Venera a nobreza,
Escolhe a bondade!
Assim é que o homem
Se conduzido,
Às metas na vida;
Aos retos caminhos
Na hora em que age:
À paz, quando sente;
À luz, quando pensa;
E aprende a confiar na
Regência divina
De tudo o que
No vasto cosmo,
No fundo d’alma.

  Fonte: GA 40, p. 84. Na p. 277 consta sobre esse verso a seguinte dedicatória escrita por Steiner: “Para o menino de 8 anos P.G. 1913”. Ritmo assinalado: anfíbraco/iambo. Trad. VWS; rev. SALS. Obs.: na 7a. linha, “sentir” é de “ter sentimentos”, e não de “ter sensações”. Col. da tradução de autor desconhecido: LJ.

Alegrias são dádivas do destino,
Que demonstram seu valor no presente.
Sofrimentos, ao contrário, são fontes do conhecimento
Cujo significado se mostra no futuro.

Freuden sind Geschenke des Schicksals,
Die ihren Wert in der Gegenwart erweisen.
Leiden dagegen sind Quellen der Erkenntnis,
Deren Bedeutung sich in der Zukunft zeigt.

  Fonte: GA 40, p. 205. Na p. 286 está anotado “Para Eugenie von Bredow, de uma fotografia de Rudolf Steiner, Berlin, 2/2/1906”. Trad. VWS.

Alegrias devem ser consideradas dádivas divinas do presente,
Dores, no entanto, ensinamentos para o futuro.

Freuden nehme man als göttliche Gaben der Gegenwart,
Schmerzen aber als Lehren für die Zukunft.

  Fonte: GA 40, p. 203. Na p. 286 está anotado “Para a condessa Astrid Bethusy, de uma fotografia de Rudolf Steiner, 14/6/1905”. Trad. VWS; rev. SALS.

Queremos trabalhar deixando fluir para dentro do nosso trabalho aquilo que, partindo do mundo espiritual, deseja tornar-se humano em nós também de um modo anímico-espiritual e de um modo físico-corpóreo.

Wir wollen arbeiten, indem wir einfliessen lassen in unsere Arbeit dasjenige, was aus der geistigen Welt heraus auch auf seelisch-geistige Weise und auf leiblich-physische Weise in uns Mensch werden will.

  Fonte: GA 302, p. 176. Col. LL. Rev. SALS.

Procurem a vida realmente prática material
Mas procurem-na de tal modo, que ela não os atordoe
   por meio do espírito, que nela atua.
Procurem o espírito,
Mas não o procurem na volúpia suprassensível,
  a partir de egoísmo suprassensível,
Porém, procurem-no
Por desejarem, altruísticamente, aplicá-lo
  na vida prática, no mundo material.
Apliquem o antigo lema:
“O espírito não existe sem a matéria, a matéria nunca sem o espírito”
  de tal modo, que digam:
Queremos realizar todo o material à luz do espírito,
E queremos procurar a luz do espírito de tal maneira,
Que ela nos desenvolva calor para nosso atuar prático.

O espírito, que é por nós dirigido para a matéria,
A matéria, que é por nós elaborada até sua manifestação,
Por meio da qual ela expele de si própria o espírito,
A matéria, que tem o espírito manifesto por nós,
O espírito, que nós aproximamos da matéria,
Constroem aquela existência viva,
Que pode trazer a humanidade para o progresso real,
Para aquele progresso que, pelos melhores,
  somente pode ser almejado nos mais profundos
  recônditos das almas do presente.

Suchet das wirkliche praktische materielle Leben
Aber suchet es so, dass es euch nicht betäubt
  über den Geist, der in ihm wirksam ist.
Suchet den Geist,
Aber suchet ihn nicht in Übersinnlicher Wollust,
  aus Übersinnlichem Egoismus,
Sondern suchet ihn,
Weil ihr ihn selbstlos im praktischen Leben,
  in der materiellen Welt anwenden wollt.
Wendet an den alten Grundsatz:
“Geist ist niemals ohne Materie, Materie niemals ohne Geist”
  in der Art, dass ihr sagt:
Wir wollen alles Materielle im Lichte des Gesites tun,
Und wir wollen das Licht des Geistes so suchen,
Dass es uns Wärme entwickele für unser praktisches Tun.

Der Geist, der von uns in die Materie geführt wird,
Die Materie, die von uns bearbeitet wird bis zu ihrer Offenbarung,
Durch die sie den Geist aus sich selber heraustreibt;
Die Materie, die von uns den Geist offenbart erhält;
Der Geist, der von uns an die Materie herangetrieben wird,
Die bilden dasjenige lebendige Sein,
Welches die Menschheit zum wirklichen Fortschritt bringen kann,
Zu demjenigen Fortschritt, der von den Besten
  in den tiefsten Untergründen der
  Gegenwartsseelen nur ersehnt werden kann.

  Fonte: GA 40, pp. 116-7. Na p. 297 consta: “Palestra em Stuttgart, 24/9/1919” (GA 192?). Trad. VWS; rev. SALS.

Procure pela luz do caminho!
No entanto, você procura em vão, enquanto
Você próprio não se tornar luz.

Suche nach dem Licht des Weges!
Doch suchst du vergebens, so du
Nicht selbst Licht wirst.

  Fonte: GA 40, p. 204. Na p. 297 consta “Para Marie von Sivers” [futura esposa de Steiner], no livro Luz no Caminho, de Mabel Collins, 1906. Trad. VWS.

Quem sempre anseia pelo espírito,
Pode, certamente, ter a esperança,
De que no tempo certo
Não estará sem a orientação do espírito.

Wer stets zum Geiste strebt,
Der darf unverzagt hoffen,
Dass er zur rechten Zeit
Nicht ohne des Geites Führung ist.

  Fonte: GA 40, p. 204. Na p. 299 consta sobre esse verso que ele foi escrito por Steiner em uma de suas fotos dadas para uma senhora em 15/5/1906. Trad. VWS; rev. SALS.

Toda cognição que tu aspiras com o único fito de enriquecer teus conhecimentos pessoais, apenas para acumular tesouros em ti, desviar-te-á do teu caminho; toda cognição, porém, que procuras para tornar-te mais maduro no caminho do enobrecimento humano e da evolução cósmica far-te-á avançar um passo.

Jede Erkenntnis, die du suchst, nur um dein Wissen zu bereichern, nur um Schätze in dir anzuhäufen, führt dich ab von deinem Wege; jede Erkenntnis aber, die du suchst, um reifer zu werden auf dem Wege der Menschenveredelung und der Weltenentwickelung, die bringt dich einen Schritt vorwärts.

  Fonte: GA 10, cap. “O conhecimento dos mundos superiores”, pp. 22-23. Original copiado de http://fvn-rs.net.

Toda idéia que, para ti, não se torna um ideal, mata uma força em tua alma;
toda idéia, porém, que se torna um ideal gera forças vitais em ti.
Jede Idee, die dir nicht zum Ideal wird, ertötet in deiner Seele eine Kraft; jede Idee, die aber zum Ideal wird, erschafft in dir Lebenskräfte.
  Fonte: GA 10, cap. “As condições para a disciplina oculta”, p. 23. Retrad. VWS. Col. VV. Original copiado de http://fvn-rs.net.

Algo que eu não amo, não se me pode revelar. Etwas, das ich nicht liebe, kann sich mir nicht offenbaren.
  Fonte: GA 10, cap. “As condições para a disciplina oculta”, p. 77. Original copiado de http://fvn-rs.net.

Com clareza, o ser humano só vê no mundo exterior,
O que consegue irradiar com a luz de seu interior.

Der Mensch sieht nur das klar in der Außenwelt,
Was er mit dem Lichte seines Inneren bestrahlen kann.

  Fonte: GA 40, p. 196. Na p. 279 está anotado “Para o pintor Curt Liebich, Weimar, 13/6/1891”. Trad. VWS; rev. SALS.

Cognição

Sim, quem observa o mundo sem preconceito, sabe: com direcionamentos e com pontos de vista acontece que eles são precisamente isso: pontos de vista. Se eu tiver aqui uma árvore e a fotografo, dou aos senhores um retrato. O retrato é certamente formado daqui; o retrato tem uma aparência daqui, outra de lá, e os senhores poderiam dizer, se julgassem apenas a partir desse retrato: não se trata da mesma árvore. Assim há no mundo pontos de vista, concepções de mundo. Eles são sempre concebidos de um lado. Somente não se tornará um fanático, mas adequa-se à pluralidade, numa necessária universalidade, aquele que sabe que se deve observar as coisas dos lados mais diversos.

Ja, wer die Welt unbefangen betrachtet, der weiss: mit Richtungen und mit Standpunkten ist es eben so, dass es eben Standpunkte sind. Wenn ich einen Baum hier habe un ihn photographiere, gebe ich Ihnen ein Bild. Das Bild ist bestimmt gestaltet von hier; das Bild schaut anders aus von hier, das Bild schaut wieder anders von dort; während Sie sagen können: Das ist ja nicht derselbe Baum –, wenn Sie ihn nur nach dem einen Bilde beurteilen. So gibt es in der Welt Standpunkte, Weltanschauungen. Sie sind immer nur von der einen Seite aus gefasst. Nur derjenige wird nicht fanatisch, sondern lebt sich ein in Allseitigkeit, in eine Notwendige Universalität, der weiss, dass man die Dinge von den verschiedensten Seiten betrachten muss.

  Fonte: GA 305, palestra de 25/8/1922, p. 179. Ênfase do original. Trad. VWS; rev. SALS.

O ser humano só vê claramente no mundo exterior,
O que ele pode irradiar com a luz de seu interior.

Der Mensch sieht nur das klar in der Aussenwelt,
Was er mit dem Lichte seines Inneren bestrahlen kann.

  Fonte: GA 40, p. 196. Trad. VWS; rev. SALS.

Erguemos esse [um] muro divisório entre nós e o mundo tão logo a consciência desperta em nós. Mas nunca perdemos o sentimento de que, mesmo assim, pertencemos ao mundo, de que existe um vínculo que nos une a ele, e de que não somos um ente situado fora, porém dentro do universo.

Diese Scheidewand zwischen uns und der Welt errichten wir, sobald das Bewusstsein in uns aufleuchtet. Aber niemals verlieren wir das Gefühl, dass wir doch zur Welt gehören, dass ein Band besteht, das uns mit ihr verbindet, dass wir nicht ein Wesen außerhalb, sondern innerhalb des Universums sind.

  Fonte: GA 4, p. 28. Na edição brasileira, p. 11. Trad. VWS, rev. SALS.

O nível mais elevado na vida individual é o pensar conceitual sem considerar um determinado conteúdo de percepção. [Nesse caso] Determinamos o conteúdo de um conceito por meio de pura intuição a partir da esfera ideal [das ideias]. Então, inicialmente, um tal conceito não possui uma relação com determinadas percepções. Quando penetramos na vontade sob a influência de um conceito que aponta para uma percepção, isto é, uma representação mental, então essa percepção nos determina pelo desvio feito por meio do pensamento conceitual. Quando agimos sob a influência de intuições, a mola propulsora de nossa ação é o pensar puro.

Die höchste Stufe des individuellen Lebens ist das begriffliche Denken ohne Rücksicht auf einen bestimmten Wahrnehmungsgehalt. Wir bestimmen den Inhalt eines Begriffes durch reine Intuition aus der ideelen Sphäre heraus. Ein solcher Begriff enthält dann zunächst keinen Bezug auf bestimmte Wahrnehmungen. Wenn wir unter dem Einflusse eines auf eine Wahrnehmung deutenden Begriffes, das ist einer Vorstellung, in das Wollen eintreten, so ist es diese Wahnehmung, die uns auf dem Umwege durch das begriffliche Denken bestimmt. Wenn wir unter dem Einflusse von Intuitionen handeln, so ist die Triebfeder unseres Handelns das reine Denken.

  Fonte: GA 4, p. 115, cap. IX, Die Idee der Freiheit (“A ideia da liberdade”). Ênfase do autor. Trad. VWS; rev. SALS. Na ed. traduzida, p. 109.

O pensar é o tradutor,
Que os gestos da vivência
Traduz para a linguagem da razão.

Das Denken ist der Dolmetsch,
Welcher die Gebärden der Erfahrung
In die Sprache der Vernunft übersetzt.

  Fonte: GA 40, p. 208. Na p. 277 está anotado “Caderno de visitas da família Rietman, St. Gallen, 21/11/1909”. Trad. VWS.

Para toda pessoa dotada da faculdade de observar o pensar (e, com boa vontade, pode possuí-la todo homem normal), esta observação é a mais importante que pode fazer – pois ela observa algo cujo surgimento ela mesma provoca; ao observar seu próprio pensar, o observador não se situa frente a um objeto estranho, mas frente à sua própria atividade. Sabe como se produz o que observa e pode perscrutar suas relações e conexões. Alcança então um firme ponto de apoio, a partir do qual pode procurar, com fundadas esperanças, a explicação para os demais fenômenos do mundo.
O sentimento relativo à posse deste firme ponto de apoio foi o que moveu Descartes, fundador da filosofia moderna, a fundamentar todo o saber humano na célebre frase: Penso, logo existo. Todos os demais objetos, todos os demais acontecimentos, têm uma existência independente de mim; não sei se como verdade ou como ilusão ou sonho. A única coisa sei que sei existir com absoluta certeza, já que sou eu mesmo que o traz à sua indubitável existência, é o meu pensar.

Für jeden aber, der die Fähigkeit hat, das Denken zu beobachten - und bei gutem Willen hat sie jeder normal organisierte Mensch -, ist diese Beobachtung die allerwichtigste, die er machen kann. Denn er beobachtet etwas, dessen Hervorbringer er selbst ist; er sieht sich nicht einem zunächst fremden Gegenstande, sondern seiner eigenen Tätigkeit gegenüber. Er weiß, wie das zustande kommt, was er beobachtet. Er durchschaut die Verhältnisse und Beziehungen. Es ist ein fester Punkt gewonnen, von dem aus man mit begründeter Hoffnung nach der Erklärung der übrigen Welterscheinungen suchen kann.
Das Gefühl, einen solchen festen Punkt zu haben, veranlaßte den Begründer der neueren Philosophie, Renatus Cartesius, das ganze menschliche Wissen auf den Satz zu gründen: Ich denke, also bin ich. Alle andern Dinge, alles andere Geschehen ist ohne mich da; ich weiß nicht, ob als Wahrheit, ob als Gaukelspiel und Traum. Nur eines weiß ich ganz unbedingt sicher, denn ich bringe es selbst zu seinem sichern Dasein: mein Denken.

  Fonte: GA 4, p. 46. Na tradução brasileira, cap. III “O pensar a serviço da compreensão do mundo”, pp. 21-2. Ênfase do autor.

Ao fazer do pensar um objeto da observação, adiciona-se ao conteúdo do mundo normalmente observado algo que, via de regra, escapa à atenção; mas, não se varia a maneira como o ser humano se comporta frente aos outros objetos. Aumenta-se o o número de objetos de observação, mas não o método de observação. Enquanto observamos as demais coisas, junta-se ao acontecimentos do mundo (no qual incluo, agora, o ato de observar) um processo que, habitualmente não é tomado em consideração. É algo que existe diferentemente de todos os outros acontecimentos, e que não é levado em conta. Se eu observar o meu pensar, porém, inexiste qualquer elemento que não seja levado em conta, pois o que paira no fundo nada é senão o próprio pensar. Sob o ponto de vista qualitativo são iguais, então, o objeto observado e a atividade mental que a ele se dirige. Isso é outra peculiaridade do pensar: ao convertê-lo em objeto de observação, não somos obrigados a fazê-lo com o auxílio de algo qualitativamente diverso, mas podemos permanecer sempre no mesmo elemento.

Wenn man das Denken zum Objekt der Beobachtung macht, fügt man zu dem übrigen beobachteten Weltinhalte etwas dazu, was sonst der Aufmerksamkeit entgeht; man ändert aber nicht die Art, wie sich der Mensch auch den andern Dingen gegenüber verhält. Man vermehrt die Zahl der Beobachtungsobjekte, aber nicht die Methode des Beobachtens. Während wir die andern Dinge beobachten, mischt sich in das Weltgeschehen - zu dem ich jetzt das Beobachten mitzähle – ein Prozeß, der übersehen wird. Es ist etwas von allem andern Geschehen verschiedenes vorhanden, das nicht mitberücksichtigt wird. Wenn ich aber mein Denken betrachte, so ist kein solches unberücksichtigtes Element vorhanden. Denn was jetzt im Hintergrunde schwebt, ist selbst wieder nur das Denken. Der beobachtete Gegenstand ist qualitativ derselbe wie die Tätigkeit, die sich auf ihn richtet. Und das ist wieder eine charakteristische Eigentümlichkeit des Denkens. Wenn wir es zum Betrachtungsobjekt machen, sehen wir uns nicht gezwungen, dies mit Hilfe eines Qualitativ-Verschiedenen zu tun, sondern wir können in demselben Element verbleiben.

  Fonte: GA 4, pp. 47-8. Na edição brasileira, cap. III “O pensar a serviço da compreensão do mundo”, p. 22. Retrad. VWS.

Eu não creio, e digo-o francamente, que não pode chegar a um conhecimento verdadeiramente científico-espiritual aquele que, no sentido estrito da palavra, não tiver obtido uma disciplina científica, não aprendeu a pesquisar e pensar nos laboratórios e por meio do método da nova ciência natural."

Ich glaube deshalb auch nicht und sage das ganz unumwunden, daß zu einem wirklichen geisteswissenschaftlichen Erkennen derjenige kommen kann, der nicht im strengen Sinne des Wortes eine naturwissenschaftliche Disziplin sich erworben hat, der nicht forschen und denken gelernt hat in den Laboratorien und durch die Methode der neueren Naturwissenschaft.

  Fonte: GA 322, palestra de 29/9/1920, p.32 . Trad. VWS.

Nunca fale sobre os limites do conhecimento humano,
Mas somente sobre o limite de seu próprio conhecimento.

Sprich nie von Grenzen der menschlichen Erkenntnis,
Sondern nur von den Grenzen der Deinen.

  Fonte: GA 40, p. 191. Na p. 296 está anotado “Dedicatória em um livro”. Trad. VWS; rev. SALS.

Nosso pensar nos une com o mundo; nosso sentir nos conduz a nós próprios, fazendo de nós um indivíduo. Se fôssemos siplesmente seres pensantes e dotados de percepção, toda a nossa vida transcorreria numa indiferença total. Se apenas nos reconhecêssemos como nós mesmos, nós nos seríamos completamente indiferentes. Apenas porque, com o autoconhecimento, temos a sensação do sentimento de nós mesmos, e com a percepção das coisas temos a sensação de prazer e dor, vivemos como seres individuais, cuja existência não se esgota com a relação conceitual, na qual eles se encontram em relação ao resto do mundo, mas que possuem ainda um valor especial para si mesmos.

Unser Denken verbindet uns mit der Welt; unser Fühlen fährt uns in uns selbst zurück, macht uns erst zum Individuum. Wären wir bloß denkende und wahrnehmende Wesen, so müßte unser ganzes Leben in unterschiedloser Gleichgültigkeit dahinfließen. Wenn wir uns bloß als Selbst erkennen könnten, so wären wir uns vollständig gleichgültig. Erst dadurch, daß wir mit der Selbsterkenntnis das Selbstgefühl, mit der Wahrnehmung der Dinge Lust und Schmerz empfinden, leben wir als individuelle Wesen, deren Dasein nicht mit dem Begriffsverhältnis erschöpft ist, in dem sie zu der übrigen Welt stehen, sondern die noch einen besonderen Wert für sich haben.

  Fonte: GA 4, p. 109, ênfase do autor. Trad. VWS. Outra versão encontra-se na edição brasileira, cap. VI “A individualidade humana”, p. 58.

Nossa vida é uma contínua oscilação entre a nossa participação no processo universal e nossa existência individual. Quanto mais longe ascendemos à natureza universal do pensar, onde o individual só nos interessa como um exemplo, como uma amostra do conceito, tanto mais se perde em nós o caráter do ser particular, da personalidade única bem determinada. Quanto mais longe nos aprofundamos em nossa própria vida, e permitimos que nossos sentimentos vibrem em uníssono com as experiências do mundo exteriror, tanto mais nos afastamos da existência universal. Uma individualidade no verdadeiro sentido da palavra torna-se aquela que com seus sentimentos se eleva o mais alto possível na região das ideias [ideativa]. Existem pessoas nas quais até as ideias mais gerais, que se fixam em suas cabeças, possuem aquele matiz peculiar que mostra de modo inequívoso sua conexão com quem as expõe. Existem outras, por outro lado, cujos conceitos vêm a nos sem qualquer vestígio de individualidade, como se não procedessem de um ser humano de carne e osso.
[...] Uma vida de sentimentos totalemente desprovida de pensar perderia gradulamente toda conexão com o mundo. Toda pessoa que preza uma vivência total procurará, junto com o conhecimento das coisas, o cultivo e o desenvolvimento da vida dos sentimentos.
O sentimento é o meio pelo qual os conceitos adquirem uma vida concreta.

Unser Leben ist ein fortwährendes Hin- und Herpendeln zwischen dem Mitleben des allgemeinen Weltgeschehens und unserem individuellen Sein. Je weiter wir hinaufsteigen in die allgemeine Natur des Denkens, wo uns das Individuelle zuletzt nur mehr als Beispiel, als Exemplar des Begriffes interessiert, desto mehr verliert sich in uns der Charakter des besonderen Wesens, der ganz bestimmten einzelnen Persönlichkeit. Je weiter wir herabsteigen in die Tiefen des Eigenlebens und unsere Gefühle mitklingen lassen mit den Erfahrungen der Außenwelt, desto mehr sondern wir uns ab von dem universellen Sein. Eine wahrhafte Individualität wird derjenige sein, der am weitesten hinaufreicht mit seinen Gefühlen in die Region des Ideellen. Es gibt Menschen, bei denen auch die allgemeinsten Ideen, die in ihrem Kopfe sich festsetzen, noch jene besondere Färbung tragen, die sie unverkennbar als mit ihrem Träger im Zusammenhange zeigt. Andere existieren, deren Begriffe so ohne jede Spur einer Eigentümlichkeit an uns herankommen, als wären sie gar nicht aus einem Menschen entsprungen, der Fleisch und Blut hat.
[...] Ein völlig gedankenleeres Gefühlsleben müßte allmählich allen Zusammenhang mit der Welt verlieren. Die Erkenntnis der Dinge wird bei dem auf Totalität angelegten Menschen Hand in Hand gehen mit der Ausbildung und Entwickelung des Gefühlslebens.
Das Gefühl ist das Mittel, wodurch die Begriffe zunächst konkretes Leben gewinnen.

  Fonte: GA 4, pp. 110-1. Na versão brasileira, cap. VI “A individualidade humana”, pp. 58-9. Rev. VWS..

Quem reflete e repara, mesmo que só um pouco, no processo que vivencia em sua alma quando se aproxima de qualquer tipo de conhecimento, poderá experimentar em si próprio que um caminho saudável para o conhecimento sempre tem seu ponto de partida na admiração, na surpresa sobre algo. Essa admiração, essa surpresa da qual tem de começar todo processo cognitivo, pertence justamente àquelas vivências anímicas que temos de considerar como as que trazem nobreza e vida ao que é sóbrio. Pois, o que seria qualquer conhecimento instalado em nossa alma, que não partisse da admiração? Seria, na verdade, um conhecimento totalmente imerso em sobriedade e pedantismo. Somente o processo que se passa na alma e que transcende a surpresa, partindo dela e conduzindo à felicidade alcançada pela solução dos enigmas, constitui o aspecto nobre e intimamente vivo do processo cognitivo. Em realidade, dever-se-ia sentir o elemento seco e ressecante de um conhecimento não emoldurado por esses dois movimentos da alma. O conhecimento sadio está emoldurado por admiração e felicidade diante do enigma solucionado.

Wer nur ein wenig reflektiert und acht gibt den ganzen Vorgang in Erleben seiner Seele, wie er sich nähert irgendein Wissen, der wird schon an sich selbst erfahren können, dass ein gesunder Weg zum Wissen immer seinen Ausgangspunkt findet von dem Staunen, von der Verwunderung über irgend etwas. Dieses Staunen, diese Verwunderung, von der jeder Wissensprozess auszugehen hat, gehört geradezu zu jenen seelischen Erlebnissen, die wir bezeichnen müssen als diejenigen, welche in alles Nüchterne Hoheit und Leben hineinzubringen. Denn was wäre irgeindein Wissen, das in unserer Seele Platz greift, das nicht ausginge von dem Staunen? Es wäre wahrhaftig ein Wissen, das ganz eingetaucht sein müsste in Nüchternheit, in Pedanterie. Allein jener Prozess, der sich abspielt in der Seele, der von der Verwunderung hinführt zu der Beseligung, die wir empfangen von dem gelösten Rätseln, und der sich zuerst über der Verwunderung erhoben hat, macht das Hoheitsvolle und das innerlich Lebendige des Wissensprozesses aus. Man sollte eigentlich fühlen das Trockene und Vertrockene eines Wissens, das nicht von diesen beiden Gemütsbewegung sozusagen eingesäumt ist. Eingerahmt von Staunen und von Beseligung über das gelöste Rätsel ist das gesunde Wissen.

  Fonte: GA 132, palestra de 5/12/1911, p. 82. Trad. SALS; rev. VWS.

Dança da paz

Germinam desejos da alma
Crescem ações do querer
Amadurecem frutos da vida.

Eu sinto meu destino,
Meu destino me encontra.
Eu sinto minha estrela,
Minha estrela me encontra.
Eu sinto minhas metas,
Minhas metas me encontram.

Minha alma e o mundo são somente um.

A vida, fica mais clara ao meu redor,
A vida, fica mais difícil para mim,
A vida, fica mais rica em mim.

Aspire a paz,
Viva em paz,
Ame a paz.

Friedenstanz

Es keimen der Seele Wünsche,
Es wachsen des Willens Taten,
Es reifen des Lebens Früchte.

Ich fühle mein Schicksal,
Mein Schicksal findet mich.
Ich fühle meinen Stern,
Mein Steirn findet mich.
Ich fühle meine Ziele,
Meine Ziele finden mich.

Meine Seele und die Welt sind Eines nur.

Das Leben, es wird heller um mich,
Das Leben, es wird schwerer für mich,
Das Leben, es wird reicher in mir.

Strebe nach Frieden,
Lebe in Frieden,
Liebe den Frieden.

  Fonte: GA 40, p. 174. Ver também ZA 10, p. 139 e HH 98, p. 27.Trad. VWS; rev. SALS.

Desenvolvimento social

A verdade vivenciada em conjunto
É força de vida na aspiração da humanidade.

Gemeinsam erlebte Wahrheit
Ist Lebenskraft im Menschheitstreben.

  Fonte: GA 40, p. 226. Na p. 287 está anotado “Para Johanna Mücke no livro ‘Os Enigmas da Alma’ [GA 21], Berlin, 1916”. Trad. VWS..

Por que falamos hoje em dia tanto sobre a questão social? Porque nós nos tornamos completamente antissociais. Fala-se normalmente de maneira teórica principalmente sobre aquilo que não está presente na sensação e no instinto. Sobre o que neles está presente, não se fala teoricamente. Se houvesse sensibilidade social na humanidade, ouvir-se-ia muito pouco sobre teorias e agitações sociais. O ser humano torna-se teórico em algum campo quando lhe falta algo. Em verdade, as teorias são sempre sobre algo que não é real. Mas devemos hoje procurar a vida real, é isso que importa. Isso requer mais esforço do que desenvolver uma teoria. Mas o progresso humano não vai para frente, se ele não penetra realmente na vida, pois o espírito teórico é o que desintegrou nosso mundo, o que hoje aproxima nossa civilização do caos. E o espírito de vida é o único que pode conduzir-nos para frente.

Warum reden wir heute so viel von der sozialen Frage? Weil wir durch und durch antisozial geworden sind. Man redet gewöhnlich theoretisch am allermeisten von dem, was in der Empfindung und in dem Instinkt nicht da ist. Was in der Empfindung un im Instinkt da ist, darúber redet man theoretisch nicht. Wäre soziale Empfindung in der Menschheit, würde man furchtbar wenig von sozialen Theorien und sozialen Agitationen hören. Theoretiker auf irgendeinem Gebiete wird der Mensch, wenn er etwas nicht hat. Die Theorien sind eingeintlich immer über dasjenige da, was nicht real ist. Aber wir müssen heute das reale Leben suchen, darauf kommt es vor allen Dingen an. Das erfordert mehr Mühe, als eine Theorie ausdenken. Aber der menschliche Fortschritt kommt auch in nichts weiter, wenn er sich nicht in das Leben wirklich hineinfindet, denn der theoretische Geist ist es, der unsere Welt heute zerklüftet hat, der unsere Zivilisation heute dem Chaos nahe bringt; der theoretische Geist ist es. Und der Lebensgeist, er wird uns einzig und allein weiterführen können.
  Fonte: GA 305, palestra de 28/8/1922, p. 220. Trad. VWS; rev. SALS.

Salutar só é, quando
No espelho da alma humana
Forma-se toda a comunidade;
E na comunidade
Vive a força da alma individual.

(Este é o motivo condutor da ética social)

Heilsam ist nur, wenn
Im Spiegel der Meschenseele
Sich bildet die ganze Gemeinschaft;
Und in der Gemeinschaft
Lebet der Einzelseele Kraft

(Motto der Sozialethik)

  Fonte: GA 40, p. 256. Trad. VWS.

Afinal, o fato de a pessoa isolada sentir-se como individualidade não exclui que ela também se sinta unida a toda a humanidade. Na evolução humana ninguém tem o direito de se sentir como individualidade, caso não se sinta ao mesmo tempo membro de toda a humanidade.

Denn dass der einzelne Mensch als Individualität sich fühlt, schliesst nicht aus, dass er auch mit der ganzen Menschheit sich verbunden fühlt. Man hat in der Menschheitsentwickelung nicht das Recht, sich als Individualität zu fühlen, wenn man sich nicht zu gleicher Zeit als Angehöriger der ganzen Menschheit fühlt.
  Fonte: HH 98, p. 45. Do GA 305. Trad. UW.

Se cada pessoa age por si, cria-se desarmonia. Se, em nosso campo, os indivíduos que atuam a partir de algo não caminham juntos, não se encontram, não surge Antroposofia dentro da humanidade. Antroposofia exige, como um fato, uma real fraternidade humana até as profundezas da alma. Caso contrário, pode-se dizer: um mandamento é a realidade. Na Antroposofia deve-se dizer: ela só cresce com base na fraternidade; ela não pode mesmo crescer de outra forma, a partir de sua natureza, senão da fraternidade, onde o indivíduo dá ao outro o que ele tem e o que pode.

[wenn] jeder Mensch für sich handelt, so entstehen Disharmonien. Wenn auf unserem Gebiet die einzelnen Menschen, die aus diesem oder jenem heraus wirken, nicht zusammengehen, sich nicht zusammenfinden, so entsteht gar nicht Anthroposophie innerhalb der Menschheit. Anthroposophie erfordert als Sache wirklich menschliche Brüderlichkeit bis in die tiefsten Tiefen der Seele hinein. Sonst kann man sagen: ein Gebot ist die Wirklichkeit. Bei Anthroposophie muss man sagen: sie wächst nur auf dem Boden der Brüderlichkeit; sie kann gar nicht anders erwachsen als in der Brüderlichkeit, die aus der Sache kommt, wo der Einzelne dem Anderen das gibt, was er hat und was er kann.

  Fonte: GA 211, palestra de 11/6/1922 proferida em Viena. Trad. VWS, rev. SALS.

Não importa
que eu tenha uma opinião diferente
da do outro,
mas sim
que o outro o correto
por si próprio encontre
se eu para isso com algo contribuir.

Nicht darauf kommt es an,
dass ich etwas anderes meine,
als der Andere,
sondern darauf
dass der andere das Richtige
aus Eigenem finden wird,
wenn ich etwas dazu beitrage.

  Fonte: HH 98, p. 22. Do GA 95. Retradução: VWS.

Não importa a perfeição com a qual podemos realizar aquilo que deve provir da vontade, mas sim que seja uma vez realizado o que deve surgir aqui na vida, mesmo se ainda surja imperfeito, de modo que um começo seja feito!

Nicht auf die Vollkommenheit in der wir ausführen können dasjenige, was gewollt werden muss, kommt es an, sondern darauf, dass das, was hier ins Leben treten muss, auch wenn es noch so unvollkommen ins Leben tritt, einmal getan wird, dass ein Anfang gemacht wird!

  Fonte: HH 98, p. 63. De SH 88. Trad. VWS.

Educação

Em realidade, na escola não devemos aprender para saber, mas devemos aprender para sempre podermos aprender com a vida. Wir müssen eigentlich in der Schule nicht lernen, damit wir es können, sondern wir müssen eigentlich in der Schule lernen, damit wir vom Leben immer lernen können.
  Fonte: GA 305, palestra de 16/8/1922, p. 22. Trad. VWS; rev. SALS.

Não há, basicamente, em nenhum nível, uma outra educação que não seja a auto-educação. [...] Toda educação é auto-educação e nós, como professores e educadores, somos, em realidade, apenas o entorno da criança educando-se a si própria. Devemos criar o mais propício ambiente para que a criança eduque-se junto a nós, da maneira como ela precisa educar-se por meio de seu destino interior. Es gibt im grunde genommen auf keiner Stufe eine andere Erziehung als Selbsterziehung. [...] Jede Erziehung ist Selbsterziehung und wir sind eigentlich als Lehrer und Erzieher nur die Umgebung des sich selbst erziehenden Kindes. Wir müssen die günstigste Umgebung abgeben, damit das Kind an uns sich so erzieht wie es sich durch sein inneres Schicksal erziehen muss.
  Fonte: GA 306, palestra de 20/4/1923. Trad. VWS.

Não se deve dizer a si próprio: você deve derramar isto ou aquilo na alma da criança. Mas deve-se ter veneração frente ao seu espírito. Você não consegue desenvolver esse espírito; ele desenvolve-se por si próprio. Compete a você afastar os obstáculos para o seu desenvolvimento, e trazer-lhe aquilo que lhe permite desenvolver-se. Você consegue afastar os obstáculos físicos e também um pouco os anímicos. Aquilo que o espírito deve aprender, ele o aprende devido ao fato de você lhe afastar esses obstáculos. Pela vida o espírito também já se desenvolve na juventude mais tenra. Mas sua vida é aquilo que o educador desenvolve em seu ambiente. Man soll sich nicht sagen: du sollst dies oder jenes in die Kinderseele hineingiessen, sondern du sollst Ehrfurcht vor seinem Geiste haben. Diesen Geist kannst du nicht entwickeln, er entwickelt sich selber. Dir obliegt es, ihm die Hindernisse seiner Entwickelung hinwegzuräumen, und das an ihn heranzubringen, das ihn veanlasst, sich zu entwickeln. Du kannst dem Geist die Hindernisse wegräumen im Physischen und auch noch ein wenig im Seelischen. Was der Geist lernen soll, das lernt er dadurch, dass du ihm diese Hindernisse wegnimmst. Der Geist entwickelt sich auch in allerfrühester Jugend schon am Leben. Aber sein Leben ist dasjenige, das man als Erzieher in seiner Umgebung enfaltet.
  Fonte: GA 305, palestra de 19/8/1922, p. 74. Trad. VWS; rev. SALS. A esse trecho segue-se imediatamente o citado abaixo, “A tarefa do educador é ter ...”
Deve-se poder educar de tal modo que se removam os obstáculos físicos e anímicos para aquilo que, a partir de uma ordem divina, penetra nas crianças como novidade em cada época no mundo, e que se crie para o aluno um ambiente por meio do qual seu espírito possa adentrar na vida em completa liberdade.
As três regras de ouro da arte de educar e de lecionar que, em cada professor, em cada educador, devem ser disposição total, impulso total para o trabalho, que não podem ser concebidas simplesmente de maneira intelectual, mas devem ser apreendidas a partir do ser humano global, devem ser:
[1] Gratidão religiosa frente ao cosmo que se manifesta na criança, [2] unida à consciência de que a criança representa um enigma divino, que se deve solucionar mediante a arte de ensinar.
[3] Praticar com amor um método de ensino pelo qual a criança se educa instintivamente junto a nós, de modo que não se ameace a sua liberdade, que deve ser considerada também onde se encontra o elemento inconsciente da força orgânica de crescimento.

Man muß so erziehen können, daß man für dasjenige, was aus einer göttlichen Weltordnung neu in jedem Zeitalter in den Kindern in die Welt hereintritt, die physischen und seelischen Hindernisse wegräumt, und dem Zögling eine Umgebung schafft, durch die sein Geist in voller Freiheit in das Leben eintreten kann.
Die drei goldenen Regeln der Erziehungs- und Unterrichtskunst, die in jedem Lehrer, jedem Erzieher, ganz Gesinnung, ganz Impuls der Arbeit sein müssen, die nicht bloss intellektualistisch gefasst werden dürfen, sondern die von dem ganzen Meschen erfasst werden müssen, die müssen sein:
Religiöse Dankbarkeit gegenüber der Welt, die sich in dem Kinde offenbart, vereinigt mit dem Bewusstsein, dass das Kind ein göttliches Rätsel darstellt, das man mit seiner Erziehungskunst lösen soll.
In Liebe geübte Erziehungsmethode, durch die das Kind sich instinktiv an uns selbst erzieht, so dass man dem Kinde die Freiheit nicht gefährdet, die auch da geachtet werden soll, wo sie das unbewusste Element der organischen Wachstumskraft ist.

  Fonte: GA 305, palestra de 19/8/1922, p. 75. Trad. e enumeração das regras de VWS; rev. SALS.

[...] é preciso levar continuamente em conta que especialmente nesses anos [do ensino fundamental] é mister desenvolver de forma motivadora aquilo que, dando nascimento à fantasia, passa do professor ao aluno. O professor deve manter o conteúdo do ensino vivo dentro de si, deve permeá-lo de fantasia. Não se pode fazê-lo a não ser permeando-o de vontade ligada ao sentimento. Às vezes isso atua ainda em anos posteriores de maneira bastante peculiar. O que deve ser intensificado nos últimos anos do ensino fundamental, e que se reveste de especial importância, é a convivência, a vida em sintonia entre professor e os alunos. Por isso, não será um bom professor de ensino fundamental quem não se esforçar repetidamente por estruturar com bastante fantasia, e de maneira sempre nova seu conteúdo de ensino. Pois de fato é assim que acontece: quando, depois de anos, se ministra exatamente da mesma maneira o que uma vez se estruturou repleto de fantasia, o assunto congelou intelectualmente. É necessário que a fantasia seja mantida viva, do contrário seus resultados congelarão intelectualmente.
GA 293, palestra de 5/9/1919, p. 155. Rev. VWS e SALS.

Necessidade de fantasia, senso de verdade, sentimento de responsabilidade – estas são as três forças que constituem os pilares da pedagogia. E quem deseja assimilar pedagogia, imponha-se diante dessa pedagogia, como lema, o seguinte:

Permeie-se com capacidade de ter fantasia,
Tenha a coragem para a verdade,
Aguce seu sentimento para a responsabilidade anímica.

Phantasiebedürfnis, Wahrheitssinn, Verantwortlichkeitsgefühl, das sind die drei Kräfte, die die Nerven der Pädagogik sind. Und wer Pädagogik in sich aufnehmen will, der schreibe sich vor diese Pädagogik als Motto:

Durchdringe dich mit Phantasiefähigkeit,
Habe den Mut zur Wahrheit,
Schärfe dein Gefühl für seelische Verantwortclichkeit.

  Fonte: GA 293, final da palestra de 4/9/1919, p. 156. Revisão de VWS e de SALS..

Permitam-me dizer algo bastante herético: adora-se dar bonecas na mão das crianças, especialmente bonecas “lindas”. Não se nota que as crianças em realidade não querem isso. Elas as rejeitam, mas elas são impingidas. Lindas bonecas, pintadas! Muito melhor é dar às crianças um lenço ou, quando é pena estragar um, dar outra coisa; ajeita-se [um pano] faz-se aqui uma cabeça, pinta-se um nariz, dois olhos etc., e com isso crianças sadias brincam com muito mais gosto de que com bonecas “lindas”, pois a boneca configurada o mais bonito possível, até com bochechas vermelhas, não deixa sobrar nada para a fantasia. A criança resseca interiormente com a boneca linda.

Gestatten Sie mir, etwas recht Ketzerisches zu sagen: man liebt ja, den Kindern Puppen in die Hand zu geben, ganz besonders “schöne” Puppen. Man merkt nicht, dass die Kinder das eingentlich nicht wollen. Sie weisen es zurück, aber man drängt es ihnen auf. Schöne Puppen, schön angestrichene! Viel besser ist es, den Kindern ein Taschentuch zu geben, oder wenn ein Taschentuch zu schade ist, irgend etwas anderes; man macht die Sache zusammen, macht hier einen Kopf, malt eine Nase, zwei Augen und so weiter und damit spielen gesunde Kinder viel lieber als mit “schönen” Puppen, wiel die Puppe möglichst schön gestaltet ist, mit roten Wangen sogar, für die Phantasie nichts übrig bleibt. Das kind verödet innerlich neben der schönen Puppe.

  Fonte: GA 305, palestra de 23/8/1922, p. 139. Trad. VWS; rev. SALS. Ver observação no texto anterior.

O julgamento moral não deve ser inoculado na criança. Deve-se prepará-lo de tal modo que, quando a criança, com a maturidade sexual, desperta para a força completa do julgamento, consegue, pela observação da vida, formar por si própria o julgamento moral. A pior forma de atingi-lo é transmitir à criança uma ordem pronta. Atinge-se-o, no entanto, quando se atua por meio de um exemplo ou colocam-se exemplos diante dela. Deve-se dar à criança imagens para o bem por meio de narrativas de pessoas que foram ou são boas, ou por elaboração de pessoas boas adequada à fantasia. [...] Não se apela ao intelecto, mas à simpatia para com o bem e à antipatia para com o mal que, sob forma de imagem surgem diante da alma da criança. Assim a alma é preparada de tal maneira que, posteriormente, o julgamento pelo sentimento possa amadurecer na idade correta como julgamento intelectual. Não se trata de transmitir o “você deve”, porém de despertar um julgamento estético na criança, de modo que o bem lhe agrade, tenha simpatia para com ele, e tenha desagrado, antipatia, para com o mal, quando seu sentir é defrontado com fatos morais. Das moralische Urteil soll man dem Kinde nicht einimpfen. Man soll es so vorbereiten, dass das Kind, wenn es mit der Geschlechtsreife zur vollen Urteilskraft erwacht, an der Beobachtung des Lebens sich selber das moralische Urteil bilden kann. Das erreicht man am wenigsten, wenn man das fertige Gebot dem Kinde übermittelt. Man erreicht es aber, wenn man durch das Vorbild oder das Vor-Augen-Stellen von Vorbildern wirkt. Man gebe dem Kinde durch die Schilderung solcher Menschen, die gut gewesen sind oder gut sind, oder durch phantasiegemäss ausgestaltete gute Menschen Bilder für das Gute. [...] Es wird nicht an den Intellekt appelliert, sondenrn an die Sympathie mit dem Guten, das im Bilde dem Kinde vor die Seele tritt, und an die Antipathie gegenüber dem Bösen. Dadurch wird die Seele so vorbereitet, dass das Gefühlsurteil später zum intellektuellen Urteil im rechten Alter ausreifen kann. Nicht auf die Vermittlung des “Du sollst” kommt es an, sondern darauf, dass man in dem Kinde ein ästhetisches Urteil hervorrruft, so dass ihm das Gute gafällt, es mit ihm Sympathie hat, und dass es Missfallen, Antipathie gegenüber dem Bösen hat, wenn sein Empfinden den moralischen Tatsachen gegenübersteht.
  Fonte: GA 305, palestra de 19/8/1922, pp. 68-69. Trad. VWS; rev. SALS.

O professor necessita de uma ciência a partir da qual ele ainda possa amar seres humanos, pois ele deve primeiramente amar seu próprio saber, seu próprio conhecimento. Um profundo sentido oculta-se por detrás do fato de que antigamente não se falava de um simples conhecimento como aquilo que o ser humano devia conquistar, mas de uma filo-sofia, do amor à sabedoria. Isto é o que a Antroposofia quer devolver novamente aos seres humanos, aproximar o conhecimento novamente do ser humano.

Der Lehrer braucht eine Wissenschaft, aus der heraus er Menschen noch lieben kann, weil er zuerst sein eigenes Wissen, seine eigene Erkenntnis lieben soll. Es steckt ein tiefer Sinn dahinter, dass ursprunglich einmal man nicht gesprochen hat von blosser Erkenntnis als demjenigen das sich der Mensch erringen soll, sondern von Philo-Sophie, von der Liebe zur Weisheit. Das ist dasjenige, was Anthroposophie den Menschen wiederum zurückgeben will, wiederum die Erkenntnis an den Menschen heranzuführen.

  Fonte: GA 305, palestra de 25/8/1922, pp. 179-80. Trad. VWS; rev. SALS.

Da troca dos dentes até a puberdade não há nada que atue para o interior da criança, que o educador não traga a partir do amor para com o próprio ato de ensinar. O que, como educador, se executa com amor é sentido pela criança nessa idade como algo que ela deve se apoderar, para se tornar um ser humano.
Nenhuma arte de educar pode advir apenas do intelecto, mas somente daquilo que manifestam o que caracterizamos como gratidão e amor para com a educação.

Vom Zahnwechsel bis zur Geschlechtsreife ist nichts in das Kind hinein wirksam, das nicht beim Erziehenden getragen ist von der Liebe zur Erziehungstat selber. Was man in Liebe als Erzieher ausführt, das wird von dem Kinde in diesem Lebensalter als etwas empfunden, das es sich aneignen muss, um ein Mensch zu sein.
Von dem Intellekt allein kann keine Erziehungskunst kommen; sondern allein von dem, was die charakterisierte Dankbarkeit und Liebe für das Erziehen offenbaren.

  Fonte: GA 305, palestra de 19/8/1922, p. 73. Trad. VWS; rev. SALS.

A tarefa do educador é ter a maior abnegação possível. Ele deve viver no ambiente da criança de tal modo que o espírito desta possa desenvolver, em atitude de simpatia, sua própria vida ao lado da vida do educador. Nunca se deve querer tornar as crianças uma imagem de si próprio. Aquilo que havia no próprio educador não deve continuar a viver nelas como coação, como tirania, nem mesmo quando elas terão crescido para além da idade escolar e da educação.

Die allergrösste Selbstverleugnung ist Aufgabe des Erziehers. Er muss in der Umgebung des Kinde so leben, dass der Kindesgeist in Sympathie das eigene Leben an dem Leben des Erziehers enfalten kann. Man darf niemals die Kinder zu einem Abbild von sich selbst machen wollen. Es soll in ihnen nicht fortleben in Zwang, in Tyrannei dasjenige, was in dem Erzieher selbst war, noch in derjenigen Zeit, in denen sie hinausgewachsen sind über Schule und Erziehung.

  Fonte: GA 305, palestra de 19/8/1922, p. 74. Trad. VWS; rev. SALS. Esse trecho segue-se imediatamente depois do citado acima, “Não se deve dizer a si próprio ...”

Se respeitarmos as três regras básicas: conceitos sobrecarregam a memória; o aspecto artístico contemplativo [das coisas] forma a memória; o esforço e exercício da vontade fixam a memória –, teremos as três regras de ouro para o desenvolvimento da memória.

Wenn wir die drei Grundsätze festhalten: Begriffe belasten das Gedächtnis; Anschaulich-Künstlerisches bildet das Gedächtnis; Willensanstrengung, Willensbetätigung befestigt das Gedächtnis –, dann haben wir die drei goldenen Regeln für die Gedächtnisentwickelung.

  Fonte: GA 307, palestra de 16/8/1923, p. 212. Trad. VWS; rev. SALS. Steiner refere-se à criança durante o ensino fundamental.

Deve-se ter um sentimento, uma sensação, de que com a idade de 14, 15 anos têm-se novas crianças diante de si, não as mesmas que se tinham antes. [*] A transformação completa-se relativamente rápido para um ou para outro indivíduo. Assim, pode ocorrer que o professor, que permanece dormente e não tem nenhum sentido para a transformação que fazem os jovens que lhe são confiados, perde a oportunidade de perceber essa transformação, de modo que muitas vezes não vê que, repentinamente, tem um novo ser humano diante de si.

Man muss ein Gefühl dafür haben, eine Empfindung, dass man mit dem 14., 15. Jahre ganz neue Menschenkinder vor sich hat, nicht dieselben, die man früher hatte. Und verhältnismässig sehr rasch vollzieht sich für das eine und für das andere Individuum die Umwandelung, so dass es sein kann, dass der Lehrer, der da schläft und keinen Sinn hat für die Umwandelung, die die Menschen, die ihm anvertraut sind, neben ihm durchmachen, diese Umwandelung eben verschläft, dass er nich sieht, wie er oftmals plötzlich vor einem neuen Menschenwesen steht.

  Fonte: GA 305, palestra de 25/8/1922, p. 168. Trad. VWS; rev. SALS. [*] N. do T. Steiner dá um exemplo a esse respeito: é como se de repente o Sol não nascesse de manhã, isto é, acontece o absolutamente inesperado.
A querida luz do Sol
Ilumina-me o dia.
A força espiritual da alma
Dá força aos membros;
Em brilho de luz do Sol
Venero, ó Deus,
A força humana, que Tu
Em minha alma para mim
Tão bondoso plantaste,
Para que eu possa ser laborioso
E desejoso de aprender.
De Ti provém luz e força,
Para ti flui amor e gratidão.

Der Sonne liebes Licht
Es hellt mir den Tag;
Der Seele Geistesmacht,
Sie gibt den Gliedern Kraft;
In Sonnen-Lichtes-Glanz
Verehre ich, o Gott,
Die Menschenkraft, die Du
In meine Seele mir
So tig hast gepflanzt,
Dass ich kann arbeitsam
Und lernbegierig sein.
Von Dir stammt Licht und Kraft,
Zu Dir ström’ Lieb’ und Dank.

  Fonte: GA 40, p. 244. Na p. 279 está anotado “Para as 4 primeiras séries da Escola Waldorf Livre de Stuttgart 1919”. Ritmos assinalados: 1ª parte iambo/anapesto; 2ª parte: iambo. Trad. VWS. Esse verso é falado pelos alunos de cada uma daquelas classes das escolas Waldorf do mundo inteiro, no início das aulas pela manhã.
(1)
Eu contemplo o mundo,
Onde o Sol reluz,
Onde as estrelas cintilam,
Onde as pedras jazem,
As plantas vivendo crescem,
Os animais, sentindo, vivem,
No qual o ser humano com alma
Dá morada ao espírito;
Eu contemplo a alma,
Que vive para mim no íntimo.
O espírito de Deus tece
Na luz do Sol e da alma,
No espaço, no exterior,
Nas profundezas da alma, no interior. –
A Ti, ó espírito de Deus,
Quero dirigir-me suplicando,
Que força e bênção
Para o estudar e para o trabalho
Cresçam (2) em meu interior.


Ich schaue in die Welt;
In der die Sonne leuchtet,
In der die Sterne funkeln;
In der die Steine lagern,
Die Pflanzen lebend wachsen,
Die Tiere fühlend leben,
In der der Mensch beseelt
Dem Geiste Wohnung gibt;
Ich schaue in die Seele,
Die mir im Innern lebet.
Der Gottesgeist, er webt
In Sonn’- und Seelenlicht,
Im Weltenraum, da draussen,
In Seelentiefen, drinnen. –
Zu Dir, o Gottesgeist,
Will ich bittend mich wenden, (3)
Dass Kraft und Segen mir
Zum Lernen und zur Arbeit
In meinem Innern wachse.

(4)
Eu contemplo o mundo,
onde o sol reluz,
onde as estrelas brilham,
onde as pedras jazem,
onde as plantas vivem
e vivendo crescem,
onde os bichos sentem
e sentindo vivem,
onde já o homem,
tendo em si a alma,
abrigou o espírito.
Eu contemplo a alma
Que reside em mim.
O divino espírito
age dentro dela
assim como atua
sobre a luz do sol.
Ele paira fora,
no amplidão do espaço
e nas profundezas
da alma também.
A Ti eu suplico,
ó divino Espírito,
que bênção e força
para o aprender,
para o trabalhar,
cresçam dentro em mim.

  Fonte: GA 40, p. 245; na p. 288 está anotado “Para as classes superiores [provavelmente querendo indicar da 9ª série até a 12ª, o fim do ensino médio] da Escola Waldorf Livre, Stuttgart, 1919”. (1) Trad. VWS. (2) O original, “wachse”, está no singular. (3) Como no fac-simile do manuscrito original; no GA 40 está “Will bittend ich mich wenden”. (4) Versão de Ruth Salles, col. Maria Aparecida Franco. Esse verso é falado pelos alunos de cada classe das escolas Waldorf do mundo inteiro, no início das aulas pela manhã.

Espiritualidade

O amor para com o suprasensível transforma
O minério da ciência no ouro da sabedoria.

Die Liebe zum Übersinnlichen wandelt
Das Erz der Wissenschaft in das Gold der Weisheit
  Fonte: GA 40, p. 203. Trad. VWS.

O espírito perece no conhecimento,
Na contemplação ele é revitalizado,
Na contemplação surge o amor.

Der Geist erstirbt im Wissen,
Im Schauen wird er neu belebt,
Im Schauen ersteht die Liebe.
  Fonte: GA 40, p. 256. Trad. VWS; rev. SALS.

Ao viver o espírito sempre manifesta
Apenas sua força,
No entanto, ao falecer o espírito mostra
Como através de toda a morte
Ele apenas se preserva sempre para uma vida superior.

Lebend offenbart der Geist
Stets nur seine Kraft,
Sterbend aber zeigt der Geist,
Wie er durch allen Tod hindurch
Sich stets zu höherm Leben nur bewahrt.
  Fonte: GA 40, p. 81. Na p. 283 está anotado "26/10/1911, 2ª palestra do GA 61". Trad. VWS; rev. SALS.

Jaz em cada vida
O novo germe da vida,
E a alma fenece para a antiga vida,
Afim de, imortal, amadurecer para uma nova.

Es liegt in jeglichem Leben
Des Lebens neuer Keim,
Und die Seele stirbt dem alten ab,
Um unsterblich dem neuen zuzureifen.
  Fonte: GA 40, p. 89. Na p. 285 está anotado "Caderno de notas, 12/1912; ver palestra de 3/12/1912 do GA 141". Trad. VWS; rev. SALS.

Solstício Invernal

O Sol contempla
No cerne da noite.
Com pedras engendra
No chão da morte.

E no declínio da vida,
Na noite letal
A criação se reanima,
Faz-se aurora jovial.

Que as alturas revelem
O eterno verbo divino;
As profundezas conservem
O sereno domínio.

Nas trevas vivendo
Recria um Sol real.
Na matéria tecendo
Conhece o deleite espiritual.

Wintersonnenwende

Die Sonne schaue
Um mitternächtige Stunde.
Mit Steinen baue
Im leblosen Grunde.

So finde im Niedergang
Und in des Todes Nacht
Der Schöpfung neuen Anfang,
Des Morgens junge Macht.

Die Höhen laß offenbaren
Der Götter ewiges Wort;
Die Tiefen sollen bewahren
Den friedevollen Hort.

Im Dunkel lebend
Erschaffe eine Sonne.
Im Stoffe webend
Erkenne Geistes Wonne.

  Fonte: GA 40, p. 75, do GA 96, palestra de 17/12/1906. Trad. livre: CB. Col. LJ.

Nos fundamentos da alma do ser humano
Vive o Sol espiritual, certo da vitória;
As forças corretas do sentimento,
Tentam pressenti-lo
No íntimo da vida invernal,
E o impulso de esperança do coração:
Ele contempla a vitória do espírito solar
Na luz da bênção do Natal,
Como a mais elevada vida do símbolo
Na profunda noite do inverno.

In des Menschen Seelengründen
Lebt die Geistes-Sonne siegessicher;
Des Gemütes rechte Kräfte,
Sie vermögen sie zu ahnen
In des Innern Winterleben,
Und des Herzens Hoffnungstrieb:
Er erschaut den Sonnen-Geistes-Sieg
In dem Weihnacht-Segenslichte,
Als dem Sinnbild höchsten Lebens
In des Winters tiefer Nacht.
  Fonte: GA 150, p. 132, palestra de 23/12/1913. Trad. VWS, rev. SALS

Vivem as plantas
Na força da luz do Sol.
Atuam os corpos humanos
No poder da luz da alma.
E o que para a planta
É a luz celeste do Sol,
É para o corpo humano
A luz anímica do espírito.

Es leben die Pflanzen
In Sonnenlichtes Kraft.
Es wirken die Menschenleiber
In Seeelenlichtes Macht.
Und was der Pflanze
Der Sonne Himmelslicht,
Das ist dem Menschenleibe
Des Geites Seelenlicht.
  Fonte: GA 40, p. 218. Trad. VWS.

A luz do Sol fortalece o que a Terra cria.
A luz solar da verdade fortalece o coração humano.

Der Sonne Licht kräftigt der Erde Schöpfung,
Der Wahrheit Sonnenlicht kräftigt das Menschenherz.
  Fonte: GA 40, p. 230. Na p. 279 está anotado “Para a Sra. Hedda Hummel, Köln 1917”. Trad. VWS; rev. SALS.

O Sol dá
Luz às plantas,
Porque o Sol
Ama as plantas.
Assim dá luz anímica
Uma pessoa a outras pessoas,
Quando as ama.

Die Sonne gibt
Dem Pflanzen Licht,
Weil die Sonne
Die Pflanzen liebt.
So gibt Seelenlicht
Ein Mensch andern Menschen,
Wenn er sie liebt.

  Fonte: GA 40, p. 243. Na p. 281 está anotado “Caderno de notas”. Trad. VWS; rev. SALS.

Um segredo da natureza

Contemple a planta!
Ela é da Terra
A borboleta aprisionada.

Contemple a borboleta!
Ela é do cosmos
A planta liberta.

Ein Geheimnis der Natur

Schaue die Pflanze!
Sie ist der von der Erde
Gefesselte Schmetterling.

Schaue den Schmetterling!
Er ist die vom Kosmos
Befreite Pflanze.

  Fonte: GA 40, p. 158. Na p. 295 está anotado “da 4a. palestra, de 26/10/1923, do GA 230”. Trad. VWS.

Um segredo da natureza

Contemple a planta!
Ela é da Terra
A borboleta aprisionada.

Contemple a borboleta!
Ela é do cosmos
A planta liberta.

Ein Geheimnis der Natur

Schaue die Pflanze!
Sie ist der von der Erde
Gefesselte Schmetterling.

Schaue den Schmetterling!
Er ist die vom Kosmos
Befreite Pflanze.

  Fonte: GA 40, p. 158. Na p. 295 está anotado “da 4a. palestra, de 26/10/1923, do GA 230”. Trad. VWS.

Em tudo o que o ser humano pode criar, os poderes criadores deixaram a natureza incompleta. In allem, was der Mensch schaffen kann, haben die schöpferischen Mächte die Natur unvollendet gelassen.
  Fonte: GA 14, p. 118. Trad. VWS. Ver outra versão na edição brasileira, p. 117.

Os próximos 4 versos seguem o mesmo motivo básico.

Falam aos sentidos
As coisas na amplidão do espaço,
Elas transformam-se no decurso do tempo.
A alma humana não vive
Limitada por amplidões do espaço
E nem pelo decurso do tempo
No reino da eternidade.

Es sprechen zu den Sinnen
Die Dinge in den Raumesweiten,
Sie wandeln sich im Zeitenlaufe.
Es lebt die Menschenseele
Begrenzt durch Raumesweiten nicht
Und nicht durch Zeitenlauf
Im Reich der Ewigkeiten.

  Fonte: GA 40, p. 80. Na p. 286 está anotado "Ver as palestras de Berlin 1910/1911" [deve ser o GA 60]. Trad. VWS; rev. SALS.

Falam aos sentidos humanos
As coisas nas amplidões do espaço;
Elas atuam sobre as almas humanas
Transformando-se no decorrer do tempo.
A alma, vivenciando-se a si própria,
Sem os limites das fronteiras do espaço,
Sem as restrições do decorrer do tempo,
Apreende o reino da essência do espírito
Em sua característica eterna.

Es sprechen zu den Menschensinnen
Die Dinge in den Raumesweiten;
Sie wirken auf die Menschenseelen
Sich wandelnd in dem Zeitenlaufe.
Sich selbst erlebend ergreift die Seele,
Von Raumesgrenzen ungebrenzt,
Vom Zeitenlaufe unbeschränkt,
Des Geistes Wesensreich
In seiner ewigen Eigenart.

  Fonte: GA 40, p. 104. Trad. VWS; rev. SALS.

Falam ao sentido humano
Os seres nas amplidões do espaço,
Eles transformam-se no decorrer do tempo.
Viveciando, a alma humana penetra
Ilimitada pelas amplidões do espaço
E não desviada pelo decorrer do tempo
No reino da eternidade.

Es sprechen zu dem Menschensinn
Die Wesen in den Raumesweiten,
Sie wandeln sich im Zeitenlaufe.
Erlebend dringt die Menschenseele
Von Raumesweiten unbegrenzt
Und unbeirrt vom Zeitenlauf
Ins Reich der Ewigkeiten ein.

  Fonte: GA 150, p. 66, palestra de 5/5/1913. Trad. VWS, rev. SA

Falam aos sentidos
As coisas nas amplidões do espaço,
Elas transformam-se no fluxo do tempo;
Reconhecendo, a alma humana penetra,
Ilimitada pelas amplidões do espaço
E inantingível pelo fluxo do tempo
No reino da eternidade.

Es sprechen zu den Sinnen
Die Dinge in den Raumesweiten,
Sie wandeln sich im Zeitenstrome;
Erkennend dringt die Menschenseele,
Von Raumesweiten unbegrenzt
Und unerreicht vom Zeitenstrom,
Ins Reich der Ewigkeiten ein.

  Fonte: GA 150, p. 118, palestra de 21/12/1913. Trad. VWS, rev. SALS.

Na eternidade aprende a viver
Quem consegue solucionar
Sua relação para o com tempo.

Im Ewigen lernt leben,
Wer sein Verhältnis zur Zeit
Zu lösen versteht.

  Fonte: GA 40, p. 206. Na p. 289 está anotado “Caderno de notas, inverno de 1907”. Trad. VWS.

A alma do ser humano é uma flor do cosmos,
Que foi determinada a amadurecer, em si, o espírito divino.

Die Seele des Menschen ist eine Blüte der Welt,
Bestimmt, in sich den göttlichen Geist zu reifen.

  Fonte: GA 40, p. 197. Na p. 281 está anotado “Dedicatória de uma fotografia, Weimar”. Trad. VWS; rev. SALS.

A chave para o mundo espiritual
Está no instrumento mental do ser humano.

Der Schlüssel zur Geisteswelt
Liegt im Geisteswerkzeug des Menschen

  Fonte: GA 40, p. 208. Na p. 279 está anotado “Para a Sra. A.Kinkel em uma foto, 16/11/1909”. Trad. VWS; rev. SALS.

Estrelas falavam antigamente aos seres humanos,
Seu silenciar é destino do cosmos;
A percepção do silenciar
Pode ser sofrimento do ser humano terreno;

No entanto, amadurece na calma silenciosa,
O que os seres humanos falam às estrelas;
A percepção do seu falar
Pode vir a ser força do ser humano espiritual.

Sterne sprachen einst zu Menschen,
Ihr Verstummen ist Weltenschicksal;
Des Verstummens Wahrnehmung
Kann Leid sein des Erdenmenschen;

In der Stummen Stille aber reift,
Was Menschen sprechen zu Sternen;
Ihres Sprechens Wahrnehmung
Kann Kraft werden des Geistesmenschen.

  Fonte: GA 40, p. 143. Trad. VWS.

O espírito das vespas, a alma grupal das vespas, que é uma parte da substância divino-espiritual, foi o descobridor do papel muito antes de ele ser inventado. Assim, o ser humano sempre anda às apalpadelas atrás da sabedoria cósmica. Em princípio, tudo o que o ser humano descobrirá no decorrer do desenvolvimento da Terra já está contido na natureza. Mas o que o ser humano realmente dará à Terra é o amor, que evoluirá do mais sensorial para o mais espiritual. Esta é a missão do desenvolvimento da Terra. A Terra é o cosmos do amor.

Der Wespengeist, die Gruppenseele der Wespen, die ein Teil ist der göttlich-geistigen Substanz, ist die Erfinderin des Papiers schon viel früher gewesen. - So tappt der Mensch eigentlich immer hinter der Weltenweisheit nach. Im Prinzip ist alles, was der Mensch im Laufe der Erdenentwickelung erfinden wird, schon in der Natur enthalten. Was aber der Mensch wirklich der Erde geben wird, das ist die Liebe, die sich von der sinnlichsten zur vergeistigsten Art entfalten wird. Das ist die Aufgabe der Erdenentwickelung. Die Erde ist der Kosmos der Liebe.

  Fonte: GA 103, palestra de 20/5/1908, p. 49. Trad. VWS, rev. SALS.

O desenvolvimento do mundo deve então ser assim compreendido: o não-espiritual precedente, de onde mais tarde desabrocha a espiritualidade do ser humano, tem algo espiritual a seu lado e fora de si. A posterior sensorialidade espiritualizada, na qual aparece o ser humano, manifesta-se porque o ancestral espiritual do ser humano une-se às formas não-espirituais imperfeitas e, metamorfoseando-as, aparece então sob forma manifesta.

Die Entwickelung der Welt ist dann so zu verstehen, daß das vorangehende Ungeistige, aus dem sich später die Geistigkeit des Menschen entfaltet, neben und außer sich ein Geistiges hat. Die spätere durchgeistigte Sinnlichkeit, in der der Mensch erscheint, tritt dann dadurch auf, daß sich der Geistesvorfahre des Menschen mit den unvollkommenen ungeistigen Formen vereint, und, diese umbildend, dann in sinnenfälliger Form auftritt.

  Fonte: GA 2, p. 12. Rev. VWS e SALS.

Um ser humano sem ideal é um ser humano sem energia. Na vida o ideal desempenha o mesmo papel que o vapor dentro de uma máquina. O vapor encerra, por assim dizer, em um pequeno espaço uma infinita plenitude de espaço condensado, daí sua intensa força de expansão. O mesmo acontece na vida, com a força mágica do pensamento. Se nos elevamos ao ideal mental da humanidade em sua totalidade, sentimos o caminho que a conduz através das épocas [evolutivas].

Ein Mensch ohne Ideal ist ein Mensch ohne Energie. Das Ideal spielt im Leben dieselbe Rolle wie der Dampf in der Maschine. Der Dampf schließt gewissermaßen auf kleinem Raum eine unendliche Fülle von kondensiertem Raum ein, daher seine intensive Ausdehnungskraft. Von gleicher Art ist aber auch die magische Kraft des Gedankens im Leben. Erheben wir uns also zum gedanklichen Ideal der Menschheit in ihrer Gesamtheit, erfühlen wir den Faden, der ihre Evolution durch die Epochen hindurch leitet.

  Fonte: GA 94, palestra de 26/5/1906, p. 23. Col. RS. Trad. VWS; rev. SALS.

Eis o ser humano

No coração tece o sentir,
Na cabeça luze o pensar,
Nos membros vigora o querer.
Luzir que tece,
Tecer que vigora,
Vigorar que luze:
Eis o ser humano.

Ecce homo (*)

In dem Herzen webet Fühlen,
In dem Haupte leuchtet Denken,
In den Gliedern kraftet Wollen.
Webendes Leuchten,
Kraftendes Weben,
Leuchtendes Kraften:
Das ist der Mensch.

  Fonte: GA 40, p. 121. Ritmos assinalados: troqueu, troqueu/anfíbraco. Trad. SALS. (*) João 19:5, na vulgata.

A maior manifestação divina é o ser humano em desenvolvimento. Quando se conhece esse ser humano em desenvolvimento não apenas do ponto de vista meramente exterior, anatômico-fisiológico, quando se reconhece como alma e espírito se lançam, fluem para dentro do corpo, então todo conhecimento humano transforma-se em religião, em veneração devota, tímida, frente ao que flui para a superfície do mundo a partir das profundezas divinas.

Die größte göttliche Offenbarung ist der sich entwickelnde Mensch. Lernt man diesen sich entwickelnden Menschen nicht bloß äußerlich anatomisch-physiologisch kennen, lernt man erkennen, wie in den Körper Seele und Geist hineinschießen, hineinströmen, dann verwandelt sich jede Menschenerkenntnis in Religion, in fromme, scheue Ehrfurcht vor demjenigen, was aus den göttlichen Tiefen in die weltlichen Oberflächen hineinströmt.

  Fonte: GA 307, palestra de 11/8/1923, p. 135. VWS, rev. SALS.

Eu primordial,
Do qual tudo se originou,
Eu primordial,
Ao qual tudo volta,
Eu primordial,
Que vive em mim –
Por ti eu anseio.

Urselbst,
Von dem alles ausgegangen,
Urselbst,
Zu dem alles zurückkehrt,
Urselbst,
Das in mir lebt –
Zu dir strebe ich hin.

  Fonte: GA 40, p. 94. Do GA 266/1, aula esotérica de 27/1/1907. Trad. VWS.

Estar desperto

Nos círculos espirituais do cosmo
Ergue-se a figura espacial do ser humano.
Nos reinos anímicos do cosmo
Tece a força vital do ser humano.

Dormir

No círculo da liberdade da alma
Repousa a força instintiva do ser humano.
No reino solar da mente
Cria o poder pensador do ser humano.

Wachsein

In den Weltengeisteskreisen
Steht des Menschen Raumgestalt.
In den Weltenseelenreichen
Webt des Menschen Lebenskraft.

Schlafen

In dem Seelenfreiheitkreise
Ruht des Menschen Triebgewalt.
In dem Geistes Sonnenreiche
Schafft des Menschen Denkermacht.

  Fonte: GA 40, p. 141. Ritmo assinalado: troqueu. Trad. VWS; rev. SALS.

Toda religiosidade livre, que se desenvolverá no futuro no âmbito da humanidade, basear-se-á no fato de que realmente na prática direta da vida, e não simplesmente em teoria, em cada ser humano será reconhecida a imagem da divindade. Então não poderá haver, e não será necessária, nenhuma imposição religiosa, pois o encontro de cada ser humano com outro será de antemão um ato religioso, um sacramento. E ninguém terá necessidade de manter a vida religiosa por meio de uma determinada igreja, que tem instituições exteriores no plano físico.

Alle freie Religiosität, die sich in der Zukunft innerhalb der Menschheit entwickeln wird, wird darauf beruhen, dass in jedem Menschen das Ebenbild der Gottheit wirklich in unmitterlbarer Lebenspraxis, nicht bloss in der Theorie, anerkannt werde. Dann wird es keinen Religionszwang geben können, dann wird es keinen Religionszwang zu geben brauchen, denn dann wird die Begegnung jedes Menschen mit jeden Meschen von vornherein eine Religiöse Handlung, ein Sakrament sein, und niemand wird durch eine besondere Kirche, die äussere Einrichtungen auf dem physischen Plan hat, nötig haben, das religiöse Leben aufrechtzuerhalten.
  Fonte: GA 182, palestra de 9/10/1918, “Was tut der Engel in unserem Astralleib” (“Qual é a atividade do anjo em nosso corpo astral?”), p. 16 do volume com 2 palestras do ciclo, p.16-17 da tradução brasileira (trad. R. Lanz. São Paulo: Ed. Antroposófica, 1984). Trad. VWS; rev. SALS.

O mal, o ruim,
Permanecem enigmas,
Na medida em que os sentidos, sozinhos
Enredam-se na formação
De uma imagem do mundo.
O enigma soluciona-se,
Tão logo o espírito procura
A fonte do mal e do ruim
Nas profundezas ocultas da existência .

Das Böse, das Übel,
Sie bleiben Rätsel,
So lange die Sinne nur allein
Ein Bild der Welt
Zu formen sich erfangen.
Das Rätsel löset sich,
Sobald der Geist
Des Bösen und der Übel Quell
In des Daseins verborgnen Tiefen sucht.

  Fonte: GA 40, p. 93. Na p. 277 consta “Caderno de notas 2/1914”. Trad. VWS; rev. SALS. [Esse verso foi escrito logo depois da palestra de Berlin de 15/1/1914, “Das Böse im Lichte der Erkenntnis vom Geiste” (O mal à luz do conhecimento do espírito), do GA 63, pp. 224-260; ver o próximo texto.]

Como o mal entra na vida? O que provoca no mundo o assim denominado crime?
Isso está presente pelo fato de o ser humano permitir que sua melhor natureza, e não a pior, submerja no físico-corpóreo, que em si não pode ser ruim, e aí desenvolve aquelas propriedades que não pertencem ao físico-corpóreo, mas que justamente pertencem ao espiritual. Por que nós, seres humanos, podemos ser maus? Porque podemos ser seres espirituais! Porque, assim que nos habituamos ao mundo espiritual, nós devemos ter condições de desenvolver aquelas características que se tornam más, quando as aplicamos na vida físico-sensorial. [...] O fato de o ser humano aplicar erroneamente o espiritual no mundo sensório conduz para o seu lado mau. Se ele não pudesse tornar-se mau, ele não poderia ser um ser espiritual, pois ele precisa possuir as características que podem fazê-lo mau; caso contrário, ele jamais poderia ascender ao mundo espiritual.
A perfeição consiste em o ser humano aprender a permear-se com o seguinte ponto de vista: você não deve aplicar na vida física as propriedades que tornam o ser humano mau nessa vida física; pois, o tanto que você as aplica aí, o mesmo tanto você subtrai das propriedades fortalecedoras da alma para o espírito, e você se enfraquece para o mundo espiritual. Neste último essas propriedades estão em seu correto lugar.

Wodurch tritt das Böse im Leben ein? Wodurch ist das sogenannte Verbrechen in der Welt?
Das ist dadurch vorhanden, daß der Mensch seine bessere Natur, nicht die schlechtere, untertauchen läßt im Physisch-Leiblichen, das als solches nicht böse sein kann, und dort diejenigen Eigenschaften entwickelt, die nicht in das Physisch-Leibliche hineingehören, sondern die gerade in das Geistige gehören. Warum können wir Menschen böse sein? Weil wir geistige Wesen sein dürfen! Weil wir in die Lage kommen müssen, sobald wir uns in die geistige Welt hineinleben, diejenigen Eigenschaften zu entwickeln, die zum Schlechten werden, wenn wir sie im physisch-sinnlinchen Leben anwenden. … Daß der Mensch das Geistige verkehrt im Sinnlichen anwendet, das führt zu seinem Bösen. Und könnte er nicht böse werden, so könnte er ein geistiges Wesen nicht sein. Denn die Eigenschaften, die ihn böse machen können, er muß sie haben; sonnst könnte er nie in die geistige Welt hinaufkommen.
Die Vollkommenheit besteht darin, daß der Mensch lernt, sich innerlich mit der Einsicht zu durchdringen: Du darfst die Eigenschaften, die dich im physischen Leben zum bösen Menschen machen, nicht in diesem physischen Leben anwenden; denn so viel du von ihnen dort anwendest, so viel entziehst du dir, von den erkraftenden Eigenschaften der Seele für das Geistige, so viel schwächst du dich für die geistige Welt. Dort sind diese Eigenschaften am rechten Platz.

  Fonte: GA 63, palestra de 15/1/1914, p. 247. Trad. VWS; rev. SALS. [Ver o verso anterior.]

Se é permitido expressar-se de maneira algo paradoxal, o ser humano ama hoje em seus conceitos aquilo que é confortável. Acontece que esse pendor para um conceito rígido, para um conceito que pode ser captado em contornos nítidos, só pode ser aplicado para o que é morto, para o que não se move, deixando, assim, o conceito rígido. Mas ocorre que esse viver com conceitos rígidos, que não se preocupam mais com algo exteriormente vivo, mesmo assim deu aos seres humanos a possibilidade de conquistar interiormente a consciência da liberdade, como já abordei frequentemente.
Devido ao fato de o ser humano ter se tornado totalmente morto em seus conceitos, surgiram duas vertentes: de um lado, a consciência da liberdade, de outro, a possibilidade de aplicar na grandiosa e triunfante técnica os conceitos rígidos que são retirados do que é morto e que só podem ser usados no que é morto. Essa técnica está condenada a ser uma concretização do sistema de idéias rígidas.
Esse é um lado do desenvolvimento pelo qual passou a humanidade mais recente. Deve-se igualmente compreender como o ser humano desvencilhou-se, por assim dizer, do que é vivo, como o que é vivo tornou-se estranho para ele, mas deve-se também entender o seguinte: quando o ser humano tiver de defrontar-se com o que é morto, se não quiser permanecer no âmbito do que é morto mas sentir em seu íntimo o impulso para assimilar o que é vivo, ele terá que encontrar o que é vivo a partir de sua própria força.

Der Mensch liebt heute, wenn man sich etwas paradox ausdrücken darf, das Bequeme in seinen Begriffen. Es ist so, dass dieses Hinneigen zum starren Begriff, zu dem Begriff, der in scharfen Konturen gefasst werden kann, nur auf das Tote anwendbar ist, das sich nicht rührt, und daher den Begriff starr sein lässt; aber es ist doch so, dass dieses Leben in den starren Begriffen, die sich eigentlich um nichts äusserlich lebendiges mehr kümmern, dennoch dem Menschen die Möglichkeit gegeben hat, innerlich das Bewusstsein der Freiheit zu erringen, wie ich das ja öfter ausgeführt habe.
Zweierlei ist es eben, was heraufgekommen ist dadurch dass der Mensch in seinen Begriffen völlig tot geworden ist: auf der einen Seite das Bewusstsein der Freiheit, auf der endern Seite die Möglichkeit, nun die starren Begriffe, die vom Toten genommen werden und nur auf das Tote anwendbar sind, in der grossartigen triumphalen Technik anzuwenden, die ja darauf angewiesen ist, eine Verwirklichung des starren Ideensystems zu sein.
Das ist die eine Seite der Entwicklung, welche die neuere Menscheit durchgemacht hat. Mas muss ebenso verstehen, wie der Mensch aus dem Lebendigen gewissermassen sich herausgeschnürt hat, wie ihm das lebendige fremd geworden ist, wie man auch einsehen muss: Wenn der Mensch dem Totem gegenüberzustehen hat, so hat er, wenn er nicht in dem Toten vebleiben will, sondern in sein Gemüt den Impuls des Lebendigen aufnehmen will, aus seiner eigenen Kraft dieses Lebendigen zu finden.

  Fonte: GA 221, palestra de 18/2/1923, p. 126. Trad. VWS; rev. SALS.

As pessoas tornam-se ou céticas ou místicas. As céticas sentem-se como mentes argutas, que podem duvidar de tudo; as místicas sentem-se como se estivessem permeadas pela divindade, abarcando tudo em seu interior com amor, conhecimento. [...] Pois aquilo que a humanidade deve almejar é o estado de equilíbrio: vivência mística no ceticismo, ceticismo na vivência mística. Não importa ser Montaigne ou [Santo] Agostinho, mas importa que o que é Montaigne seja iluminado pelo que é Agostinho, e o que é Agostinho seja iluminado pelo que é Montaigne. As unilateralidades levam o ser humano para uma ou outra corrente.

Die Menschen werden entweder Skeptiker oder Mystiker. Die Skeptiker fühlen sich als feine Geister, die alles bezweifeln können, die Mystiker fühlen sich als Gott-durchdrungen, die alles in ihrem Innern liebend, erkennend umfassen. [...] Denn dasjenige, was von der Menschheit anzustreben ist, ist der Gleichgewichtszustand: mystisches Erleben in der Skepsis, Skepsis im mystischen Erleben. Es kommt nicht darauf an, ob man Montaigne oder Augustinus ist, sondern es kommt darauf an, dass dasjenige, was der Montaigne ist, durch den Augustinus beleuchtet wird, und dasjenige, was der Augustinus ist, durch den Montaigne beleuchtet wird. Die Einseitigkeiten führen den Menschen nach de einen oder nach der anderen Strömung ab.

  Fonte: GA 184, palestra de 21/9/1918, pp. 27-8. Trad. VWS; rev. SALS.

Oração noturna para crianças

Da cabeça aos pés
Sou a imagem de Deus
Do coração às mãos
Sinto o hálito de Deus;
Falo com a boca,
Sigo a vontade de Deus.
Quando Deus eu avisto,
Em toda a parte, na mãe, no pai,
Em todas as pessoas queridas,
No animal e na flor,
Na árvore e na pedra,
Nada me dá medo;
Só amor por tudo
O que está ao meu redor.

Kinder Abendgebet

Von Kopf bis zum Fuss
Bin ich Gottes Bild
Vom Herzen bis in die Hände
Fühl ich Gottes Hauch;
Sprech ich mit dem Mund,
Folg ich Gottes Willen.
Wenn ich Gott erblick’
Überall, in Mutter, Vater,
In allen lieben Menschen,
In Tier und Blume,
In Baum und Stein,
Gibt Furcht mir nichts;
Nur Liebe zu allem,
Was um mich ist.

  Fonte: GA 40, p. 238. Este verso é usado por antropósofos como oração ao colocarem seus filhos pequenos na cama à noite. Steiner acrescentou o seguinte (p. 238): “Não ensinar! Um adulto fala [o verso] toda a noite; aos poucos a criança fala palavras, depois linhas e assim aprende toda a oração.” Trad. VWS.

Oração para crianças

Eu olho para o mundo das estrelas –
Eu compreendo o brilho das estrelas,
Quando eu consigo enxergar nele
A direção divina do mundo plena de sabedoria.

Eu olho para meu próprio coração –
Eu compreendo o batimento do coração,
Quando eu consigo nele perceber
A condução divina do ser humano plena de bondade.

Eu não compreendo nada do brilho das estrelas
E também nada do batimento do coração,
Se eu não olho e percebo Deus.
E Deus minha alma
Guiou para esta vida;
Ele vai conduzir minha alma para vida sempre nova,
Assim diz, quem consegue pensar corretamente.
E cada ano, que se continua a viver,
Fala mais sobre Deus e a eternidade da alma.

Kindergebet

Ich schau in die Sternenwelt –
Ich verstehe der Sterne Glanz,
Wenn ich in ihm schauen kann
Gottes weisheitsvolles Weltenlenken.

Ich schau ins eigene Herz –
Ich verstehe des Herzens Schlag,
Wenn ich in ihm spüren kann
Gottes gütevolles Menschenlenken.

Ich verstehe nichts vom Sternenglanz
Und auch nichts vom Herzenschlag,
Wenn ich Gott nicht schau und spüre.
Und Gott hat meine Seele
Geführt in dieses Leben;
Er wird sie führen zu immer neuen Leben,
So sagt, wer richtig denken kann.
Und jedes Jahr, das man weiter lebt,
Spricht mehr von Gott und Seelenewigkeit.

  Fonte: GA 40, p. 255. Na p. 288 consta: “Oração para um menino de 9 anos, 9/8/1920”. Trad. VWS; rev. SALS.

Oração noturna para crianças

Meu coração agradece,
Que meu olho pode ver,
Que meu ouvido pode ouvir,
Que, desperto, eu posso sentir
Na mãe e no pai,
Em todas pessoas queridas,
Nas estrelas e nas nuvens:
Luz de Deus,
Amor de Deus,
Ser de Deus,
Que, enquanto durmo
Iluminando,
Amando,
Protegem-me doando graça.

Kinder Abendgebet

Mein Herz dankt,
Dass mein Auge sehen darf,
Dass mein Ohr hören darf,
Dass ich wachend fühlen darf
Im Mutter und Vater,
In allen lieben Menschen,
In Sternen und Wolken:
Gottes Licht,
Gottes Liebe,
Gottes Sein,
Die mich schlafend
Leuchtend,
Liebend,
Gnadespendend schützen.

  Fonte: GA 40, p. 241. Na p. 293 consta: “Para as crianças da família H., Tübingen, 2/6/1919”. Trad. VWS; rev. SALS.

Oração para crianças

Como o Sol no céu
Todos os dias envia a luz para a Terra,
Assim todos os dias deve minha alma
Alertar-se para o agir correto;
Para que eu me torne uma pessoa completa:
Corpo, alma e espírito
Para sempre.

Kindergebet

Wie die Sonne am Himmel
Täglich das Licht der Erde sendet,
So soll meine Seele täglich
Sich zu rechtem Tun ermahnen;
Dass ich werde ein ganzer Mensch:
Leib, Seele und Geist
Für Zeit und Ewigkeit.

  Fonte: GA 40, p. 265. Na p. 293 consta: “Praga, 5/4/1924”. Trad. VWS; rev. SALS.

Oração para as refeições

Germinam as plantas na noite da Terra,
Brotam as ervas pelo vigor do vento,
Amadurecem as frutas pelo poder do Sol.

Assim germina a alma no relicário do coração,
Assim brota o poder do espírito na luz do mundo,
Assim amadurece a força do ser humano no resplandecer de Deus.

Tischgebet

Es keimen die Pflanzen in der Erdennacht,
Es sprossen die Kräuter durch der Luft Gewalt,
Es reifen die Früchte durch der Sonne Macht.

So keimet die Seele in des Herzens Schrein,
So sprosset des Geistes Macht im Licht der Welt,
So reifet des Menschen Kraft in Gottes Schein.

  Fonte: GA 40, p. 76. Na p. 284 consta: “2/10/1909”. Trad. VWS; rev. SALS.

Da coragem dos lutadores,
Do sangue das batalhas,
Do sofrimento dos que foram abandonados,
Dos atos de sacrifício do povo
Crescerá o fruto do espírito –
Se almas conscientes do espírito conduzirem
O seu sentido para o reino dos espíritos.

Aus der Mut der Kämpfer,
Aus dem Blut der Schlachten,
Aus dem Leid Verlassener,
Aus des Volkes Opfertaten
Wird erwachsen Geistesfrucht –
Lenken Seelen geistbewusst
Ihren Sinn ins Geisterreich.

  Fonte: GA 166, palestra de 25/1/1916, p. 33. Esse verso foi falado por Steiner no fim de várias palestras dadas durante a 1ª guerra mundial. Trad. VWS; rev. SALS.

Outros textos sobre espiritualidade em outras seções: “É deveras estranho ...”, “O que é [aquilo que era denominado de] Brahma ... ”, “Aqui os senhores têm um exemplo ...

História

A história é, na verdade, o desenvolvimento do gênero humano para a liberdade.
Primeiramente o espírito sente-se dependente de Deus,
Livra-se para a liberdade e conhece-se a si próprio.

No lugar de crença em Deus
Creio no ser humano livre.

Die Geschichte ist in Wahrheit die Entwicklung des Menschengeschlechtes zur Freiheit.
Erst fühlt sich der Geist abhängig von Gott,
Arbeitet sich zur Freiheit heraus und erkennt sich selbst.

An Gottesglaubens Stelle
Glaub ich an den Freien Menschen.

  Fonte: GA 40, p. 196. Na p. 281 consta: “Caderno de notas, 1892.” Trad. VWS.

Aqui os senhores têm um exemplo de que o desenvolvimento espiritual passa-se por assim dizer em seu mundo, como o do ser humano em seu próprio, e como não se apresenta o mesmo aspecto quando se observa o mundo espiritual depois de milhares de anos. Algo se passa no mundo espiritual, nele há história, e a história terrena é a expressão externa da história no mundo espiritual. Verdadeiramente, tudo o que ocorre aqui na Terra, tem suas causas nos acontecimentos do mundo espiritual. E devemos aprender a compreender e captar nos casos particulares que acontecimentos existem como fundamentos por detrás de nossos acontecimentos terrenos.

Hier haben Sie ein Beispiel, dass sich sozusagen die gestitge Entwicklung in ihrer Welt vollzieht, wie die menschliche in der ihrigen, und wie sich nicht derselbe Anblick darbietet, wenn wir nach Jahrtausenden die geitigen Wesenheiten betrachten. Es geht etwas vor in der geistigen Welt, es its Geschichte darinnen; und dasjenige, was Erdengeschichte ist, ist der äussere Ausdruck der Geschichte in der geistigen Welt. Wahrhaftig, alles, was hier auf der Erde geschieht, hat seine Ursachen in Geschehnissen der geistigen Welt. Und wir müssen im einzelnen verstehen und begreifen lernen, was für Ereignisse hinter unseren Eredenereignissen als ihre Grundlagen stehen.

  Fonte: GA 113, palestra de 26/8/1909, p. 102. Trad. VWS.

Mesmo sem um aprofundamento da ciência espiritual pode-se reconhecer de tudo aquilo que brilha através da representação histórica exterior, superficial, que o [antigo] grego, quando conseguia o que hoje denominamos concepção intelectual do mundo, obtinha sua alegria, ou pelo menos satisfação, por acreditar que, depois de passar pelos diferentes níveis de formação de então, estava em condições de obter um engrandecimento de sua condição humana, por possuir uma visão de mundo mediante a força do intelecto. Ele acreditava tornar-se um ser humano em um sentido melhor, se ele conseguisse captar o mundo intelectualmente, do que se não fosse capaz disso. A alegria interior e a satisfação com a vida intelectual estavam plenamente disponíveis nessa quarta época pós-atlântica[séc. VII a.C. - séc. XV d.C.].
[...] Tão pálido e frio quanto o mundo das ideias é frequentemente sentido hoje, ele não era sentido não faz nem tanto tempo. Isso está relacionado com uma importante lei do desenvolvimento da humanidade. Trata-se do fato de o ser humano ter adquirido uma relação totalmente diferente com o mundo das ideias que é construído intelectualmente. Num tempo mais distante o mundo das ideias visava o que é vivo. O cosmo era encarado como algo vivo. Basta apenas compreender realmente as antigas formas conceituais, para se saber que o elemento morto era pensado como algo que se separa do elemento vivo, sendo este imaginado como se cobrisse todo o cosmo, como encontramos as cinzas restando do que queima. O ser humano tinha um sentimento totalmente diverso diante do cosmo. Ele o via como se fosse um grande organismo vivo, e o que é morto, como por exemplo a totalidade do reino mineral, ele considerava como as cinzas separadas dos processos cósmicos, que se tornaram mortas por serem despojos do elemento vivo.
Esse sentimento frente ao cosmo tornou-se essencialmente diferente nos últimos séculos. Por exemplo, a cognição científica é plenamente admirada, ou foi ao menos sempre totalmente admirada na medida em que pôde abarcar o que é morto. E cada vez mais apareceu o anseio de encarar o que é vivo simplesmente como combinação química do que é morto. Daí surgiu a ideia de uma convicção a partir do que é morto.
[...] Duas coisas surgiram como resultado de o ser humano ter-se tornado completamente morto em seus conceitos. De um lado, a consciência da liberdade; de outro, a possibilidade de aplicar os conceitos rígidos, retirados do que é morto e que só podem ser aplicados nele, na maravilhosa e triunfante técnica, destinada a ser uma concretização do sistema rígido de ideias.
Este é um lado do desenvolvimento que a humanidade moderna fez. É necessário compreender também que o ser humano, por assim dizer, cortou seus laços com o que é vivo, como este tornou-se estranho para ele. Deve-se também observar o seguinte: se o ser humano deve defrontar-se com o que é morto, e se não quiser permanecer no âmbito do que é morto, mas quiser tomar em seu íntimo o impulso do que é vivo, ele deve encontrar esse elemento vivo a partir de sua própria força.

Man kann aus allem, was hindurchleuchtet durch die äusserliche, man möchte sagen, oberflächliche geschichtliche Darstellung, auch ohne geistgeswissenschaftliche Vertiefung erkennen, das der Grieche, wenn er das erreicht, was wir heute eine intellektuelle Anschauung von der Welt nennen, darin seine Freude, zum mindesten seine Befriedigung hatte, dass er glaubte, wenn er durch die verschiedenen damaligen Bildungsstufen hindurchgegangen war und imstande war, durch die Kraft des Intellektes sich ein Weltbild zu machen, mit dem Besitz diesesWeltbildes eine Erhöhung seines Menschtums erreicht zu haben. Er glaubte in einem besseren Sinne Mensch zu sein, wenn er die Welt intellektuell erfassen konnte, als wenn er nicht dazu imstande war. Die innere Freude und Befriedigung am intellektuellen Leben, die war in diesem vierten nachatlantischen Zeitraum vollständig vorhanden.
[...] So blass und kalt, wie die Ideenwelt heute oftmals empfunden wird, so wurde sie eben vor gar nicht langer Zeit noch nicht empfunden. Und das hängt allerdings zusammen mit einem bedeutsamen Entwickelungsgesetz der Menscheit. Es hängt damit zusammen, das der Mensch zu der Ideenwelt, die intellektualistisch ausgebildet wird, selber ein ganz anderes Verhältnis bekommen hat, als er früher hatte. Die Ideenwelt ging in einer früheren Zeit auf das Lebendige. Das Weltall wurde als ein Lebendiges angesehen. Man braucht nur eine wirkliche Einsicht in ältere Begriffsgebilde zu bekommen, so weiss man, dass das Tote eingentlich etwas war aus dem Lebendingen, das ausgebreitet gedacht wurde über die ganze Welt, herausfallend gedacht wurde, so wie wir etwa die Asche aus dem Verbrennenden herausfallend finden. Es war eine ganz andere Empfindung gegenüber dem Weltall beim Menschen vorhanden. Er sah das Weltenall als einen grossen lebendigen Organismus an, und das Tote, also zum Beispiel die ganze Summe des mineralischen Reiches, sah er an wie die Asche, die herausgefallen ist aus dem Weltenprozesse, und die tot geworden ist, weil sie Abfall ist des Lebendigen.
Diese Empfindung gegenüber der Welt ist nun allerdings in den letzten Jahrhunderten wesentlich anders geworden. Wissenschaftliches Erkennen zum Beispiel wird voll geachtet, oder wurde wenigstens immer voll geachtet, insofern es sich über das, was tot ist, verbreiten kann. Und immer mehr und mehr kam die Sehnsucht herauf, das Lebendige selbst nur als eine etwa chemische Verbindung aus Totem anzusehen. Die Idee einer Überzeugung aus Totem, die kam herauf.
[...] Zweierlei ist es eben, was heraufgekommen ist dadurch, das der Mensch in seinen Begriffen völlig tot geworden ist. Auf der einen Seite das Bewusstsein der Freiheit, auf der anderen Seite die Möglichkeit, nun die starren Begriffe, die vom T genommen werden und nur auf das Tote andwendbar sind, in der grossartigen triumphalen Technik anzuwenden, die ja darauf angewiesen ist, eine Verwirklichung des starren Ideensystems zu sein.
Das ist die eine Seite der Entwickelung, welche die neuere Menschheit durchgemacht hat. Man muss ebenso verstehen, wie der Mensch aus dem Lebendingen gewissermassen sich herausgeschnürt hat, wie ihm das Lebendige fremd geworden ist, wie man auch einsehen muss: Wenn der Mensch dem Toten gegenüberzustehen hat, so hat er, wenn er nicht in dem Totem verbleiben will sondern in sein Gemüt den Impuls des Lebendigen aufnehmen will, aus seiner eigenen Kraft dieses Lebendigen zu finden.

  Fonte: GA 221, palestra de 18/2/1923, pp. 123-7. Trad. VWS. Rev. SALS.

Liberdade

A natureza faz do ser humano um mero ser natural; a sociedade, um ser que age segundo leis; somente ele próprio pode fazer de si um ser livre. De suas amarras, a natureza liberta o ser humano em um certo estágio de seu desenvolvimento; a sociedade leva esse desenvolvimento até um ponto adiante; o último polimento só o ser humano pode dar a si mesmo.

Die Natur macht aus dem Manschen bloss ein Naturwesen; die Gesellschaft ein gesetzmässig handelndes; ein freies Wesen kann eu nur selbst aus sich machen. Die Natur lässt den Menschen in einem gewissen Stadium seiner Entwickelung aus ihr Fesseln los; die Gesellschaft führt diese Entwickelung bis zu einem weiteren Punkte; den letzten Schliff kann nur der Mensch sich selbst geben.

  Fonte: GA 4, p. 166, cap. IX, Die idee der Freiheit (“A ideia da liberdade”). Ênfases do autor. Trad. VWS. Na ed. brasileira, p. 94.

Viver no amor à ação e deixar viver na compreensão do querer alheio, é a máxima fundamental de seres humanos livres. Eles não conhecem nenhum outro dever (*) senão aquele com o qual seu querer vincula-se em harmonia intuitiva; como eles quererão em casos específicos, ser-lhes-á dito pela sua faculdade de ter ideias.

Leben in der Liebe zum Handeln und Lebenlassen im Verständnisse des fremdem Wollens ist die Grundmaxime der freien Menschen. Sie kennen kein kein anderes Sollen als dasjenige, mit dem sich ihr Wollen in intuitiven Einklang versetzt; wie sie in einem besonderen Falle wollen werden, das wird inhnen ihr Ideenvermögen sagen.

  Fonte: GA 4, p. 166, cap. IX, Die idee der Freiheit (“A ideia da liberdade”). Ênfases do autor. Trad. VWS; rev. SALS. (*) No sentido do verbo, e não do substantivo. Na ed. traduzida, p. 92.

Nesse fato, de o ser humano em seu momentâneo representar mentalmente vive não no ser, mas somente em um espelhamento do ser, em um ser imagético, repousa a possibilidade do desenvolvimento da liberdade. Todo estar na consciência é algo coercivo. Somente a imagem pode não coagir. Se algo deve ocorrer por meio de sua impressão, então deve ocorrer completamente independente dela.

In dieser Tatsache, dass der Mensch in seinem augenblicklichen Vorstellen nicht im Sein, sondern nur in einer Spiegelung des Seins, in einem Bild-Sein lebt, liegt die Möglichkeit der Entfaltung der Freiheit. Alles Sein im Bewusstsein ist ein Zwingendes. Allein das Bild kann nicht zwingen. Soll durch seinen Eindruck etwas geschehen, so muss es ganz unabhängig von ihm geschehen.

  Fonte: GA 26, p. 216, cap. “Die Freiheit des Menschen und das Michael-Zeitalter” (A liberdade humana e a era de Micael). Ênfases do autor. [O autor refere-se a imagens criadas mentalmente, e não representações mentais de objetos do mundo real.] Trad. VWS; rev. SALS.

Nossa vida é composta a partir de atos da liberdade e da falta de liberdade. No entanto, não podemos pensar sobre o conceito completo do ser humano, sem chegar ao espírito livre como a mais pura manifestação da natureza humana. Somente somos verdadeiros seres humanos na medida em que somos livres.

Aus Handlungen der Freiheit und der Unfreiheit sezt sich unser Leben zusammen. Wir können aber den Begriff des Menschen nicht zu Ende denken, ohne auf den freien Geist als die reinste Ausprägung der menschlichen Natur zu kommen. Warhaft Menschen sind wir doch nur, insofern wir frei sind.

  Fonte: GA 4, pp. 167-8, cap. IX Die Idee der Freiheit (A ideia da liberdade). Trad. VWS; rev. SALS. Ênfase do autor. Na edição traduzida, p. 92-3.
   

Quando, em esferas claras do espírito
A alma permite dominar
A força pura do pensar,
Ela capta o conhecimento da verdade.

Quando, na vida plenamente compreendida
O ser humano consciente e livre
Estrutura seu querer em ser,
A realidade da liberdade passa então a existir.

Wenn in hellen Geisteskreisen
Die Seele läßt walten
Des Denkens reine Kraft,
Ergreift sie der Freiheit Wissen.

Wenn im voll erfaßten Leben
Der freibewußte Mensch
Sein Wollen zum Sein gestaltet,
So west [*] der Freiheit Wirklichkeit.

  Fonte: GA 40, p. 112. Na p. 299 está anotado "Dedicatória no livro A Filosofia da Liberdade [GA 4], Natal de 1918". [*] Steiner emprega aqui uma palavra inexistente em alemão: Wesen é um substantivo, significando "ser", "entidade", "essência"; ele a usa como se fosse um verbo, daí a tradução escolhida “passa ... a existir”. Trad. VWS; rev. SALS.

Materialismo

Vivemos na era do materialismo. Devido ao destino, o que acontece em nosso redor, em nós mesmos, encontra-se por um lado sob o signo do materialismo, e por outro do intelectualismo que, por enquanto, está espalhado por toda parte. [...] É preciso conscientizar-se quão intensamente o ser humano está hoje sob a influência dessas duas correntes da época. Pois é quase impossível subtrair-se dessas correntes da época, do intelectualismo e do materialismo, assim como é impossível, sem guarda-chuva, não se molhar quando chove. Elas existem em toda nossa volta.
[...] Não conseguimos aprender determinadas coisas que temos de aprender, se não o fizermos no sentido do materialismo. Como é que hoje em dia alguém quer tornar-se médico, se junto não quiser ‘consumir’ o materialismo! Não será possível se ele não quiser levar junto o materialismo; naturalmente ele terá que fazê-lo. Se ele não quiser levar junto o materialismo, ele não poderá ser um verdadeiro médico no sentido dos tempos atuais. Continuamente estamos expostos a isso.

Wir leben in der Zeit des Materialismus. Dasjenige, was schicksalsmässig sich um uns, in uns abspielt, steht ja alles im Zeichen dieses Materialismus auf der eine Seite und des zunächst überallhin verstreuten Intellecktualismus auf der anderen Seite. […] Man muss sich bewusst warden, wie stark heute unter dem Einfluss dieser beiden Zeitströmmungen der Mensch steht. Denn es ist fast unmöglich, sich diesen Zeitströmungen des Intellektualismus und des Materialismus zu entiehen, wie es unmöglich ist, ohne Regenschirm, wenn es regent, nicht nass zu werden. Es ist eben überall um uns herum da.
[…] Wir können gewisse dingen nicht lernen, die wir lernen sollen, wenn wir sie nicht im Sinne des Materialismus lernen. Wie soll heute einer Artzt werden, wenn er nicht den Materialismus dabei ‘verzehren’will! Er kann já nicht anders, als den Materialismus mitnehmen; er muss es selbstverständlich tun. Und wenn er eben nicht den Materialismus mitnehmen will, so kann er im Sinne der heutigen Zeit nicht ein wirklicher Artz warden. Also wir sind já dem fortwährend ausgesetzt.

  Fonte: GA 237, palestra de 4/8/1924, p. 152. Trad. SALS.

Vejam, isso vem do fato de o materialismo ser verdadeiro, como eu já afirmei muitas vezes. O materialismo não está errado, ele tem razão! Esta é a causa. O antropósofo deveria aprender especialmente que o materialismo está correto. Contudo, ele deveria aprendê-lo do seguinte modo: o materialismo tem razão, mas vale somente para a corporalidade física. As pessoas materialistas conhecem apenas a corporalidade física, ou ao menos acreditam conhecê-la. O engano é este; ele não se encontra no materialismo. Quando se estuda de modo materialista anatomia, fisiologia ou a vida prática, conhece-se a verdade; ela, todavia, só tem validade no âmbito físico. A partir do âmago da natureza humana é preciso confessar que em seu próprio âmbito o materialismo tem razão, e que o aspecto mais brilhante dos tempos mais recentes é o fato de se ter encontrado a veracidade no campo do materialismo.

Sehen Sie, es kommt daher, dass der Materialismum eben Wahr ist - was ich schon öfter gesagt habe –, dass der Materialismus nicht unrecht hat, sondern recht hat! Davon kommt es. Und der Anthroposoph sollte auf eine besondere Art lernen, dass der Materialismus recht hat. Er sollte es nämlich auf die Weise lernen: dass der Materialismus recht hat, aber nur für die physische Leiblichkeit gilt. Die anderen Menschen, die Materiasliten sind, die kennen nur die physische Leiblichkeit, oder glauben sie wenigstens zu kennen. Das ist der Irrtum, nicht im Materialismus liegt der Irrtum. Wenn man auf materialistische Art Anatomie, Physiologie oder das praktische Leben kennenlernt, so lernt man die Wahrheit kennen, aber sie gilt nur für das Physische. Und dieses Geständnis muss ganz aus dem Innersten des Menschenwesens heraus gemacht werden: dass der Materialismus recht hat auf seinem Gebiete, und dass es gerade das Glänzende der neueren Zeit ist, das Richtige auf dem Gebiete des Materialismus gefunden zu haben.

  Fonte: GA 238, palestra de 4/8/1924, p. 155. Trad. SALS.

O materialismo penetrou primeiro na vida religiosa. O materialismo é muito, mas muito menos perigoso para o desenvolvimento da humanidade em relação aos fatos científicos exteriores, do que em relação à concepção dos segredos religiosos.

Der Materialismus ist zuerst eingedrungen in das religiöse Leben. Viel, viel weniger gefährlich für die geistige Entwickelung der Menschheit ist der Materialismus in bezug auf die äußeren naturwissenschaftlichen Tatsachen als in bezug auf die Auffassung der religiösen Geheimnisse.

  Fonte: GA 103, palestra de 18/5/1908, p. 16. Trad. VWS, rev. SALS.

O pensar materialista retirou dos seres humanos, em alto grau, a capacidade de pensar em conceitos livres de sensorialidade. É preciso esforçar-se para pensar esses conceitos, que na realidade sensorial exterior jamais existem de maneira perfeita, mas apenas aproximada, por exemplo o conceito de circunferência. Uma circunferência perfeita não existe em lugar algum; ela somente pode ser pensada. No entanto, todas as formas redondas têm por base, como sua lei, essa circunferência pensada. Ou se pode pensar em um alto ideal moral; também este, em sua perfeição, não pode ser realizado plenamente por nenhum ser humano mas, como lei, fundamenta muitas ações humanas. Ninguém progride em um desenvolvimento esotérico se não percebe todo o significado, para a vida, dessa assim chamada abstração, e enriquece sua alma com a representação mental correspondente.

Das materialistische Denken hat den Menschen in hohem Grade die Fähigkeit genommen, in sinnlichkeitsfreien Begriffen zu denken. Man muss sich bemühen entweder solche Begriffe recht oft zu denken, welche in der äusseren sinnlichen Wirklichkeit niemals vollkommen, sondern nur annähernd vorhanden sind, zum Beispiel den Begriff des Kreises. Ein vollkommener Kreis ist nirgends vorhanden, er kann nur gedacht werden, aber allen kerisförmigen Gebilden liegt dieser gedachte Kreis als ihr Gesetz zugrunde. Oder man kann ein hohes sittliches Ideal denken; auch dieses kann in seiner Vollkommenheit von keinem Menschen ganz verwirklicht werden, aber es liegt vielen Taten der Menschen zugrunde als ihr Gesetz. Niemand kommt in einer esoterichen Entwicklung vorwärts, der nicht die ganze Bedeutung dieses sogenannten Abstrakten für das leben einsieht und seine Seele mit den entsprechenden Vorstellung bereichert.

  Fonte: GA 245, Cap. Weitere Regeln in Fortsetzung der “Allgemeine Anforderungen” (Regras adicionais na continuação dos “pre-requisitos gerais”), p. 25. Trad. VWS; rev.SALS.

O trágico de nossa época orientada pelo materialismo é que, do ponto de vista exterior, ela descobre muitos fatos físicos, mas não obtém o seu relacionamento, que está no espiritual. O conhecimento dessa época dirige todos os olhares para o físico; porém, falta-lhe o conhecimento do significado do físico, do material. Precisamente o significado do material não pode ser compreendido pela ciência orientada pelo materialismo. A pesquisa do material sem um senso para o espiritual, que ilumina o material, é como ficar tateando em um quarto escuro. A ciência do espiritual mostrará, em tudo, precisamente a atuação do espírito no físico. Quando se trabalha nessa direção, não se idolatra um sonho místico como sendo o espírito, porém seguir-se-á o espírito em todas as atividades do mundo material. Pois somente se cultiva um conhecimento verdadeiro, quando se reconhece o espírito como o que cria a matéria em toda parte; não quando, como místico, se adora um espírito abstrato entronado no mundo da fantasia, e de resto se vê tudo o que é material inserido numa existência universal sem espírito.

Es ist das Tragische unserer materialistisch orientierten Zeit, dass sie äusserlich angesehen viele physische Tatsachen entdeckt, aber deren Zusammenhang nicht hat, der im Geistigen liegt. Die Erkenntnis dieser Zeit richtet alle Blicke auf das Physische; aber es fehlt ihr die Einsicht in die Bedeutung des Physischen, des Materiellen. Von der materialistisch orientierten Wissenschaft kann gerade die Bedeutung des Materiellen nicht durchschaut werden. Die Erforschung des Materiellen ohne Sinn für das Geistige, das das Materielle erst beleuchtet, ist wie das Herumtasten in einem finsteren Zimmer. Die Wissenschaft vom Spirituellen wird gerade das Hereinwirken des Geistes in das Physische überall zeigen. Wenn in dieser Richtung die Erkenntnis sich betätigt, wird man nicht ein mystisch Erträumtes als Geist anbeten, sondern man wird den Geist verfolgen in alle einzelnen Betätigungen innerhalb der materiellen Welt. Denn nur, wenn man den Geist als den schöpferischen, als die Materie überall schaffenden erkennt, pflegt man wahre Erkenntnis; nicht, wenn man als Mystiker einem im Wolkenkuckucksheim thronenden abstrakten Geist anbetet und im übrigen alles Materielle in einem ungeistigen Weltensein erblickt.

  Fonte: GA 305, palestra de 19/8/1922, p. 65. Trad. VWS; rev. SALS.

Meditação

Não se deve pensar “misticamente” sobre a meditação, mas também não se deve pensar levianamente sobre ela. A meditação deve ser algo totalmente claro no sentido atual. Porém, ao mesmo tempo, ela é algo que exige paciência e energia anímica interior. Antes de tudo, ainda lhe é pertinente algo que ninguém pode dar a outra pessoa: prometer-se algo a si mesmo e depois mantê-lo. Quando o ser humano começa a fazer meditações, ele realiza por seu intermédio o único ato realmente livre nesta vida humana. Sempre temos em nós a tendência para a liberdade, e já concretizamos uma boa parte dela. Mas quando refletimos sobre isso, encontramos o seguinte: de um lado somos dependentes de nossa hereditariedade, de outro, de nossa educação, ainda de outro de nossa vida. [...] Quando, no entanto, tomamos a decisão de fazer uma meditação à noite e de manhã, para que aos poucos aprendamos a observar o mundo suprassensível, também podemos deixar de fazê-lo cada dia. Nada o impede. [...] Nisso estamos totalmente livres. Esse meditar é uma ação arquetipicamente livre. Se pudermos, no entanto, permanecer fiéis, se prometemos a nós mesmos, e não a outrem, que permaneceremos fiéis a esse meditar, então o fato de conseguir simplesmente ficar fiel a si próprio significa uma enorme força na alma.

Über die Meditation soll man nicht “mystisch” denken aber man soll auch nicht leicht über sie denken. Die Meditation muss etwas völlig Klares sein in unserem heutigen Sinne. Aber sie ist zugleich etwas, zu dem Geduld und innere Seelenenergie gehört. Und vor allem Dingen gehört etwas dazu was niemand einem anderen Menschen geben kann: es gehört dazu, dass man sich selber etwas versprechen und es dann halten kann. Wenn der Mensch einmal beginnt, Meditationen zu machen, so volzieht er damit die einzige wirklich völlig freie Handlung in diesem menschlichen Leben. Wir haben in uns immer die Tendenz zur Freiheit, auch ein gut Teil der Freiheit verwirklicht. Aber wenn wir nachdenken, werden wir finden: wir sind mit dem einen abhängig von unserer Vererbung, mit dem anderen von userer Erziehung, mit dem dritten von unserem Leben. [...] Wenn wir uns aber vornehmen, abends und morgens eini Meditation zu machen, damit wir allmählich lernen, in die übersinnliche Welt hineinzuschauen, dann können wir das jeden Tag unterlassen. Nichts steht dem entgegen. [...] Wir sind darin vollständig frei. Es ist dieses Meditieren eine urfreie Handlung. Können wir uns trotzdem treu bleiben, versprechen wir uns, nicht einem anderen, sondern nur uns selber einmal, dass wir diesem Meditieren treu bleiben, dann ist das an sich eine ungeheure Kraft im Seelischen, dieses sich einfach treu bleiben können.

  Fonte: GA 305, palestra de 20/8/1922, pp. 79-80. Trad. VWS; rev. SALS.

Meditação

Eu procuro no interior
A atuação das forças criadoras
A vida das potências criadoras.
Diz-me
A potência da gravidade da Terra
Por meio da palavra de meus pés,
Diz-me
O poder da forma do ar
Por meio do cantar de minhas mãos,
Diz-me
A força da luz do céu
Por meio da reflexão de minha cabeça,
Como o mundo, no ser humano
    Fala, canta, reflete.

Meditation

Ich suche im Innern
Der schaffenden Kräfte Wirken
Der schaffenden Mächte Leben.
Es sagt mir
Der Erde Schweremacht
Durch meiner Füsse Wort,
Es sagt mir
Der Lüfte Formgewalt
Durch meiner Hände Singen,
Es sagt mir
Des Himmels Lichteskraft
Durch meines Hauptes Sinnen,
Wie die Welt im Menschen
    Spricht, singt, sinnt.

  Fonte: GA 278, palestra de 27/2/1924, p. 203. Trad. VWS; rev. SALS.

Nos puros raios da luz
Brilha a divindade do universo.
No puro amor para com todos os seres
Irradia o aspecto divino de minha alma.
Eu repouso na divindade do universo;
Eu vou encontrar-me
Na divindade do universo.

In den reinen Strahlen des Lichtes
Erglänzt die Gottheit der Welt.
In den reinen Liebe zu allen Wesen
Erstrahlt die Göttlichkeit meiner Seele.
Ich ruhe in der Gottheit der Welt;
Ich werde mich selbst finden
In der Gottheit der Welt.

  Fonte: GA 245, p. 35, cap. “Zwei allgemein gegebene Hauptübungen” (“Dois exercícios principais dados em geral”, isto é, não foram dados para uma pessoa em particular). Trata-se de um verso para ser usado como tema de meditação. Na p. 110 há explicações sobre cada trecho; o verbo “ruhen” da 5ª linha tem o sentido de tanto de “acalmar-se” como de “repousar”. Trad. VWS; rev. SALS.

Brilha o Sol
Para a escuridão da matéria
Assim brilha o ser
Do espírito que tudo sana
Para a escuridão da alma
Na minha existência humana.
Sempre que eu reflito
Sobre a força potente do Sol
Com calor correto do coração
Ele cintila através de mim
Com sua força espiritual do meio dia.

Es leuchtet die Sonne
Dem Dunkel des Stoffes;
So leuchtet des Geistes
Allheilendes Wesen
Dem Seelendunkel
In meinem Menschensein.
So oft ich mich besinne
Auf ihre starke Kraft
In rechter Herzenswärme
Durchglänzt sie mich
Mit ihrer Geistesmittagskraft

  Fonte: GA 245, cap. “Mantrische Sprüche” (versos mântricos), p. 79. Trad. VWS; rev. SALS.

Mais radiante que o Sol
Mais puro que a neve
Mais sutil que o éter
É o si próprio,
O espírito em meu coração.
Esse si próprio sou eu,
Eu sou esse si próprio.

Strahlender als die Sonne
Reiner als der Schnee
Feiner als der Äther
Ist das Selbst,
Der Geist in meinem Herzen.
Dies Selbst bin Ich,
Ich bin dies Selbst.

  Fonte: GA 245, cap. “Esotherische Stunde in Berlin am 24. Oktober 1905” (Aula esotérica em Berlim em 24/10/1905), p. 85. A palavra Selbst, traduzida por “si próprio”, corresponde ao self em inglês. Trad. VWS; rev. SALS.

Eu trago serenidade em mim,
Em mim mesmo eu trago
As forças que me fortalecem.
Quero preencher-me
Com o calor dessas forças,
Quero permear-me
Com o poder de minha vontade.
E quero sentir
Como a serenidade se derrama
Por todo o meu ser,
Quando me fortaleço
[Para] encontrar em mim
A serenidade como força,
Pelo poder do meu esforço.

Ich trage Ruhe in mir,
Ich trage in mir selbst
Die Kräfte, die mich stärken.
Ich will mich erfüllen
Mit dieser Kräfte Wärme,
Ich will mich durchdringen
Mit meines Willens Macht.
Und fühlen will ich
Wie Ruhe sich ergiesst
Durch all mein Sein,
Wenn ich mich stärke,
Die Ruhe als Kraft
In mir zu finden
Durch meines Strebens Macht.

  Fonte: GA 245, cap. “Mantrische Sprüche” (versos mântricos), p. 80 Trad. SALS.

Contempla em tua alma
A força resplandescente
Sente em teu corpo
O poder gravitacional
Na força resplandescente
Brilha o Eu espiritual
No poder gravitacional
Vigora o espírito de Deus
Porém não deve
A força resplandescente
Apossar-se
Do poder gravitacional
E tampouco
O poder gravitacional
Permear
A força resplandecente
Pois se a força resplandecente apossar-se
Do poder gravitacional
E o poder gravitacional penetrar
Na força resplandecente
Alma e corpo
Unir-se-ão numa aberração cósmica
Em perversidade.

Schau in deiner Seele
Leuchtekraft
Fühl in deinem Körper
Schweremacht
In der Leuchtekraft
Strahlet Geistes-Ich
In der Schweremacht
Kraftet Gottes-Geist
Doch darf nicht
Leuchtekraft
Ergreifen
Schweremacht
Und auch nicht
Schweremacht
Durchdringen
Leuchtekraft
Denn fasset Leuchtekraft
Die Schweremacht
Und dringet Schweremacht
In Leuchtekraft,
So binden in Welten-Irre
Seele und Körper
In Verderbnis sich

(*) Contempla em tua alma
Força da luminosidade
Sente em teu corpo
Poder do peso
Na força da luminosidade
Brilha o Eu espiritual
No poder do peso
Atua a força do espírito de Deus
Porém não deve
Força da luminosidade
Agarrar
Poder do peso
E tampouco
Poder do peso
Permear
Força da luminosidade
Pois se a força da luminosidade prende
Poder do peso
E poder do peso penetra
Na força da luminosidade
Unem-se num desvio cósmico
Alma e corpo
Em perversão.

  Fonte: GA 316, palestra de 9/1/1924, p. 149. Nas pp. 140-144 há explicações sobre o significado desses versos. (*) Trad. VWS.

Ó espíritos sanadores
Vocês se unem
À bênção sulfúrica
Da fragância etérica;

Vocês se vivificam
Na ascensão do mercúrio,
Na gota de orvalho,
Do que cresce
Do que virá a ser.

Vocês se detêm
No sal terrestre
Que a raiz
No solo alimenta.

Ihr heilenden Geister
Ihr verbindet euch
Dem Sulphursegen
Des Ätherduftes;

Ihr belebet euch
Im Aufstreben Merkurs
Dem Tautropfen
Des Wachsenden
Des Werdenden.

Ihr machet Halt
In dem Erdensalze
Das die Wurzel
Im Boden ernährt


É isso que a alma adquire, por assim dizer, quando olha para o entorno, despertando o sentido interior para aquilo que a rodeia. O ser humano, pode, então, responder:


Das ist gewissermaßen dasjenige, was die Seele erwirbt, indem sie auf den Umkreis hinschaut, den inneren Sinn erweckend für das, was sie umgibt. Der Mensch kann dann antworten:

O meu conhecimento anímico
Quero unir ao fogo
Da fragrância da flor;

Minha vida anímica
Quero estimular na gota cintilante
Da aurora das folhas;

Meu ser anímico
Quero fortalecer na qualidade endurecedora do sal
Com a qual a Terra
Zelosamente cuida da raiz.

Ich will mein Seelenwissen
Verbinden dem Feuer
Des Blütenduftes;

Ich will mein Seelenleben
Erregen am glitzernden Tropfen
Des Blättermorgens;

Ich will mein Seelensein
Erstarken an dem Salzerhärtenden
Mit dem die Erde
Sorgsam die Wurzel pflegt.

  Fonte: GA 316. Curso do Natal, 4ª palestra de 5/1/1924, pp. 74-75. Nas pp. 71-73 o autor explica o significado dos versos, o que é essencial para a sua compreensão. Nova trad. VWS; rev. SALS.

Im Leuchtenden,
Da fühl' Ich
Die Lebenskraft.
Der Tod hat mich
Vom Schlaf erweckt,
Vom Geistesschlaf.

Ich werde sein,
Und aus mir tun,
Was Leuchtekraft
In mir erstrahlt.

No que resplandece,
Eu sinto
A força vital.
A morte
Despertou-me do sono,
Do sono espiritual.

Eu serei,
E farei de mim,
O que a força luminosa
Resplandece em mim.

  Fonte: GA 157, Berlin, 8ª palestra de 2/3/1915, "Die drei Entscheidungen des imaginativen Erkenntnisweges" ("As três decisões do cominho imaginativo do conhecimento"), com explicações sobre o verso. Trad. SALS. (Pode ser usado como meditação para um falecido.)

Os versos de outras seções que tratam especificamente de temas espirituais (isto é, não físicos), podem também ser usados como temas de meditação.

Religião

Referências

Observações:

GA  2. O Método Cognitivo de Goethe – Linhas básicas para uma gnosiologia da cosmovisão goethiana. (Original de 1886.) Trad. B. Callegaro e J. Cardoso. São Paulo, Ed. Antroposófica, 2ª ed. 2004.
GA  4. Die Philosophie der Freiheit Grudzüge einer moderne Weltanschauung. (Original de 1894; última ed. revista pelo autor em 1918.) Edição brasileira recomendada (existe outra): A Filosofia da Liberdade – Elementos para uma cosmovisão moderna. Trad. A. Grandisoli, a partir de uma tradução em espanhol. São Paulo: Ed. Antroposófica, 2ª ed. 1988. Quando o original em alemão é apresentado, ele foi copiado de Die Philosophie der Freiheit – Grundzüge einer modernen Weltanschauung. Dornach: Verlag der Rudolf Steiner-Nachlassverwaltung, 1962, ou no site http://fvn-rs.net
GA 9. Teosofia – Introdução ao conhecimento suprassensível do mundo e do destino humano. (Original de 1904, 10ª ed. 1922.) Trad. Daniel Brilhante de Brito e J. Cardoso. São Paulo, Ed. Antroposófica, 7ª ed. 2004.
GA 10
. O Conhecimento dos Mundos Superiores A Iniciação. (Original de 1904/05.) Trad. E. Reinmann. São Paulo: Ed. Antroposófica, 4ª ed. 1996.
GA 14. Die Pforte der Einweihung (O portal da iniciação) in Vier Mysteriendramen (Quatro dramas de mistério). Textos citados copiados de http://fvn-archiv.net/PDF/GA/GA014.pdf. O primeiro drama foi traduzido como O Portal da Iniciação, Um mistério rosacruz. Trad. M. Murbach e R. Salles. São Paulo, Ed/ Antroposófica, 1996.
GA 15. A direção espiritual do homem e da humanidade. (Original de 1915.) Trad. L. Viotti. São Paulo: Ed Antroposófica, 1984. Texto revisto por R. Steiner de 3 palestras proferidas em Copenhagen em 6/1911.
GA 17. O Limiar do Mundo Espiritual Considerações aforísticas. (Original de 1912.) Trad. R. Lanz. São Paulo: Ed. Antroposófica, 1994
GA 26. Anthroposophische Leitsätze (Máximas antroposóficas). (Original de 1924-25.) Dornach: Verlag der Rudolf Steiner-Nachlassverwaltung, 1962.
GA 30. Arte e Estética Segundo Goethe – Goethe como inaugurador de uma estética nova. Trad. Marcelo da Veiga Greuel. São Paulo, Ed. Antroposófica, 2ª ed. 1998. (Este livreto contém apenas o artigo de 9/11/1888 do volume original GA 30.)
GA 34 (A). A Educação da Criança Segundo a Ciência Espiritual. (Original de 1907.) Trad. R. Lanz. São Paulo: Ed. Antroposófica, 3ª ed. 1996. (Parte do volume GA 34 original.)
GA 34 (B). Reencarnação e carma – As leis cármicas como necessidade científico-espiritual. Trad. L.C. de Campos. São Paulo: Ed. Antroposófica, 3ª ed. 2005. (Parte do volume GA 34 original.)
GA 40Wahrspruchworte (Aforismos) (Originais de 1906-25). Dornach: Verlag der Rudolf Steiner-Nachlassverwaltung, 1961. Veja-se a íntegra desse volume, no original em alemão, na edição de 1991, em edição independente da citada nas observações acima.
GA 58. Metarmophose des Seelenlebens – Pfade der Seelenerlebnisse, Erster Teil (Metamorfose da vida anímica - caminhos das vivências da alma, primeira parte). 9 palestras proferidas em Berlin de 14/10 a 9/12/1909 e em München de 5/12/1909. Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1984.
GA 60
. Antworten der Geisteswissenschaft auf die großen Fragen des Daseins (Respostas da ciência espiritual às grandes perguntas existenciais). 15 palestras proferidas em Berlin de 20/10/1910 a 16/3/1911. Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1984.
GA 61
. Menschengeschichte im Lichte der Geistesforschung (A história do ser humano à luz da pesquisa espiritual). 16 palestras proferidas em Berlin, 19/10/1911 a 28/3/1922. Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1983.Versão consultada: Basel: Verlag Zbinden & Co., 1946.
GA 63. Geisteswissenschft als Lebensgut (Ciência espiritual como um bem vital). 12 palestras proferidas na Casa dos Arquitetos, em Berlin, 30/10/1913-23/4/1914. Dornach: Rudolf-Steiner Verlag, edição de bolso tb6920, 1988.
GA 78. Anthroposophie – ihre Erekenntniswurzeln und Lebensfrüchte; mit einer Einleitung über dem Agnostizismus als Verderber echten Menschentums ( Antroposofia suas raízes cognitivas e frutos para a vida; com uma introdução sobre o agnosticismo como a ruína da verdadeira humanidade). 8 palestras proferidas me Stuttgart de 21/8 a 6/9/1921. Dornach: Rudolf-Steiner-Nachlassverwaltung, 1952.
GA 94. Kosmogonie. Populärer Okkultismus. Das Johannes-Evangelium. Die Theosophie an Hand des Johannes-Evangeliums (Cosmogonia. Ocultismo popular. O evangelho de João. A Teosofia à luz do evangelho de João). 18 palestras proferidas em Paris de 25/5 a 14/6/1906 (1º título), e notas de palestras respectivamente em Leipzig de 28/6 a 11/7 (14 palestras), Berlin 19 e 26/2, 5/3, e München 27/10-6/11/1906 (8). Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1979.
GA 95. Vor dem Tore der Theosophie (Nos portais da Teosofia). 14 palestras proferidas em Stuttgart 22/8-4/9/1906. Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 4ª ed. 1990.
GA 96. Ursprungsimpulse der Geisteswissenschaft. Christliche Esoterik im Lichte neuer Geist-Erkenntnis (Impulsos originais da ciência do espírito. O esoterismo cristão à luz de novos conhecimentos espiriuais). 20 palestras proferidas em Berlin entre 29/1/1906 e 12/6/1907, Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 2ª ed. 1989. A palestra com o verso "Wintersonnenwende" também está no livreto Zeichen und Symbole des Weihnachtsfestes (Sinais e símbolos da festa de Natal), com 3 palestras proferidas em Berlin em 19/12/1904, 14/12/1905 e 17/12/1906, Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1991.
GA 97. Das Christliche Mysterium (O mistério crístico). Coleção de 31 palestras isoladas proferidas em diversas cidades entre 9/2/1906 e 17/3/1907.
GA 103. Das Johannes-Evangelium (O Evangelho de João). 12 palestras proferidas em Hamburg de 18 a 31/1/1908. Dornach: Rudolf Steiner Verlag,10a. ed. 1981.
GA 108. A Educação Prática do Pensamento. Esta é a palestra de 18/1/1909 do vol. GA 108, Die Beantwortung von Welt- und Lebensfragen durch Anthroposophie (A resposta de perguntas universais e de vida por meio da Antroposofia), Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1986. Trad. O. Inglez de Souza. São Paulo: Ed. Antroposófica, 5ª ed. 2003.
GA 112. O Evangelho Segundo João. 14 palestras proferidas em Kassel, 24/6 a 7/7/1919. Trad. J. Cardoso. São Paulo: Ed. Antroposófica, 2ª ed. 1996.
GA 113. Der Orient im Lichte des Okzidents. Die Kinder des Luzifers und die Brüder Christi (O oriente à luz do ocidente. Os filhos de Lúcifer e os irmãos de Cristo). 9 palestras proferidas em München, 23 a 31/8/1909. 3a. ed. Dornach: Philosophisch-Anthroposophischer Verlag am Goetheanum, 1942. (Este ciclo foi proferido por Steiner depois de uma apresentação, em 22/8/1909, do drama de Edouard Schuré “Os filhos de Lúcifer”.)
GA 120. As Manifestações do Carma – Os aspectos decisivos do destino humano. Trad. R. Lanz. São Paulo: Ed. Antroposófica, 2ª ed. 1999.
GA 132. Die Evolution vom Gesichtspunkte des Wahrhaftigen. 5 palestras proferidas em Berlin, 31/10 a 5/12/1911. Dornach: Verlag der Rudolf Steiner Nachlasscerwaltung, 1958. Ver também A Evolução sob o Ponto de Vista do Verdadeiro, trad. F. e M. Milanesi. Apostila. São Paulo: Sociedade Antroposófica no Brasil, sem data.
GA 134. O Evangelho Segundo Marcos – Considerações esotéricas sobre o Mistério do Gólgota. Trad. H. Wilda. São Paulo: Ed. Antroposófica, 1996.
GA 141. Das Leben zwischen dem Tode und der neuen Geburt im Verhältnis zu den kosmischen Tatsachen (A vida entre a morte e um novo nascimento em relação com os fatos cósmicos). 10 palestras proferidas em Berlin, 25/11/1912 a 1/4/1913. ). Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1997.
GA 143. Nervosismo e autoeducação. Amor, poder, sabedoria. Palestras de 11/1/1912 Nervosität und Ichheit (Nervosismo e egoidade), e de 17/12/1912 Die Liebe und ihre Bedeutung in der Welt, (O amor e seu significado no cosmo), traduzidas respectivamente por H. Wilda e C. Kaliks. São Paulo: Associação Pedagógica Rudolf Steiner, 1990. Volume original: Erfahrung des Übersinnlichen. Die Wege der Seele zu Christus (Vivência do suprassensível. O caminho da alma para o Cristo.) 14 palestras isoladas entre 11/1 e 29/12/1912 em várias cidades. Dornach: Rudof Steiner Verlag, 1994.
GA 150. Die Welt des Geistes und ihr Hereinragen in das physische Dasein (O mundo do espírito e sua penetração na existência física). 10 palestras isoladas entre 12/1 e 23/12/1913 em diversas cidades. Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1973.
GA 157 Menschenschicksale und Völkerschicksale (Destinos humanos e destinos de povos). 16 palestras proferidas em Berlin, 1/9/1914 a 21/12/1915.
GA 166. Notwendigkeit und Freiheit im Weltgeschehen und im mensclichen Handeln (Necessidade e liberdade nos acontecimentos cósmicos e na atuação humana). 5 palestra proferidas em Berlin, 25/1 a 8/2/1916. Dornach: Verlag der Rudolf Steiner Nachlassverwaltung, 1960.
GA 171. Innere Entwickelungs-Impulse der Menschheit – Goethe und die Krisis des neunzehnten Jahrhunderts (Impulsos interiores da humanidade - Goethe e a crise do século XIX). 16 palestras proferidas em Dornach de 16/9 a 30/10/1916. Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1984.
GA 182. Der Tod als Lebenswandlung (A morte como mudança de vida). 9 palestras proferidas entre 29/11/1917 e 16/10/1918. A palestra citada está também disponível no volume com as palestras de 9 e de 16/10/1919 do ciclo, intitulado Was tut der Ängel in unserem Astralleib – Wie finde ich den Christus? (O que faz o anjo no nosso corpo astral Como eu encontro o Cristo?) Dornach: Verlag der Rudolf Steiner-Nachlassverwaltung, 1970. Ver também O anjo em nosso corpo astral – Como eu encontro o Cristo? Trad. R. Lanz. São Paulo, Ed. Antroposófica, 6ª ed. 2006.
GA 184. Die Kosmische Vorgeschichte der Menscheit; Raum um Zeit; Das Reich der Dauer und das Reich der Vergänglichkeit (A pre-história cósmica da humanidade; espaço e tempo; o reino da duração e o reino da transitoriedade). 3 palestras proferidas de 20 a 22/9/1918 em Dornach. Dornach: Philosophisch-Anthroposophischer Verlag am Goetheanum, 1941 (de onde as citações daqui foram tiradas). Edição completa atual do GA 184: Die Polarität von Dauer une Entwickelung im Menschenleben. 15 palestras proferidas de 6/9 a 13/10/1918, Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 2002 (?)
GA 211. Das Sonnenmysterium und das Mysterium von Tod und Auferstehung – Exoterisches und esoterisches Christentum (O mistério do Sol e o mistério da morte e ressurreição cristianismo exotérico e esotérico). 12 palestras isoladas proferidas em várias cidades, de 21/3 a 11/6/1922. Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1986.
GA 217. Geistige Wirkenskräfte im Zusammenleben von alter und junger Generation – Pëdagogischer Jugendkurs (Forças espirituais de atuação na convivência da geração mais velha e mais nova curso pedagógico para jovens). Dornach: Verlag der Rudolf Steiner-Nachlassverwaltung, 1964. Causas Espirituais do Conflito entre as Gerações. São Paulo: Ed. Antroposófica, 1986.
GA 221. Erdenwissen und Himmelserkenntnis (Saber terrestre e conhecimento celeste). 9 palestras proferidas em Dornach de 2 a 18/2/1923. Dornach: Verlag der Rudolf Steiner-Nachlassverwaltung, 1966.
GA 233. Die Weltgeschichte in anthroposophischer Beleuchtung und als Grundlage der Erekenntnis des Menschengeistes (A história do mundo iluminada pela Antroposofia e como base para o conhecimento do espírito humano). Três ciclos com um total de 19 palestras proferidas em Dornach, de 24/12/1923 a 22/4/1924. Dornach: Verlag der Rudolf Steiner-Nachlassverwaltung, 1962. Esse volume foi posteriormente subdividido em dois: GA 233 com as palestras de 24/12/1923 a 1/1/1924, e GA 233a (Mysterienstätten des Mittelalters, Centros de mistério da Idade Média), com as palestras de 4 a 13/1 e de 22/4/1924.
GA 234. Antroposofia, um Resumo 21 Anos depois. 9 palestras proferidas em Dornach, 19/1 a 10/2/1924. Trad. M.Motta. São Paulo: Ed. João de Barro, 2008.
GA 235. Considerações esotéricas sobre relações cármicas, Vol. I. 12 palestras proferidas em Dornach, de 16/2 a 23/3/1924. Trad. S.A.L. Setzer. Apostila. São Paulo: Sociedade Antroposófica no Brasil.
GA 237. Esoterishce Betrachtungen Karmische Zusammenhänge, Band III (Considerações esotéricas sobre relações cármicas, Vol. 3). 11 palestras proferidas em Dornach, 1/7-8/8/1924. Dornach: Rudolf Steiner Verlag: TB 713, 1995. A aparecer como apostila da Sociedade Antroposófica no Brasil.
GA 245. Anweisungen für eine esoterische Schulung. (Indicações para um desenvolvimento esotérico.) Dornach: Verlag der Rudolf Steiner-Nachlassverwaltung, 1969. (No catálogo geral consta que esse volume não seria mais editado dentro da coleção geral, passando a fazer parte dos volumes GA 267 e 268; no entanto este volume estaria disponível como edição extra.)
GA 276. The Arts and their Mission. (As artes e sua missão.) 8 palestras proferidas em Kristiania (Oslo), 18-20/5/1923 e em Dornach, 27/5-9/6/1923. Trad. L.D.Monges e V. Moore. New York, Anthroposophic Press, 1964.
GA 278. Eurythmie as Sichtbarer Gesang (A euritmia como canto visível). Dornach: Philosophisch-Anthroposophischer Verlag am Goetheanum, 1927.
GA 279. Eurythmie als sichtbare Sprache (Euritmia como língua visível). 15 palestras proferidas para euritmistas, Dornach 24/6-12/7/1924, com 2 palestras extras de Dornach 4/8/1924 e Penmaenmawr 26/8/1923. Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 5a. ed. 1990.
GA 289. Geisteswissenschaftliche Behandlung sozialer und pädagogischer Fragen (Tratamento científico-espiritual de questões sociais e pedagógicas). Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1991.
GA 293. A Arte da Educação – O estudo geral do homem, uma base para a pedagogia. (14 palestras proferidas em Stuttgart de 21/8 a 5/9/1919, por ocasião da fundação da primeira escola Waldorf). Trad. R. Lanz e J. Cardoso. São Paulo: Ed. Antroposófica, 3ª ed. 2003. Veja o original em alemão.
GA 296. A Questão Pedagógica como Questão Social. São Paulo: Ed. Antroposófica e Federação das Escolas Waldorf no Brasil, 2009.
GA 302. Reconhecimento do Ser Humano e Realização do Ensino. 8 palestras proferidas em Stuttgart, 12-19/6/1921. Trad. K.M. Haetinger. São Paulo: Ed. Antroposófica e Federação das Escolas Waldorf no Brasil, 2009.
GA 302a. Educação na Puberdade/O Ensino Criativo. Palestra de 21/6/1922. Trad. R. Lanz e J. Cardoso. São Paulo: Ed. Antroposófica, 3ª ed. 2005. (Este livreto contém apenas as 2 palestras de 1922 do volume original GA 302a.)
GA 305. Die geistig-seelischen Grundkräften der Erziehungskunst. Spirituelle Werte in Erziehung und sozialen Leben (As forças básicas anímico-espirituais da arte de educar. Valores espirituais na educação e na vida social). 12 palestras proferidas em Oxford de 16 a 29/8/1922, mais uma palestra extra de 20/8. Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1979.
GA 306. A Prática Pedagógica. 8 palestras, 3 sessões de perguntas e respostas e uma discussão, proferidas em Dornach, 15-22/4/1923. Trad. C. Glas. São Paulo: Ed. Antroposófica, 2000.
GA 307. Gegenwärtiges Geistesleben und Erziehung (Vida espiritual atual e educação). 14 palestras proferidas em Ilkley (Yorkshire), Inglaterra, 5-17/8/1923. Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1973.
GA 308. A Metodologia do Ensino e as Condições da Vida do Educar. 5 palestras proferidas em Stuttgart, 8-11/4/1924. Trad. C. Glass. São Paulo: Federação das Escolas Waldorf no Brasil, 2004.
GA 309. Anthroposophische Pädagogik und ihre Vorausetzungen (A pedagogia antroposófica e seus pré-requisitos). 5 palestras proferidas de 13 a 17/4/1924, em Berna, Suíça, com perguntas e respostas. Basel: R.G. Zbinden, 1951.
GA 316. Considerações meditativas e orientações para o aprofundamento da arte médica (Meditative Betrachtungen und Anleitungen zur Vertiefung der Heilkunst). Curso do Natal, 8 palestras proferidas em Dornach, 2-9/1/1924 e Curso da Páscoa, 5 palestras proferidas em Dornach, 21-15/4/1924. Trad. Sonia A.L. Setzer. São Paulo: Ed. João de Barro, 2006.
GA 322. Grenzen der Naturerkenntnis und ihre Überwindung (Fronteiras do conhecimento da natureza e sua suplantação). 8 palestras proferidas em Dornach, 27-3/10/1920. Obra consultada – Dornach: edição da Naturwissenschaftliche Sektion am Goetheanum (Seção de Ciência Goetheanum), 1939. Nova edição – Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1981.

Obras de outros autores citando R. Steiner

HC 62. Heydebrand, Caroline von. Der Sonne Licht – Lesebuch der Freien Waldorfschule (A luz do Sol Livro texto da Escola Waldorf). Stuttgart: J.Ch.Mellinger, 7a. ed. 1962.
HH 98. Hätinger, Herwig (ed.). Poemas, Pensamentos – Reflexões para o nosso tempo. São Paulo: Ed. Antroposófica, 2a. ed. 1998.
HJ 84. Hemlebem, Johannes. Rudolf Steiner. Trad. H. Wilda. São Paulo: Ed. Antroposófica, 1984.
RE 83. Reuschle, Frieda Margaret. Wandlungen (Caminhadas). Stuttgart: J.Ch. Verlag, 1983. Citado em HH 98.
SH 88. Morgensprüche (Versos para a manhã). Paderborn: Schriftenreihe Sanatorium Schloss Hamborn 11, 1988/89. Citado em HH 98.
ZA 10. Zajonc, Arthur. Meditação como Indagação Contemplativa. Trad. J. Cardoso. São Paulo: Ed. Antroposófica e Sofia Educação Antroposófica, 2010. Original: Meditation as Contemplative Enquiry – When knowing becomes love. Great Barrington: Lindisfarne Press, 2009.

Colaboradores, tradutores e revisores

CB
JC
LJ
LL
MB
RS
RYS

SALS
UW
VV
VWS
Cláudio Berthalot
Jacira Cardoso
Lelia Jenaro
Luiza Lameirão
Mônica Benda – monica.benda@bluewin.ch
Rodolfo Schleier – rodolfo.schleier@weleda.com.br
Rogério Y. Santos – rogerio@calcgraf.com.br
Sonia A. L. Setzer – www.ime.usp.br/~vwsetzer
Ute Weitbrecht
Vivian Victor – vivibvictor@gmail.com
Valdemar W. Setzer – www.ime.usp.br/~vwsetzer

Agradecemos especialmente a Piotr Tisovec e a Rogério Y. Santos por terem apontado inúmeros erros de digitação.